Capítulo 29 - Mariah

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- Vou sim, vou tirar ele. – Volto para o trocador me visto com a roupa que estava, pego o vestido no cabideiro e quando saio a vendedora já me espera no caixa. Pago a minha compra e quando estou saindo ela me para.

- Senhorita! – Me viro e lá vem ela.

- Sim! Esqueci algo? – Ela fica sem jeito, me entrega o cartão, quando pego, fico sem graça... – O que é isto?

- É o cartão da loja, caso tenha interesse em algumas roupas, acessórios ou até mesmo sapatos, estamos selecionando, moça lindas como a senhora para desfilar para marca e no final recebe um bom cache e a roupa que usar. – Corei só de lembrar dos julgamentos que tive sobre a coitada.

- Obrigada, vou pensar, caso queira eu ligo. – Viro as costas e saio andando o mais rápido possível. E eu pensando mal da moça.

Saio da loja sem olhar para trás, não preciso de mais nada, sapatos eu tenho aos montes, eu tenho um par que quase eu não usei que irá ficar perfeito com este vestido. Ao chegar no estacionamento eu fico olhando de um lado para o outro, o local está vazio, escuto apenas o barulho dos saltos do meu sapato batendo no asfalto. Quando chego perto do meu carro escuto um bipe alto do meu lado.

- Aí meu Deus – Grito alto, a pessoa até então, não tinha me notado sai do carro, eu ando o mais rápido possível, destravo a porta, jogo a sacola de qualquer jeito, coloco a chave na ignição, ligo o carro, quando um homem alto chega perto eu saio cantando pneu, respiro aliviada, olho pelo retrovisor do carro, percebo que ele está falando algo no celular, nunca na minha vida eu vi este sujeito.

O caminho para minha casa é de pavor, estou morrendo de medo, fico o tempo todo olhando para os lados – "Isto é coisa da sua cabeça Mariah" - falo para mim mesma. - Ir para minha casa nunca foi tão pavoroso, vou ter que pedir a segurança do Lucas novamente, só de pensar que fui eu que falei que não precisa de segurança, pois achava que a cidade de Ouro Verde era segura – Arghn! - Falo alto, onde só eu escuto a minha voz dentro desta caixa de quatro rodas. – Só de pensar que discuti a minha própria segurança com os meus pais, achando que era exagero deles, quando o senhor José souber, vou escutar muito.

Ao atravessar os portões da fazenda Felicidade eu respiro aliviada, percebo que temos vários carros estacionado na frente do casarão – caramba, deve ser todas as mulheres da família a esta horas, elas já sabem que eu estou noiva do Matuto. – Falo em voz alta.

Estaciono o meu carro, na vaga que meu pai deixou exclusiva para mim, saio pego a minha sacola, bolsa, o meu celular e ao longe vejo o meu irmão Felipe cavalgando, "isto sim é vida boa" - Penso. - Subo as escadarias, desanimada, agora terei que enfrentar toda a família. – "E é bom colocar a máscara de noiva feliz, sua boba." – A minha consciência decidi brincar a esta hora, devo estar ficando louca. – "E fingir a felicidade que não tem." – Fica quieta. – Falo em voz alta novamente, ainda bem que não tem ninguém aqui por perto, senão achariam que estou ficando louca. Ao abrir a porta me deparo com todos os familiares e amigos – "Aff's" -, inclusive Alberto que está apreensivo, com a minha presença.

- Filha! – Mamãe vem toda sorridente e eu queria mesmo era tacar o meu salto na cabeça do desgraçado, mentiroso de uma figa, por causa dele estou nesta roubada. – "Fala sério Mariah bem queria estar, agora amiga que fez a cama é só deitar nela e fingir que está se divertindo." – As vezes acho que minha consciência é meio masoquista e que gosta de ver o circo pegar fogo. Desperto da minha briga eu mesma para prestar atenção na minha mãe.

- Oi mãe, temos festa, a senhora não me avisou? – E olha desconfiada.

- Mariah todos já sabem do pedido de casamento que o Alberto fez... – Olho atrás da minha mãe e vejo ele suplicando..." canalha."

Série revelações  - A Proposta - Livro 2 CompletoWhere stories live. Discover now