4. Estou no Olimpo.

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Capítulo 4

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Capítulo 4

Flávia Simões

— Então, lembra do Petrus? — Adonis diz assim que nos aproximamos da mesa. Eu olho o cara dos pés à cabeça. Os olhos escuros, petulantes e altivos me encaram com um conhecido sorriso sacana. Um corpo marrento, sendo oprimido por uma camisa branca, extremamente apertada. O jeans surrado, faz o mesmo com as coxas grossas e com o documento protuberante no meio de suas pernas. Claro que eu me lembro dele!

— Esse é o carinha metido a besta que andava ao seu lado no colégio? — solto essa. O cara gargalha alto, mostrando os dentes perfeitos e o pomo de Adão que dança em sua garganta em um sobe e desce, enquanto rir do meu comentário.

— E você deve ser a maluquinha da turma — diz com deboche. Eu rolo os olhos.

— Sabia que iam gostar de se ver — Adonis diz achando graça. — Bom, esse não era da turma. Oliver Borbolini, essa é Flávia Simões, uma amiga do colegial.

Ele finalmente nos apresenta. Sorrio lindamente para o par de olhos negros que me encaram com um brilho que não consigo decifrar.

— Flávia, esse é Oliver, o irmão caçula do Petrus. — O carinha me estende a mão e eu a seguro. O choque eletrizante foi inevitável, sério. Tive que me conter na hora.

— É um prazer, Flávia! — ele diz com um vozeirão de arrepiar até os cabelos do... E eu? Ah, eu não deixei por menos né?

— O prazer é todinho meu — digo sedutora, sem tirar e nem pôr. Os homens riem.

— Ah, essa é a Ana, uma amiga do trabalho. — Apresento a minha amiga aos meus "amigos" e deixo a noite nos levar.

— Você e o Adonis se conhecem a muito tempo? — Oliver-deus-grego- gostosão pergunta em meio a uma dança agitada no meio de uma pista lotada de gente. Eu o olho mexer, o seu corpo bem vestido em um jeans amarrotado, uma camisa branca e um blazer negro por cima. Abro um sorriso. Sério, Adonis foi bem claro com o "tempo do colegial", mas o bonitinho quer puxar assunto. Ai, ai...

— Desde o colegial.

— Ah, e... vocês já...?

— O quê? Eu e o Adonis? Ui!! Bem que eu queria, mas não. Uma música lenta começa a tocar e eu fico meio sem jeito. Parece que o Oliver também não sabe o que fazer. Observo o Petrus pegar a Ana de jeito e o Adonis voltar para o balcão. Penso em sair e ir ao encontro do meu amigo, mas logo sinto a pegada firme — digo, na proporção certa — do Oliver segurando o meu braço.

— Quer dançar? — pergunta. Demorou. Penso animada.

— Claro.

Sabe eletricidade estática? Aquela que te deixa de cabelos em pé? É exatamente assim que estou agora. As mãos grandes e firmes do Oliver estão apertando a minha cintura. Nada de tímido e nem receoso, o carinha tomou posse mesmo. Já eu? Não fico por menos, estou agarrada aos ombros largos, enquanto o seu corpo começa a se mexer junto ao meu. Mas o perfume... Papai do céu, por que você faz essas coisas malvadas comigo? O perfume, esse sim está me deixando eriçada, zonza. É um cheiro refrescante, amadeirado e forte ao mesmo tempo. Na segunda música a ousadia do deus grego só aumenta. A sua boca roça levemente o meu pescoço e esse beijo faz uma trilha pequena e com destino ao meu maxilar, parando bem no cantinho da minha boca. Ele para e me olha nos olhos. Chego a sorri por dentro. Dessa vez eu não sou a caçadora, sou o alimento da caça. Penso mais animada.

Trilogia  O chef - Livro 1 (  DEGUSTAÇÃO )Where stories live. Discover now