"Você está bem?! Billy?!" O tom de sua voz estava encharcado em preocupação e medo.
Antes que qualquer outra palavra pudesse ser dita por parte dos dois, as estruturas do prédio começaram a estremecer, pedras de concreto caiam do teto criando uma cortina de poeira e fumaça que encobria as janelas, dificultando a entrada de luz. Teddy agiu por instinto, abriu suas asas o máximo que pode e envolveu Billy, junto aos outros civis caídos.
Silêncio. Ao contrário do que era esperado, nada aconteceu.
"Vocês pretendem passar a tarde toda aqui dentro?" A voz doce surpreendeu ambos os garotos.
A alguns metros de distância, no lugar onde deveria estar o pilar principal, estava Cassie. Medindo pelo menos 4 metros de altura, a garota de cabelos loiros mantinha a estrutura em pé, segurando as placas de concreto superiores com a palmas de suas mãos.
Logo atrás dela, outros dois jovens entraram correndo e atravessaram a sala aos gritos.
"VAMOS!" "RÁPIDO!"
Teddy recolheu suas asas e rapidamente agarrou dois dos feridos, carregando um em cada ombro correu em direção a janela e lançou-se para fora. Após estabilizar seu vôo, voltou o olhar para trás, apenas para se certificar que estava tudo bem com os outros. Tudo o que viu foi Kate e Patriota carregando os civis restantes enquanto Billy os levitava para fora do prédio.
07:14 PM LUZES
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"Você tá melhor?" Os braços de Teddy abraçavam o outro por trás enquanto suas pernas permaneciam entrelaçadas embaixo dos cobertores. Não houve resposta, apenas um suspiro baixo e discreto. Seus corpos transladados compartilhavam do calor que pertencia aos dois, apenas o tecido das cuecas separavam suas peles.
Após o resgate, ambos haviam ido para o apartamento de Teddy. Precisavam descansar, relaxar o corpo e, acima de tudo, precisavam um do outro.
"Precisa de alguma coisa? Se quiser eu posso fazer um chá, o que acha?"
Billy não havia dito uma só palavra deste o acidente. O silêncio penetrava todos os cantos do quarto escuro, preenchendo cada fresta e buraco do piso velho de madeira. Teddy estava começando a acreditar que o sono havia dominado o outro, até que foi surpreendido pela voz triste de Billy.
"Eles quase morreram..." Teddy sabia aonde o menor estava querendo chegar, e tratou de apertar um pouco mais os braços ao redor dele, aproximando ainda mais os corpos. "... eu quase deixei que eles morressem"
"Não." A voz de Teddy soou tranquila, porém com uma carga de certeza e confiança. "Você os salvou."
"Mais alguns segundos e todos teriam virado cinzas" Insistiu. "Já faz um bom tempo que não estou conseguindo manter o controle, e isso me deixa assustado, Teddy."
"O que você ainda não percebeu..." O loiro permitiu uma pausa rápida para observar o menor. "...é que você não precisa de controle."
Billy se apoiou no colchão e virou de frente para o outro, seus lábios agora estavam a poucos centímetros de distância. Então o moreno pronunciou quase sussurrando. "euqueroluz"
