Entrei no restaurante italiano, onde me encontraria com Liza, e logo avistei ela, a mesma estava mexendo no celular.

— Olá, Liza.— Falei, me sentando na cadeira a sua frente.

— Olá, irmãozinho.— Ela revirou os olhos.

Ela guardou o celular na bolsa de couro preto, e me olhou.

— Quando você irá ver a mamãe?— Perguntou e suspirei.

Balancei minha cabeça. Eu e meu pai tivemos uma discussão a dois anos, e desde então não falo com ele, e consequentemente não vejo minha mãe com muita frequência.
A última vez que a vi foi a um ano, em um evento em minha empresa.

— Não sei.— Digo secamente.— Mas vou tentar vê-la semana que vem.

Ela suspirou, e me encarou por alguns segundos. Eu podia ver em seu olhar que ela estava chateada.

— Ethan, a mamãe não tem culpa dos erros do nosso pai.— Ela disse.— Nosso pai não é uma boa pessoa, e você não precisa falar com ele. Mas a mamãe sente sua falta, ela ama você, Ethan. Sabe disso. Sabe que ela jamais concordou com o nosso pai.

— Eu sei.— Digo frustrado.— Mas eu não quero vê-lo. E seu eu for até lá, eu irei ver ele. E eu não sei o que eu faria se o visse. Eu ainda tenho muita raiva dele.

— Eu sei. Confesso que eu também estou magoada com ele, mas não pode deixar que o seu rancor pelo nosso pai, deixe você se afastar da mamãe. Lembre-se, ela não tem culpa de nada.

 Lembre-se, ela não tem culpa de nada

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O dia foi corrido. Tinha muitos problemas naempresa, que eu tive que resolver, muitos projetos novos. E isso tomou boa parte do meu tempo.
Depois do almoço com Liza, voltei a empresa, e só agora- onze horas da noite-, estou indo embora.
Só há eu na empresa, e os seguranças.

Todos os funcionários já foram embora. Entrei no meu carro, e comecei a dirigir pelas ruas movimentadas de Nova York.
A cidade que nunca dorme. A cidade que está sempre acordada e movimentada.

Há um tempo atrás, eu gostava de sair e me divertir. Eu fazia parte das pessoas que nunca estavam paradas.

Porém, quando a Mirella foi embora, muita coisa mudou, e eu me afundei no meu trabalho, tentando ampliar minha empresa que eu conquistei com muito esforço.

Aos meus trinta e um anos, eu posso dizer que conquistei meu império. Mas isso não quer dizer, que sou totalmente feliz.

Porque eu não sou.

Estacionei o carro na garagem da minha casa, e desci dele, pisei na grama molhada por conta da chuva fina que caía do céu.

Coloquei mais um pouco da bebida dourada no meu copo, e a bebi, apreciando o sabor

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Coloquei mais um pouco da bebida dourada no meu copo, e a bebi, apreciando o sabor.
Olhei para a gaveta que eu mantive fechada por todos esses anos, e fechei os olhos com força.

Peguei a chave na cor prata, e abri a gaveta.
Várias fotos, da Mirella, do nós dois juntos nos momentos mais maravilhosos que se podia imaginar. E embaixo de todas as fotos, tinha um envelope amarelo.

O envelope que destruiu tudo.
Destruiu nossos sonhos.
Destruiu minha vida.

O papel estava um pouco amassado, mas estava conservado. Ele havia ficado esse tempo todo nessa gaveta, trancada a sete chaves.

O puxei com cuidado, e as fotos que estavam em cima dele, caíram dentro da gaveta. Minha mão travou, enquanto eu tentava abrir o envelope.

Mas então eu abri.
E desenterrei o passado, que eu tinha tentado esquecer por todos esses anos, mas falhei miseravelmente.

Pois acima de tudo, eu não conseguia esquecer ela.

As fotos que estavam dentro do envelope, foram a causa de eu ter tido meu coração partido, e de eu perceber que o amor é uma merda.

Amar ela foi terrível.
Foi como o fogo, e uma hora ela queimou tudo a minha volta.

E destruiu tudo.
Absolutamente tudo.

Eu acredito que o amor só serve para destruir as almas das pessoas, e as fazerem sofrer.

Porque comigo, foi assim.

Mirella foi a mulher que eu amei.
E foi a mesma mulher que me destruiu.

Se passar de +200 comentários, sábado eu posto o capítulo 4!

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Se passar de +200 comentários, sábado eu posto o capítulo 4!

lembrem-se que terá uma maratona assim que o livro chegar a 500K (faltam apenas 10K) está chegando, então divulguem bastante ❤️

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