The Divorce

Capítulo 1

Quinn Fabray:

Sabe quando você está tão cansada de alguma coisa, mesmo que ame muito, e acaba desistindo? Então, essa é a situação que eu estou agora. Mas primeiro, deixe que eu me apresente. Sou Lucy Quinn Fabray, 24, porém prefiro que me chamem apenas de Quinn.

Sou mãe de Beth, uma garotinha tão adorável, a maior felicidade que já tive em minha vida. Engravidei de minha pequena quando ainda estava no colegial, foi difícil, minha família não aceitou isso muito bem, mas com a ajuda de Sam tudo ficou bem.

Sam Evans é o meu atual marido, ou melhor, ex marido. Sam sempre foi uma ótima pessoa, um ótimo pai para Beth, mas infelizmente não foi tão bom assim em seu papel de marido. Há tempos que Sam tem sido infiel comigo, e o pior de tudo é que eu descobri que tudo isso aconteceu com minha melhor amiga, Mercedes Jones.

Eu nunca fui muito próxima dela, mas o suficiente pra pensar que ela nunca seria capaz de fazer algo assim comigo, levando em conta que ela sabia sobre meu casamento com Sam. Quem diria, hein? As aparências realmente enganam.

Mas me enganei, os encontrei no sofá de minha casa, aos beijos, talvez se eu não tivesse chegado para atrapalhar até em níveis maiores. Eu não consegui acreditar que ele realmente estava fazendo aquilo em nossa casa enquanto eu estava no parque de diversões com Beth, logo peguei ela no colo, subi as escadas correndo e tranquei a porta do quarto.

- Mamãe, por que a senhora está chorando? Por que papai está batendo na porta do quarto? Por que você não abre pra ele? - Perguntou a pequena, enquanto chorava ao me ver chorando. Aproximei-me dela, ajoelhando ao seu lado e segurando suas pequenas e delicadas mãos.

- Está tudo bem, pequena, tudo vai ficar bem. - Beijei o topo de sua cabeça e voltei à arrumar minhas malas.

Juntei todas as minhas roupas e sapatos que estavam pela frente, dobrei-as sem o menor cuidado, não tinha tempo para isso, precisava sair logo daquela casa que tanto estava me sufocando. Logo que acabei de arrumar minha mala e de minha filha, peguei ela em meus braços e com a mão disponível peguei duas malas, uma minha e uma de Beth.

Abri as portas do quarto, só então reparei que o barulho dos gritos e batidas nas portas haviam parado há um tempo. Desci as escadas correndo e vi que Sam, que estava na sala, levantou do sofá correndo.

- Eu posso te explicar que tudo isso foi um engano, você não está entendendo! - Sam gritava, sem respostas, enquanto eu abria a porta da casa. Cheguei até o carro e abri a porta traseira, coloquei minha filha, que ainda estava chorando, em sua cadeirinha. Fechei a porta e corri para o porta-malas, jogando as malas por lá de qualquer jeito. Entrei no carro e o liguei.

Sam ao ver aquilo entrou na frente do carro.

- O que você está fazendo, Quinn? Onde pensa que está indo com a minha filha? - Sam gritou.

- Eu estou levando ela pra bem longe de você, e espero que não me procure tão cedo! Se você se aproximar da Beth eu juro que não respondo por mim mesma! - Eu gritava, sentindo as lágrimas umidecerem meus olhos. - Agora saia da frente desse carro ou eu te atropelo!

- Eu vou atrás de você, Fabray! A Beth é minha filha também e eu vou lutar pra tirar ela de você! - Sam saiu da frente do carro, deixando com que eu partisse para bem longe dali.

Decidi que iríamos para um hotel, seria o mais confortável e eu não incomodaria nenhum de meus amigos.

Eu estava feliz assim dessa forma. Agora eu estava longe de Sam, Beth estava comigo e tudo ficaria bem.