Vinte e oito

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Eu me sentia nas nuvens, não poderia ser mais perfeito! A vida voltou a sorrir pra mim e eu só tenho a agradecer.

Ontem fui almoçar com a Bel e ela me aconselhou a contar tudo para o James sobre o meu passado, pensei bastante e percebi que ela tem razão. Nenhum relacionamento pode dar certo começando com mentiras, vou abrir o jogo pra ele contar tudo que aconteceu comigo.

Continuei dobrando as roupas de Salomé e guardando. Falando na pimpolha, eu e James estamos tentando criar coragem pra falar a ela que estamos juntos, na verdade nenhum dos dois quer essa responsabilidade, será que Juana faria isso se a gente pedisse pra ela? É uma ideia a se pensar.

James estava no treino e Salomé brincando na festinha de aniversário de uma menina que mora aqui na mesma rua, ela precisa fazer amizade com outras crianças. James não queria deixá-la ir, mas eu o convenci, a menina precisa sair, ver gente e outra, é aqui perto e os seguranças estão de olho na movimentação da casa.
– Tini! – Juana entrou no quarto de supetão e eu levei um susto.
– Quer me fazer desencarnar Juana Valentina? – perguntei a olhando.
– Não, eu subi a escada te chamando, mas parece que você não ouviu, devia ta pensando no meu irmão, aposto.

Aquela praga deu pra ficar fazendo gracinhas com a gente. Arqueei a sobrancelha a encarando e ela riu com gosto.
– Eu vou lá no aniversário ver a Salomé, e roubar alguns docinhos.
– Não tava de dieta?
– Estou de dieta, mas não resisto a docinhos de festa, não vou demorar.
– Tá bom, divirta-se.
– Valeu! – gritou já descendo a escada.

Terminei o guarda-roupa da Salo que parecia ter sido atingido por um furacão. Quando ia descendo a escada, meu celular tocou no bolso. Era o James.
– Oi. – atendi estranhando a ligação.
– Ta em casa? – sua voz parecia abatida.
– Sim, o que houve?
– To chegando, vem me ajudar.

Meu coração se apertou enquanto saía, o carro tinha acabado de estacionar e vi James descer mancando.
– O que aconteceu? – perguntei chegando perto dele.
– Eu caí no treino e me machuquei feio.

Só de olhar para o seu rosto, sabia o quanto ele estava sofrendo. Dois funcionários do clube tinham vindo trazê-lo em casa.
– Vem se apóia em mim. – peguei a bolsa e abracei sua cintura.

Fomos andando devagar até a varanda. Manolo caminhava devagar junto com a gente.
– Cadê as meninas?
– No aniversário.

Ele assentiu e percebi que ficou aliviado por não ter mais ninguém em casa. Ajudei James a subir a escada, ele fazia um esforço tremendo e só de olhá-lo dava pra entender o quanto tava doendo.
– Quer tomar um banho ou deitar?
– Prefiro deitar um pouco, pode fazer uma compressa de água quente pra mim, por favor?
– Claro, eu não demoro.

Fiz tudo no menor tempo possível e voltei para o seu lado. Coloquei a compressa em seu joelho e James gemeu de dor.
– Desculpe. – pedi diminuindo a pressão no lugar dolorido.
– Tudo bem.

Observei seu semblante abatido, os olhos fechados.
– Você caiu sozinho ou alguém te derrubou?
– Caí sozinho, meu joelho já não tava muito bom e agora, sem chance de voltar a jogar pelos próximos dias.
– Calma, não pensa nisso. – peguei sua mão que estava em cima da cama. – Vai dar tudo certo.

Ele entrelaçou nossos dedos e levou minha mão até seus lábios.
– Obrigado mi amor, ter você aqui comigo me faz muito bem.

Sorri de leve e lhe dei um beijo.
– O que os médicos disseram?
– Que não é nada grave, repouso por enquanto e analgésicos pra diminuir a dor, amanhã pediram pra eu voltar lá e fazer novos exames.
– Você vai ver que não é nada grave, tenta descansar um pouco, eu vou ta lá embaixo se precisar de mim.
– Tudo bem, gracias Tini.

Meu Adorável Chefe • James RodríguezOnde as histórias ganham vida. Descobre agora