Capítulo 21.

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- Umas coisas. - Bufei e ele sorriu vitoriosamente.

- Fala sério, Dilan. Me fala. - Empurrei seus ombros e ele sorriu e depois se levantou, fazendo eu encará-lo com uma expressão triste. - Dinnnn. - Agarrei sua camisa impedido-o de sair. - Por favor. - Pedi com a voz mansa. Ele abriu um sorriso ainda mais largo e voltou a se sentar ao meu lado.

O encarei com expectativa enquanto ele mexia com as pontas dos meus cabelos. Dei um tapa leve em suas mãos quando ele os levou até o nariz.

Por que as pessoas ficam querendo cheirar meu cabelo?

Ele riu e depois passou a língua  entre os lábios, abalando ainda mais minhas estruturas.

- Sobre eu te dar uns conselhos. - Arregalei os olhos. - Sua mãe falou que eu sou uma ótima influência e que eu deveria te ensinar algumas coisas. - Admitiu se gabando e eu voltei a empurrá-lo.

- Eu sou a mais velha aqui. - Me levantei e o fitei, enquanto ele ria. - Dilan, para de rir. - Chutei sua canela por causa da vergonha, fazendo-o se encolher. - Desculpa. - Pedi depois de ter percebido o que tinha feito. - Din, você está bem? - Me aproximei e tentei tocar sua canela. Eu jurava que não tinha chutado forte.

O lugar estava coberto por uma calça preta me impedindo de ver o machucado. Eu senti vontade de me socar.

Quando me levantei para ver se ele ainda estava se encolhendo de dor, encontrei um sorriso travesso em seu rosto e uma expressão divertida.

- Está ficando boazinha, mestra. - Comentou rindo alto e logo minhas bochechas começaram a queimar.

- N-não estou não. - Gaguejei e ele riu mais. - Você é um idiota. - Resmuguei ainda encarando seu rosto sorridente e acabei rindo junto.

Eu não sei como explicar, mas Dilan Peterson sabe como deixar meu coração leve e levar todos meus medos para longe com apenas um sorriso.

Eu amo esse idiota.

- Lory, você já foi arrumar aquela bagunça em baixo da sua cama!? - Minha mãe gritou do banheiro. Demorei um pouco para processar a pergunta e quando consegui meu coração acelerou.

Os gatos.

- N-não. E-eu já estou indo! - Gritei de volta. Engoli em seco e puxei Dilan em direção as escadas. - Sobe. - O empurrei fazendo-o subir mais rápido. Quando cheguei na porta do meu quarto olhei em volta para ver se minha mãe estava olhando, e depois fechei a porta num baque.

Me virei para encarar Dilan. Ele olhava tudo ao redor, até parar em mim.

- Por que estamos aqui? - Perguntou se sentando na minha cama e voltando a analisar tudo.

- Para de ser folgado. - Tirei suas pernas do meio e puxei a caixa com os gatos de baixo da cama. Eles pareciam famintos. - Merda. - Resmunguei me sentindo uma idiota por ter esquecido deles. - Desculpa, pequenos. - Comecei a fazer carinho neles e os pequenos lamberem meus dedos.

Estava tão entretida com os gatos que nem percebi o olhar brilhante de Din sobre os bichinhos.

- O quê... - Começou, se sentando no chão ao meu lado. - Por que tem gatos no seu quarto? - Ele tinha um sorriso largo nos lábios e olhava os gatinhos com carinho.

- Eu os encontrei na rua. Queria ficar com eles, mas nem falei com a minha mãe ainda. - Um calafrio subiu por minha coluna ao pensar que vou ter que falar com minha mãe sobre isso.

Din ficou sem falar nada e apenas se aproximou e pegou um dos gatinhos com cuidado.

Meu coração deu um pulo com a cena. O animal ficou calmo em seus braços e Dilan dava carinho de forma serena no pequeno.

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