Visitando a vovó

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   - Vamos conseguir um doador. - Loren respirou fundo na tentativa de se acalmar para poder acalmar a sua filha, ela pegou a face da mesma entre suas mãos e começou a secas as lágrimas contidas nela. - Ele já está na fila de espera, tenho certeza que seu pai vai resistir um pouquinho até que consiga fazer a transfusão. Temos que ter fé, ok? - a garota assentiu ainda inconsolável. - Agora você precisa ir para casa descansar.

   - Não. - ela se afastou negando com a cabeça um milhão de vezes. - Eu não vou deixar vocês aqui. Eu vou esperar pelo meu pai.

   - Escute, querida. - sua mãe pegou em suas mãos afim de acalmá-la e convencê-la. - Eu preciso que cuide dela. - apontou com sua cabeça para trás. Aonde Meredith parecia estar congelada no lugar, Lydia sequer havia se dado conta do quão abalada sua irmã adotiva estava, ela não ousava mexer um único músculo. - Você pode fazer isso?

  A dor da garota era tão notável que ela não conseguiu simplesmente ignorar e viver a sua. Teve que acenar com a cabeça e como sempre, não sentir nada para proteger quem sentia. A sereia se afastou de sua mãe, se permitindo caminhar até Meredith que nem mesmo se limitou a olhá-la.

   - Vem, Mery, vamos embora.

   Finalmente a jovem pegou a mão que lhe fora estendida e se ergueu, mas ainda parecia não estar em contato com o mundo real. Andou para fora do hospital em automático, sua palma era a única coisa que mostrava força, tal era a fibra com a qual pressionava a mão de sua irmã.

   Quando o carro de James encostou em frente a casa dos Paker, Meredith foi a primeira a pular para fora dele, ela estava realmente atingida pelo acidente de seu pai, mas não era para menos já que se o homem não conseguisse rápido uma transfusão, morreria.

   Sozinha no carro com o capitão, a sereia se virou para o lado e pela primeira vez era um rosto amigável. Aquele garoto no volante, não se parecia com o mesmo que desfilava esbanjando arrogância nos corredores de Magic City.

   - Obrigada. - agradeceu com sinceridade, o clima estava tenso depois de tantos gestos afetivos causado por fortes emoções. Lydia realmente não conseguia entender o que rolava entre ela e o popular. - Você foi incrível.

  - É o que dizem. - seu sorriso era típico. O rapaz se inclinou para livrá-la do cinto, roçando de leve sua mão na perna da garota, que se acendeu com o toque. A sereia forçou um sorriso para disfarçar o quão nervosa ele a deixava.

   - Boa noite, babaca. - murmurou pulando para fora do automóvel, suas palavras eram amigáveis e não ofensivas.

   - Boa noite, pequena. - ele sorriu lhe deixando sem ar, e partiu. 

 

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Teen MermaidsWhere stories live. Discover now