Capítulo 18.

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- Você nem imagina como eu me senti. - Soltei, não aguentando segurar tudo que eu queria falar e fazer. Abracei meus joelhos com força para evitar de eu fazer alguma burrada, mas quase fiz quando ele sentou ao meu lado.

- Talvez eu imagine. - Falou com o mesmo sorriso travesso de sempre, fazendo minha cabeça girar. Ele tinha os braços para trás apoiando seu corpo e admirava as estrelas.

Mal sabia ele que para mim, ele era a coisa mais linda e brilhante dali.

- Você lembra a primeira vez que vimos as estrelas juntos? - Perguntou trazendo memórias carinhosas e nostálgicas em mim.

- Como eu poderia me esquecer. - Comentei rindo e ele me seguiu. - Você fugiu de casa e ninguém sabia onde você estava ou o motivo de você ter feito isso. - Respirei fundo antes de continuar e comecei a olhar as estrelas também. - Me lembro que sua mãe veio implorando para eu te encontrar. Passei o dia todo procurando até que te encontrei no... - Ele me interrompeu.

- Parquinho abandonado. - Riu como se estivesse se lembrando de algo e eu o segui.

- Sim. Depois eu dei um soco no seu braço e perguntei por que você tinha fugido. - Olhei para seus olhos castanhos que me admiravam.

- Porque meu pai não queria deixar eu ficar com um filhote de cão abandonado. - Sua risada era gostosa e eu queria escutá-la para sempre. Comecei a olhar seu lábios involuntáriamente e desviei rapidamente quando ele percebeu, me deixando completamente envergonhada.

- Tudo culpa da Tessa. - Resmungou baixo parecendo não perceber meu ato e eu quase me deitei na grama com um alívio enorme no peito.

- Sim, ela tem alergia. - Completei sua fala depois de ficar alguns segundos calada. - Você disse que ela que devia ficar na rua e não os animais. - Soltei rindo alto e ele me seguiu com as bochechas levemente vermelhas.

- Depois disso eu falei que não queria ir para casa e nós ficamos até madrugada naquele parque abandonado, observando as estrelas. - Sua voz era calma e ele mexia na grama, pensativo como se estivesse revivendo aquele momento. Um vento forte passou por nós bagunçando meus cabelos e quando eu quase me engasguei com um fio, caímos de tanto rir.

- Você devia amarrar o cabelo. - Comentou olhando meu cabelo bagunçado. Segurei meu vestido tentando parar de rir. Concordei e fiz um coque firme, meu pescoço ficou a mostra e o vento frio bateu nele. Din me olhou por algum tempo e depois desviou o olhar sem falar nada, me deixando decepcionada.

- Quando voltamos para casa no outro dia, nossos pais tinham chamado a polícia e estavam todos atrás da gente. Quando chegamos todos nos abraçaram para depois no colocarem de castigo. - Voltou a falar rindo depois de ficar um tempo calado.

parecia um sonho. Nós observando as estrelas juntos e relembrando historias antigas.

Sem me aguentar, aproveitei que ele estava rindo e me aproximei mais, apoiando minha cabeça em seu ombro. Ele não se afastou como imaginei que faria, apenas ficou quieto e voltou a brincar com a grama.

Apreciei discretamente seu cheiro maravilhoso e seu calor desejado por mim.

Seu rosto estava levemente vermelho aumentando as batidas do meu coração. Ele estava tão bonito e fofo com o cabelo no estilo natural e roupas leves. Eu queria beijá-lo até não aguentar mais.

Sentir seus lábios cheios e macios contra os meus em uma dança de desejo e amor...

Eu não sei como ele se sente... Mas algo dentro de mim implora para ser recíproco.

Seus glóbulos admiraram os meus e eu continuei apoiando a cabeça em seu ombro, imóvel.

Seus olhos eram tão lindos e penetrantes que eu me perdia facilmente no brilho deles.

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