Prólogo

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      Em uma noite fria de inverno, em um beco escuro, uma criatura faminta espreita... Sua próxima vítima.

      Escondida atrás de uma lixeira fedorenta, uma criatura albina, com cicatrizes por todo o rosto e grandes presas brilhantes, espreita sua vítima. Um garoto magro e comprido que fala ao celular.

     A criatura sentiu que já era hora e ao se preparar para dar o bote, sente uma mão em seu ombro. Ao se virar se vê encarando olhos dourados, sente um arrepio, e Pedro fala:

- O que pensa que está fazendo, Manuel?

- Estou com fome, ora pois!

- Não fazemos mais isso, meu caro.

- Vamos Pedro, não posso me alimentar apenas de animaizinhos, me sinto fraco.

- Se se alimentar desse garoto, vamos morrer.

- Pedro, já faz tanto tempo. Ninguém se lembra.

- Claro que lembram. Tem gente que ainda pendura alho na porta.

     Dito isso. Pedro se virou e saiu, sem olhar para trás.

Tem gente que ainda pendura alho na porta.Where stories live. Discover now