E como uma amante dos animais e futura veterinária eu odeio essa expressão.

Por fim, quando saímos na rua Amber ligou para Mirela que estava exatamente como está agora, frustrada por causa dos estudos para as provas de fim de semestre.

Não tinha nenhuma festa universitária por perto, por fim resolvemos vir para esse bar na cidade.

Que merda dos infernos!

Eu juro que tô tentando manter minha mente ocupada, prestar atenção nas meninas ou em qualquer conversa sã ou não sã perto de mim.

Eu não estou com ciúmes.

Mas não dá! Meu rosto está simplesmente vidrado no James. Meus olhos fuzilam ele.

Ele sabe disso. Sabe que estou olhando. Sabe que estou com vontade de agarrar seu pescoço e apertar com as duas mãos. Sabe que tá tirando toda minha atenção.

Ele sabe. Mas ele não tá nem aí.

Eu não deveria estar pensando nisso. Eu não deveria estar dando atenção a ele. Inferno!

Então ele se levantou da cadeira dele, sussurrou algo no ouvido da garota e passou quase perto de mim enquanto ela ficou esperando ele. Ele nem levantou o olhar para mim.

Mas ele sabe que estou aqui.

O que ele talvez não saiba e o que eu não entendo é porque diabos estou tão inquieta. Eu não sou assim.

Oliver James caminhou em direção ao banheiro masculino, ele entrou. Eu passei a língua pelos lábios. Fica quieta, Stacy. Fica quieta.

- Eu vou perguntar as horas pra alguém - Falei para as meninas

- Todas trouxemos celulares, Stacy - Anelise disse levantando o dela, mas eu já estava caminhando em direção ao banheiro masculino.

Eu sei que existe uma placa indicando banheiro masculino. Eu sei que na minha frente havia letras bem grandes com essa mesma informação.

Eu não ia entrar. Não sou louca a esse ponto  e não estou a fim de ver vários pênis estranhos de fora.

Eu esperei em frente ao banheiro. Oliver não demorou e quando saiu seus olhos encontraram os meus, mas ele continuou andando.

Até eu entrar na frente.

- As meninas não tem horas, vim perguntar.

- Tem mais pessoas aqui.

- Quando eu era pequena minha mãe sempre me dizia para não falar com estranhos.

Ele parou de andar, ergueu o celular dele e me mostrou as horas. Ele ia andar de novo, mas eu segurei seu braço forte.

- Mais alguma coisa, Simmons? - Perguntou. Quando percebi que ele não iria dar mais nenhum passo, eu o soltei

e dei de ombros

- Nenhum, James - falo tentando parecer indiferente.

- Eu vou indo. - Disse prestes a se afastar de novo.

Não sei se foi o desespero, mas que desespero?

Não sei. MERDA. fiquei nervosa. Então eu exclamei em alto e bom som:

- Espera!

Ele parou de andar. Mas não virou pra mim. Seu corpo de costas para mim, eu me permitir admirar ele. Até de costas ele tem seu charme.

Eu suspirei. Frustação. Nervosismo. Inquietação. Por que diabos estou desse jeito ?

- Ficou com ela para me causar ciúmes? - perguntei

Ele riu

- Eu nunca usaria alguém para causar ciúmes em outra pessoa.

- Então o que há? Mal terminou comigo e já está dando bola para outras?

Naquele instante eu estava foda-se para tudo o que eu dizia. Eu só queria que ele não voltasse para ela. Só queria ele aqui comigo. Só queria Oliver longe de qualquer porra de garota. É pedir demais?

Ele virou para mim. O rosto calmo, neutro. Um passo, dois passos, três passos. O bastante para estar colado ao meu corpo.

Ele abaixou o rosto um pouco, e aproximou os lábios do meu ouvido me arrepiando com sua respiração quente tão próxima.

- Como eu posso ter terminado algo que segundo você nunca existirá? Eu tenho que ir. Tem alguém me esperando.

DOCE, OLIVER.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora