— Me fale mais sobre você e sua família, nosso destino é um pouco longe.

— Bem, como já sabe, eu me chamo Diana Markovic Carlucci. Tenho vinte e quatro anos e sou designer de modas, nascida e criada na Califórnia, tenho um irmão que é seis anos mais velho que eu, se chama Diego, ele é advogado. Meus pais são Janeth e Dário Markovic Carlucci, ambos juízes. Meu pai não ficou muito feliz com minha mudança para a Austrália com o Jeremy mas acabou aceitando, só que até isso acontecer, ficamos algum tempo sem nos falar, ele queria que eu ficasse não EUA e embora apoiasse minha decisão de estudar moda, ele sempre quis que eu fosse advogada como Diego.

— Seu sonho de verdade era estudar moda?

— Não. Não era isso que eu queria de verdade mas era onde eu mais me encaixava.

— Então qual é o seu sonho de verdade?

— Eu só queria ser feliz algum dia e independente, mas acho isso meio impossível pois estou sempre precisando dos meus pais para me salvarem de mim mesma, das minhas decisões estúpidas.

— Isso é normal. A imaturidade tem de ser compreendida, você é nova e está propícia a errar muito ainda, só que continuar errando já é burrice. Sua felicidade e independência só dependem de você mesma. — disse em tom compreensivo.

— É, você tem razão.

— Falando em burrice, acho que finalmente o Jeremy desistiu não é? — gargalhamos juntos fazendo a risada ecoar pela floresta.

— Sabe, esse lugar é incrível demais. Acho que qualquer pessoa que pisar aqui triste, fica alegre. É surreal. Eu estou me sentindo estranhamente feliz agora, mesmo não tendo muitos motivos para isso.

— Você está feliz porque finalmente está se soltando, está sendo você mesma e não a burguesinha mimada que mostra ser. — sorri e mudei de assunto.

— E sua família? Você disse que iria seguir como lutador de boxe assim como seu pai, mas aconteceram questões que impediram...

— Sim, minha irmã Naya acabou morrendo ao dar a luz ao meu sobrinho que acabou falecendo junto com ela um dia antes de uma importante competição que me faria ingressar no boxe intencional. — sua voz estava cheia de dor.

— Eu sinto muito. — lamentei tocando seu ombro.

— No dia seguinte eu não tinha mais ânimo para competir, então alguns patrocinadores que estavam apostando em mim se irritaram.

— O que aconteceu?

— É uma longa história, basicamente eles queriam de volta todo dinheiro que investiram em mim, e pior, o dobro.

— Nossa, eles poderiam pelo menos ser compreensíveis e agir de compaixão com você. Você havia acabado de perder sua irmã!

— Eu me senti muito mal e culpado por ter desapontado meu pai mesmo ele dizendo que estava tudo bem, eu deveria ter dado orgulho para ele já que Naya não deu. Antes de fugir com um gringo ela aprontou demais na vila, meu pai não era presente mas estava sempre por dentro do que acontecia conosco.

— E onde o seu pai está agora? — indaguei.

— Na Califórnia trabalhando feito um condenado para pagar um dívida de anos! — ele cerrou os punhos. Percebi que aquele assunto o deixava irado.

— Se me permite perguntar, sua ida para lá no próximo mês, é para vê-lo?

— Sim. Vê-lo e acertar as coisas. Estou cansado de saber o que ele está passando lá, irei cuidar de tudo. — meu peito apertou-se diante da resposta.

O Amor De Um Viking (Concluído)Where stories live. Discover now