Perdido

377 31 0
                                    

A solidão é perfeita como um rasgo entre  as nuvens, ao último sonho.

A solidão  que se cala em teu fundo e vai envelhecendo  na terra perdido do som descompassado. 

Te guardas na intimidade dos armários,  onde a paz é negra e se desagrega a luz.  Nunca foste mais do que uma ficção, matriz  de riso e sombra, um poço verde, teorema   de ilusões, engrenagem de poentes roxos.

E,

agora, frouxo, já nada designas ou  desenhas. És, apenas, testemunha efémera   e longínqua, trovão engolido de Deus,  fingidor ferido de doces cantos, mentira  precária nas cordas de uma harpa febril.

***********
Gostou do capitulo? - Der seu voto pra dar aquele apoio na divulgação do livro.
Deseja relatar alguma coisa? - Comente 》
Compartilhe o livro
Obrigado!

O Anjo Sem AlmaWhere stories live. Discover now