Paguei ao motorista e desci com o coração na mão. Minha confiança era quase nula agora. Imaginei se iria atrapalhá-lo, se ele estaria ocupado, ou se simplesmente não me quisesse aqui. Me senti idiota por pensar assim.

- Bom dia! Em que posso ajudá-la? - A recepcionista perguntou sorridente.

- Bom dia! Eu... É... Eu quero falar com Dav... Com o Sr. Collins!

- Qual o assunto? - Ela perguntou pegando o telefone.

- Pessoal. - Sorri. - Diga que 'Livia' está aqui em baixo.

- Bom dia, Sr. Collins. Livia está aqui em baixo e deseja vê-lo. - Enquanto ela falava com ele meu coração batia forte. - Certo... Tudo bem, Sr. Collins.

A recepcionista desligou o telefone e digitou algo no computador ao seu lado.

- Seu nome é Livia Mitchell, não é? - Assenti com a cabeça. - Me desculpe, Livia. Por aqui. - Ela me apontou o elevador. - Vigésimo andar.

Entrei no enorme elevador espelhado e apertei para o vigésimo andar como a recepcionista me orientou. Andar por andar eu ficava mais ansiosa por vê-lo, tocá-lo. O elevador finalmente parou e se abriu. Pus o pé pra fora com dificuldade. Todos os meus músculos tremiam.

A sala de David era enorme e completamente iluminada pelas grandes janelas de vidro. Eu o avistei ao telefone em sua mesa. Em silêncio me sentei nas cadeias de frente para ele. Um sorriso se abriu em seus lábios e eu devolvi.

- Sim, eu entendo. - Observava David falar ao telefone. Seu tom sério e profissional me fez arder. - Esse projeto é de extrema importância para nós. Pode ficar tranquilo, tudo sairá nos conformes. Tenha um ótimo dia, Sr. Lawinsk.

David desligou o telefone e imediatamente olhou pra mim.

 - O que faz aqui, Srta. Mitchell? - Ele sorriu.

- Eu estava com saudade. Vim te ver. - Levantei da minha cadeira e fui até ele. - Algum problema? - Perguntei baixinho me inclinando e aproximando nossos lábios.

- Nenhum. - Ele respondeu rapidamente segurando minha nuca. - Você me surpreende cada dia mais. Nunca pensei que viria até aqui. - Ele sorriu e me deu um selinho.

- Eu quase desisti, mas a saudade apertou. - Olhei em seus olhos e o beijei, doce e necessitadamente.

Em questão de segundos o telefone tocou novamente. Soltei seus lábios dos meus e fui para a janela enquanto ele atendia.

Em cinco minutos de ligação eu já começava a querer tirar a roupa de David. Ouvi-lo trabalhar era sexy demais. Dez minutos de conversa e ele finalmente desligou. Senti sua movimentação quando ele se levantou da cadeira e chegou por trás de mim me abraçando.

- Me desculpe, meu amor. Eu também estava morrendo de saudade. - Ele disse com a voz serena.

- Está tudo bem, eu sei que você anda ocupado. - Recostei minha cabeça em seu peito.

David me virou de frente pra ele e me pressionou contra a enorme janela de vidro que ia do chão ao teto. Seu cheiro delicioso quase me sufocou. Ele levantou minha cabeça fazendo-me olhá-lo.

- Pra você eu sempre tenho tempo. - Ele beijou de leve meu pescoço me arrepiando por inteiro. - Eu sempre tenho vontade. - Mais um beijo. - Eu necessito de você, Livia. - Mais um beijo. Eu já estava úmida e fervendo.

- Você tem tempo agora? - Perguntei provocativa.

David sorriu e segurou minha nuca com vontade entranhando seus dedos em meus cabelos soltos. Ele inclinou minha cabeça ele colou nossos lábios de forma sensual e desesperada. Com sua mão livre ele segurou minha cintura puxando-me para mais perto dele.

Não se apaixone por mimWhere stories live. Discover now