- Como quiser. - James murmurou tão baixo que apenas ela ouviu. Ele lhe fitou mais uns segundos, com um olhar indecifrável e pela primeira vez a garota não viu divertimento nem deboche em sua linda face. Assim que ele se afastou e lhe deu as costas, levando seus amigos junto, a sereia ficou parada lhe observando se afastar. James Alves era um mistério, porque quando olhava nos olhos dele, sabia que existia um príncipe por debaixo da fera.

  - Você está bem?  - a voz de Nolan tirou-a de seus pensamentos, fazendo-a perceber que ficará tempo demais observando o ponto de partida do capitão do time de Lacrosse. De qualquer forma, a pergunta não havia sido direcionada para ela e sim para o jovem nerd que ambos haviam ajudado.

  - É, estou. - ele ajeitou seus óculos com mãos trêmulas e suadas, era evidente que estava envergonhado. - Muito obrigado.

   Os dois balançaram a cabeça juntos, e o pobre garoto sumiu silenciosamente, passando despercebido por todos os outros adolescentes, como se fosse invisível.

   - Obrigado. - Lydia se virou para aquele que havia lhe ajudado e encontrou um rosto familiar. Nolan, o garoto bonito da praia. O mesmo que havia pego sua bola antes que ela caísse na água. - De novo, aliás. - sorriu de forma simples, captando que a mesma lembrança havia voltado a mente do rapaz.

Apesar de estar sendo um pouco mais tolerável, as piadas a respeito de seus sentimentos por Luca, não haviam parado

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Apesar de estar sendo um pouco mais tolerável, as piadas a respeito de seus sentimentos por Luca, não haviam parado. Mesmo ali, em frente a escola esperando por Amanda que não chegava nunca, havia um grupo de garotas lindas paradas, elas cochichavam entre si, vez ou outra encaravam Luce e soltavam altas gargalhadas.

  A situação estava incomodando a sereia, embora ela tentasse se manter neutra, seu olhar para elas era raivoso e suas unhas cravavam a pele de sua mão. A raiva lhe consumia de uma forma que Luce nunca desejou, era tão mais fácil quando era a garota invisível. Maldito foi o dia que a moto de seu amor platônico bateu em seu corpo, porque lá havia começado o ódio de Batty Denver por ela. E isso deu início a toda sua humilhação. Mas por que a loura lhe achava uma ameaça? Ela era linda, popular e se vestia melhor do que ninguém. Enquanto isso, Luce se considerava apagada, sem graça e esquisita.

Todo aquele ódio direcionado a ela, era gratuito. Luce nunca havia feito nada para nenhuma daquelas pessoas que lhe atiravam ofensas, mas o fato da mais popular lhe detestar, colocou um alvo em suas costas.

   Quando a loura finalmente entrou em seu campo de visão, com sua aparência intacta e seu caráter imundo, o ódio cresceu ainda mais no peito da sereia, pois por onde passava Betty era elogiada e bem recebida. E ela não merecia aquilo, pois fazia mais mal do que a própria malévola. Ela era uma farsa, fingindo falsa inocência e todos acreditavam que a patricinha merecia ser idolatrada.

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