1 - Um feitiço.

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Um feitiço.

Pode mudar tudo, mudar a vida de pessoas, do mundo, do lugar ao redor.

Era isso que Any estava disposta a fazer, um feitiço, que mudaria a vida de Sina. Céus, estava tão louca por fama na escola, estava tão cega de inveja, que mal sabia o que estava fazendo quando tocara as mãos no livro e tivera diversos pensamentos para arruinar a vida da platinada de forma brusca, de uma forma que desaparecesse.

Sua mãe sempre fora envolvida com bruxaria, e Any desde pequena aprendeu tais feitos, não era lá uma das melhores, mas com o livro tudo era mais fácil. Bastava algumas coisas e algo no Espaço-Tempo mudava por completo, a vida de alguém mudava, o cenário ao redor mudava, a vida mudava.

Mas isso não afetaria Any, melhor, resolveria todos os seus problemas de uma vez, ou o único problema que teve e não soube lidar, Sina.

Bastava apenas uma foto, vindo da mesma, seria fácil, Sina sempre fora uma menina tola e ingênua.

Imaginava sua vida, sendo o centro das atenções, não que Sina fosse popular, pelo contrário, sempre se fazia de humilde e tinha poucas pessoas com quem mantinha ao seu redor, uma delas era uma menina de cabelos loiros quase platinados — como de Sina — e uma menina de cabelos morenos longos, Joalina e Sabrina? Talvez era isso, não sabia e muito menos se importava, mas a menina de cabelos platinados causava mais incômodo do que pensara, os meninos sempre babando para a mesma, mandando-lhe cartinhas, como uns malditos admiradores secretos, céus, que idiotice. — Mas Any queria tanto isso para si, apenas para si, estava cega de ódio e inveja. Sem contar também nos elogios que os professores davam-lhe, mesmo que em química a menina fosse péssima.

Droga, precisava urgentemente parar de procurar no que Sina era boa e ruim, não que fosse obceção, longe disso, apenas queria mostrar que era uma menina muito mais qualificada em qualquer aspecto, e se considerava a melhor, só precisava mostrar cada vez mais seu valor, mas com a platinada em seu caminho era tudo tão mais difícil e Sina nem ao menos percebia, ou se fazia de desentendida, deveras burra ou tola, mas por Deus, já estavam no penúltimo ano e a garota parecia ser esperta — mesmo com a cara de tonta — a garota não podia ser tão burra e ingênua assim, não mesmo.

Isso tinha que parar, precisava urgentemente parar.

GHOST|NOARTWhere stories live. Discover now