As 10 regras de uma Babá (18)

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Pego a Hope dos braços do peste e fico ao lado das crianças tentando controlar a minha língua.

Bárbara: Amor, quem é ela?

Luan: É a babá dos meus filhos.

Bárbara: Meio sem classe ela né.

Eloisa: Oh, meu Deus! Você é a namorada do chefe? Mil desculpas por ter lhe falado aquilo, eu pensei que era alguma moça que faz vida, ai sabe né, tem que proteger o chefe. - Mesmo eu querendo o matar nesse momento.

Bárbara: Mô você vai deixar ela falar assim de mim?

Kimberlly: Pai podemos entrar? Estou com fome.

Luan: Vamos.

Entramos no restaurante chique e uma mulher vestida de terninho nos guia até a mesa, me sento ao lado das crianças e de frente para o meu não tão querido chefe que puxa a cadeira para a sua amada.

Eloisa: Então seus pestes, o que nós podemos fazer aqui para nos divertirmos? - Ponho os cotovelos na mesa e apoio minha cabeça nas mãos olhando para eles.

Bárbara: Querida, nunca lhe disseram que em hipótese nenhuma os cotovelos podem ficar na mesa não?

Eloisa: E nunca lhe ensinaram a não atrapalhar a conversa dos outros não?

Luan: Eloisa você poderia por favor tirar os braços da mesa? Não quero meus filhos aprendendo esses modos.

Reviro os olhos e cruzo os braços criando outra cena de morte para ele.

Alec: Você está parecendo a Kimberlly quando não consegue subornar um de nós. - Cochicha.

Eloisa: Eu não esperava isso vindo de você, me comparar com a chata da sua irmã, credo. - Cochicho.

Kimberlly: Eu ouvi isso ai viu.

Phillipe: Eu acho que não era segredo. - Cochicha.

Eloisa: Gente, eu acho que esses cochichos não vai ficar funcionando não, eu sou meia surda.

Andrew: Quando é seu aniversário? Vou comprar um aparelho auditivo de presente para você.

Eloisa: Nossa Andrew você é tão gentil, fiquei até emocionada aqui. - Finjo limpar lágrimas.

Bárbara: Como anda a escola crianças?

Phillipe: Bem obrigado, é muito gentil da sua parte perguntar.

Bárbara: Por nada, mas não esqueça que se precisar de ajuda pode contar sempre comigo.

Kimberlly: Sabe agora que você falou eu realmente preciso de sua ajuda. Eu estou estudando um assunto muito complexo de história...

Bárbara: Querida hoje não né, estamos prestes a jantar em familia ou quase. - Fala olhando feio para mim e eu sorrio.

Luan: Vocês vão querer o quê? - Chama o garçom.

As crianças escolhem na velocidade da luz e eu olho para o cardapio e só vejo nome e desenho de coisas estranhas e nojentas.

Luan: Eloisa você já escolheu ou quer aju...

Eloisa: Vou querer uma salada e um filé. - Falo a única coisa que eu achei ser comestível naquela seleção do cardápio.

Garçom: Algum molho especial?

Eloisa: Não obrigada.

O Jantar foi um fiasco, a comida estava até gostosa e as crianças eram uma ótima distração, porém foi um erro me sentar de frente para o meu chefe. A cada segundo minha mente criava uma maneira diferente de o matar e esconder o corpo. Quando finalmente o catastrófico jantar acabou, meu não tão querido chefe pede a conta e fica me olhando enquanto a namorada tagarela algo em seu ouvido, o garçom logo trás a conta e faltou pouco para eu perguntar se eles não estavam contratando, pois a gorjeta que ele recebeu daria para comprar uns 5 sacos de ração para o Fifi.

Luan: Vamos, eu lhe levo para casa.

Eloisa: Obrigada, mas eu posso ir só.

Luan: Eu insisto.

Eloisa: Minha resposta será a mesma.

Luan: Eu não vou deixar você por aí sozinha a essa hora da noite, não  constumo deixar meus funcionários correr perigo a toa.

Eloisa: Bom chefinho, acho melhor o senhor rever isso ai hein, pois ao meu ver ficar 1 hora na frente de uma droga de restaurante correndo o risco de ser sequestrada, torturada, morta, degolada, decapitada, traficada, assaltada, drogada, espancada esperando por um um chefe idiota e uma piranha tirada a gostosa representa um perigo a toa.

Bárbara: Luan, você vai deixar ela falar assim com você na frente de seus filhos?

Luan: Sim, porque ela tem razão. Me desculpe por isso por favor, e permita-me acompanha-la até a sua casa.

Eloisa: Eu aceito suas desculpas, mas creio que você tem algo mais importante para fazer, e não é me levar para casa. - Me levanto e dou um beijo nas crianças e faço questão de babar a bochecha do Andrew sabendo que ele vai odiar. - Boa noite, até amanhã.

Saio do restaurante e pelo horário o coitado do Pepy já deve estar tendo o descanso dos justos, pego um Uber indo direto para casa, quando chego passo no banheiro e vou direto para a minha linda cama, caio morta ao lado do Fifi. No dia seguinte quando acordo ele está sentado olhando para a minha cara.

Eloisa: Oi meu amor, mamãe tem que se arrumar para trabalhar. Vou sentir muito a sua falta. - Faço carinho nele, me arrumo e desço.

Helena: Bom dia meu amor.

Eloisa: Bom dia mãe, tudo bem?

Helena: Quase, estou com saudades da minha cria.

Eloisa: E a sua cria com saudades da mãe.

Helena: Não é novidade para mim, agora engole o café e se manda.

Faço o que ela manda. Assim que chego na "casa" amaldiçoada vou para o quarto das crianças e por incrível que pareça estão todos acordados e com cara de que vão aprontar.

Eloisa: O que vocês estão aprontando?

Alec: Nada, só estamos animados para o nosso aniversário mês que vem.

Eloisa: O aniversário de vocês é mês que vem?

Andrew: Sim e a vovó vai fazer uma festança, você vai né?

Eloisa: Claro que sim.

Alec: Já sabiamos, afinal de contas você é a babá.

Eloisa: Ai nem me lembre disso, tenho que ficar dia e noite com vocês, da até medo credo acho que depois de tudo isso terei que procurar um psicólogo com urgência.

Eloisa: Ai nem me lembre disso, tenho que ficar dia e noite com vocês, da até medo credo acho que depois de tudo isso terei que procurar um psicólogo com urgência

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As 10 Regras de uma Babá (Concluída)Where stories live. Discover now