— Vem cá, você acha que é só pagar que está tudo resolvido? Para você o dinheiro compra tudo não é? Não poderia esperar menos de uma mocinha americana e mimada como você. — arregalei os olhos sem reação e confusa.

Magoada por suas palavras eu apenas peguei minhas malas e mesmo sem aguentar direito eu as puxei escadas abaixo, descer era mais fácil do que subir

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Magoada por suas palavras eu apenas peguei minhas malas e mesmo sem aguentar direito eu as puxei escadas abaixo, descer era mais fácil do que subir. Ele veio na minha direção parecendo ter a intenção de me ajudar com elas, mas eu me afastei dele bruscamente.

Até que não consegui me equilibrar direito e as malas caíram escadas abaixo.

— Que inferno! — gritei.

Me sentia derrotada, triste, irritada, com medo, estressada e com vontade de chorar. Queria minha casa. Por sorte a moça da recepção já estava de volta.

— Tem uma porcaria de barata no quarto dezenove. Eu não vou dormir lá e nem em nenhum outro quarto daqui. Você poderia por favor me dar um endereço de alguém que possa me dar abrigo por uma semana e que não tenha baratas em casa? — exclamei com irritação.

— Claro, senhorita. — a mulher sempre calma procurou um papel e me entregou. — Esse é o Kaik, costuma ser muito gentil com as hóspedes. Boa sorte.

— Pode ficar na minha casa. — Hugh disse de repente após ficar observando tudo.

— Ah, sério? — debochei — Não quero mais. — falei limpando uma lágrima.

— Está chorando? — se aproximou de mim mas me afastei.

— Não importa. Já consegui onde ficar. Vai cuidar da sua vida pra lá que eu cuido da minha a partir de agora.— andei até minhas malas caídas e as levantei para seguir até a casa do tal Kaik.

— Nem fudendo que eu vou deixar você se hospedar por uma semana com Kaik Mailing. Você vai para minha casa e ponto final. — asseverou.

— Quem você pensa que é? Acha que pode maltratar as pessoas e logo depois agir normalmente? Tenho meu orgulho e não vou para lugar algum com você.  — puxei as malas e tentei passar por ele.

— Acho que vai sim. — puxou facilmente as malas da minha mão.

— Vai fazer o que? Me levar nas costas? Porque de boa e espontânea vontade eu não irei. — quando pensei que estava vencendo a guerra, Hugh me pegou nos braços jogando meu corpo por cima dos ombros como se eu fosse um animal.

— Não seja por isso. — começou a caminhar comigo para fora.

Meu Deus, que vergonha!

— Me solta, seu idiota! — bati em suas costas dura e forte — Seu selvagem, ogro!

Quando o brutamontes decidiu enfim me deixar no chão na porta de sua casa, a vontade que eu tinha era de pular sobre ele novamente, mas para bater nele. Que deselegante e humilhante! Todas as pessoas ficaram nos olhando e rindo como se fosse um espetáculo de circo. Deve ter sido bem parecido mesmo.

— Você é um cretino! Quem você pensa que é para me pegar forte desse jeito e me jogar nesses ombros grandes e me trazer contra minha vontade como se eu fosse um animal? — comecei a desferir socos em seu peitoral duro como aço mas ele segurou meus braços com domínio e logo me puxou para bem perto do seu corpo.

Fiquei sem reação diante do arrepio que percorreu minha espinha, Hugh se aproximou do meu rosto com os olhos semicerrados e sussurrou em meu ouvido:

— Cala a boca e pare de agir como uma surtada. Vai me agradecer por isso depois. — a voz tão grave e sexy.

Quem ainda conseguia ser sexy e excitante sendo grosseiro e insultando alguém? Esse homem das cavernas só poderia ser de outro planeta e estava claramente me confundindo mentalmente.

— Se acalmou? — perguntou dando um aperto na minha cintura.

Tendo em vista o vexame que passei, tudo que queria agora era me camuflar e esquecer essa vergonha.

— Tire suas mãos de mim, seu babaca. — pedi me desvencilhando de suas mãos.

— Ótimo. Ótimo. — deu um sorriso zombeteiro e se virou. 

— Para onde você vai? — indaguei.

— Pegar suas malas. — ele se foi e eu fiquei, piscando mil vezes tentando assimilar na minha cabeça toda a loucura que virou a minha vida desde que cheguei nesse lugar.

Enquanto ele não voltava eu me sentei num degrau em frente a porta da casa dele, peguei meu telefone no bolso da calça jeans e tentei me comunicar com meus pais. Ontem tinha sinal e talvez agora eu conseguisse contato com eles. Disquei o número e coloquei o celular no ouvido.

Estava chamando, ainda tinha sinal! Maravilha.

"Filha, pelos céus! O que houve? Onde você está?" A voz da minha mãe estava desesperada.

"Oh mamãe... A senhora nem imagina o que aconteceu." funguei chorosa "Por causa de uma tal tempestade o avião precisou fazer um pouso de emergência em uma vila que nem sinal direito tem, isso foi ontem e hoje quando acordei simplesmente o avião tinha ido embora sem mim!"

"Como assim foram embora sem você?! Isso é um absurdo! Me passe agora mesmo a companhia aérea que iremos processar e fazê-los pagar caro por isso." ela berrou irritada logo ouvi meu pai querendo falar "Oi amor, como você está? Papai está preocupado." agora eu só queria chorar por ter os pais mais fofos do universo.

"Estou bem papi, pode ficar tranquilo. Mas só poderei ir embora daqui uma semana, será que vocês não poderiam mandar o jatinho particular para me buscar?"

"Infelizmente o Diego o pegou ontem para ir até a Inglaterra e só voltará em quinze dias. Mas..." não consegui ouvir mais nada uma vez que a ligação caiu.

"Mãe? Pai?" chamei em vão. Nenhum pauzinho de sinalização de rede.

— Merda, merda e merda! — me levantei do chão irada por tudo que estava acontecendo comigo nas últimas horas.

Na verdade, eu acho que o mundo havia se virado contra mim há exatos quatro dias quando eu sofri a decepção a qual nunca imaginei que sofreria algum dia. Como Hugh disse na primeira vez que nos encontramos no restaurante: eu estava parecendo derrotada e talvez não só parecendo, e sim estivesse de mesmo agora.



Votem e comentem, só assim trarei outro capítulo rapidinho ❤️

O Amor De Um Viking (Concluído)Where stories live. Discover now