Dad

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Cloe Turner

Ao lado dela tem um vaso de plantas completamente quebrado. Acho que ja sei o que causou os ferimentos em sua cabeça.

-O que aconteceu com minha mãe?

Perguntei me direcionando a Peter, pra mim ele tinha feito algo com ela. Com toda a certeza.

-Foi um acidente, eu juro.

Não chorei, não fiz nada a não ser andar na direção daquele infeliz e lhe dar um tapa na cara. Minha mão ate ardeu um pouco, mas valeu a pena a pequena parcela de dor.

-Pode ter certeza que depois disso, você não pisa mais aqui.

Disse e saí direto para meu quarto.

O que aquele merda tinha feito com minha mãe? E por qual motivo?

Nada justifica uma agressão, mas, ele nunca foi violento, não que eu saiba pelo menos, teria chateado tanto, a ponto de machucar a minha mãe daquela forma? Talvez ele fosse doente.

Vejo que meu celular não tem nada de bateria e coloco para carregar. Pego uma toalha e vou tomar um banho. Tudo o que eu tinha na cabeça foi a noite divertida que tive com os meninos, não que não estivesse com minha mãe mas nunca fomos tão próximas assim pra eu estar chorando por meio mundo e ela não morreu, não foi nada demais, mas aquele cara, ele não vai ficar impune pelo o que fez. Não vai mesmo.

Saio do banho e me seco, visto uma calça de moletom e uma camiseta dos Beatles. Coloco a toalha na sacada do meu quarto. Vejo o sino dos ventos que tenho ali, foi um presente do meu pai, o meu verdadeiro pai. Ganhei de aniversario de 12 anos. Eu costumava dizer que controlava os ventos, coisa de cabeça de criança. Meu pai adorava quando eu dizia que tinha um super poder de controlar o vento, então me deu o sino de presente para eu saber quando estaria forte, ele era tão brincalhão e sonhador quanto eu.

Ate que morreu em um acidente de carro voltando do trabalho, um idiota drogado bateu o carro contra o do meu pai. O mais incrível foi que o imbecil não morreu, apenas meu pai, um homem bom e que tinha uma filha pequena pra cuidar. Esse é um dos motivos que mais colaboraram para eu não acreditar mais em Deus, se ele existisse e fosse tão bom quanto dizem, teria salvado a vida de um homem inocente e não de um drogado assassino. E depois minha querida mãe, resolveu se casar com o tio do drogado e assassino que matou o marido dela, que tipo de pessoa doente mental faz isso?!

Para melhorar tudo, esse vagabundo joga a porra de um vaso na minha mãe e ela fica inconsciente a ponto de chamarem uma ambulância para socorre-la. Essa família desgraçada esta acabando com a minha vida, e eu sou a errada depois! Sinceramente não aguento mais.

Alguém bate na porta. Saio da sacada e vou ate lá abrir. Um policial alto de olhos castanhos mel esta em minha frente parado, o que esse cara quer em? Eu já não vi coisa demais pra um dia?

-Preciso fazer algumas perguntas.

Ele diz.

-Eu não estava em casa quando aconteceu. Não posso ajudar.

-Mesmo assim vou precisar fazer as perguntas. Posso entrar? Talvez se sinta mais confortável, aqui fora esta barulhento.

Abro espaço para ele entrar e sento na cadeira da escrivaninha.

-Faça suas perguntas

Gothboiclique - Lil PeepWhere stories live. Discover now