O grande dia .

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Semanas depois..

Os dias passaram muito rápido e durante esse um mês dês do meu noivado eu mal tinha tempo para dormir. Era muita coisa que eu tinha que resolver, vestido, decoração, bolo, doces, o que comer, o que beber, convidados, padrinhos, tudo isso era muito cansativo e eu não tinha pique para tudo isso! Durante esses dias vi muito pouco meu futuro marido, mas era ate melhor assim pois sempre que estava com ele minhas pernas tremiam e minhas mãos suavam, como essas garotas apaixonadas se sentiam, mas eu não podia dizer que estava apaixonada, na verdade não podia dizer que estava nada, já que tinha pouquíssimo contato com ele. Nosso casamento estava estampado em todas as revistas e jornais, isso que da se casar com um homem tão importante e tão rico como David.

- Mamãe? . Disse a chamando do quarto aonde eu estava.

- Sim querida? . Entrou rapidamente.

- Sera que podemos conversar antes do cabeleireiro chegar?

- Claro meu amor, aconteceu alguma coisa? . Se sentou em minha frente.

- É que estou com medo. Confessei.

- Com medo do que exatamente?

- De me casar! . Suspirei. - Eu não sei nada sobre ele mamãe, a não ser que ele é rico e seu nome, nem sua idade eu sei! Eu não sei se isso é certo.

Meus olhos se encheram de lagrimas. Era a primeira vez que tinha esse tipo de conversa com alguem, eu nunca quis contrariar o papai, nunca! Mas eu não posso me casar sem chorar e colocar pra fora os meus medos, isso é sufocante. Minha mãe respirou fundo e segurou em minhas mãos.

- Olha meu amor, eu sei como esta se sentindo ate porque também me senti assim quando me casei com seu pai, as coisas são mais simples do que parecem, pode acreditar! Com o tempo vocês vão se conhecendo, vão se apaixonando e no final vão ser muito felizes. Sorriu.

- E se ele não se apaixonar por mim?

- Não seja boa. Ela riu e limpou a lagrima que escorreu sobre meu rosto. - Você é a garota mais doce e gentil que eu conheço, é impossível não se apaixonar por você.

- Mesmo assim eu ainda tenho medo.

- Não precisa ter, ele parece ser um ótimo rapaz, vai dar tudo certo ta ?

- Tudo bem.

Minha mãe se levantou e beijou minha testa, me fazendo fechar os olhos na hora, respirei fundo e sorri, mesmo querendo chorar! Batidas na porta me fizeram abrir os olhos e eu vi três pessoas entrando, cada uma com duas maletas nas mãos, mordi o canto da boca e sorri. Vai dar tudo certo, vai dar tudo certo! Afirmei pra mim mesma.

[...]

- Você esta linda! .

Meu pai disse assim que entrou no quarto, quando não tinha mais ninguém lá e eu já estava totalmente pronta, só esperando me buscarem .. Meu cabelo estava preso em perfeitamente preso com o véu e a caroá nele, podia parecer um penteado simples, mas estava bem bonito. Meu vestido era rendado apenas da cintura pra mim e abaixo ele era liso, de cetim que modelava perfeitamente meu corpo. Ele tinha as costas abertas e era de manga, mas em uma renda mais fina, ele era simplesmente perfeito .

- Obrigada papai. Sorri sem mostrar os dentes.

- Você esta bem?

- Estou sim! Não se preocupe.

- Tudo bem. Suspirou. - Vamos?

- Claro.

Sorri e peguei meu buquê de rosas amarelas, fui andando ate a porta aonde meu pai me esperava, ele me ajudou com o vestido e descemos as escadas e saímos da minha casa, lá fora alem de alguns reportes e seguranças, tinha uma limousine branca com o motorista ao lado da porta aberta. Sorri timidamente para as câmeras e entrei rapidamente dentro do veículo junto com meu pai.

- Você esta me deixando bastante orgulhoso. Disse minutos depois.

- Eu sei! E fico feliz por isso. Sorrio de lado.

- Sei que no começo você pode achar difícil, mas com o tempo você se acostuma .

- Eu espero.

- E quem sabe assim sua irmã se espelha em você. Ele sorriu e continuou bebendo o que estava dentro de sua taça.

Eu sabia que isso não ia acontecer, a Emilia não era como eu, não obedecia ao papai da mesma forma, ela queria fazer as próprias escolhas e não deixar que o papai escolha por ela, isso ela não aceitaria nem na base da tortura eu tenho certeza!

[....]

A limousine parou em frente a escadaria da igreja que tinha um enorme tapete vermelho, que pelo o que eu conseguia enxergar ia da entrada da igreja ate a porta da limousine. Tinha bastante repórteres nos degraus da escada e antes mesmo da porta se abrir os flashes já tinham começado, respirei fundo e apertei o banco com certa força.

- Esta na hora filha, vamos? .

- só um minuto papai. Fechei os olhos e abaixei a cabeça.

Era evidente que eu estava com medo, mas como não estar se eu estava prestes a me casar, a passar o resto da minha vida com alguem que eu nem conheço?! Isso não é motivo de felicidade, pelo menos não pra mim ... Mas eu não podia recuar agora e dar essa vergonha ao papai, não podia! Respirei fundo e virei para o papai.

...- Podemos ir papai.

- Ótimo!

Ele fez um sinal para o motorista que rapidamente desceu e abriu a porta para o papai que logo desceu e esticou a mão pra mim.. É agora Ana, não tem como voltar atrás, não mais! Boa sorte. Peguei na mão dele e desci da limousine e me posicionei ao lado dele e coloquei um sorriso no rosto para as fotos. Fomos subindo lentamente as escadas ate chegar na porta que estava fechada e a organizadora estava na porta, ela me arrumou rapidamente e sorriu.

- Você está linda!

- Obrigada. Disse baixo.

- Prontos?

Apenas concordei com a cabeça e ela fez algo que logo a música na igreja começou a tocar e lentamente as portas foram se abrindo ate me dar visão total da igreja que estava lotada de pessoas, que eu nunca nem tinha visto na vida e lá no altar ele, o meu marido! Meus olhos se encheram de lágrimas e começamos a entrar na igreja dando um passo de cada vez.. As pessoas tinham um enorme sorriso no rosto que certamente eram falsos, principalmente das mais jovens do sexo feminino que devem estar me odiando agora por estar casando com o maia cobiçado jovem rico e lindo da cidade. Eu apertava o braço do papai e respirava fundo, minhas pernas estão bambas, muito bambas por sinal, por pouco eu não encontro com o chão .. Quando cheguei de frente para o David que por sinal estava muito gato, uma música mais lenta começou a tocar.

- Cuida dela.

- Cuidarei.

David entrelaçou nossos braços e fomos ate o alto, parando em frente ao padre e a música encerrou, uma lágrima escorreu e eu respirei fundo.

- Vai ficar tudo bem. Sussurrou.- Eu prometo. Beijou minha cabeça. Eu espero que realmente fique.

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