A M A - M E (EM BREVE NOVA VERSÃO PELA EDITORA)

CAPÍTULO 22

   Nos conhecemos a um mês e meio. Fico puta.

   — Renata! Parou ok?! Yo sei mucho bem o que estou fazendo. — Ela ignora o que falo e suspiro procurando paciência.

   — Ele te olha como se fosse um psicopata, Heloísa pensa bem, o homem parece um louco te cercando como se fosse a presa do lobo!.

   — O que usted acha assustador, yo acho sexy. Estou raciocinando muito bem, estou lúcida. Para de ficar falando mierda que isso já está me irritando. Yo nunca falei nada sobre tu ficar transando com qualquer um por aí, nunca te julguei. — Olho no fundo dos seus olhos séria. — Só para!.

   Me levanto suspirando e ela vem atrás de mim.

   — Helo eu só quero o seu bem...

   Meu celular toca e vejo na tela de bloqueio que Scott me mandou uma mensagem.

   — Yo sei... — Me viro ficando cara a cara. — Se vou me casar com ele é por que gosto dele.

   — Isso que você não entende! Casamento tem que ser mais do que gostar!.

   — Quem te disse que yo no amo ele?. — Minha pergunta a faz ficar paralisada.

   — Heloísa... Eu não tinha idéia que era... que estava nesse nível. — Lhe lanço um olhar duro.

   — Como usted iria saber? Me evitou por duas malditas semanas!.

   Ela faz uma careta de dor e seus olhos lacrimejam, dá dois passos para trás impactada com as minhas palavras. Carajo!.

   O celular toca novamente e nem preciso ver para saber que é ele novamente.

   — Tenho que ir.

*****

   —Para onde estamos indo?. — Pergunto pela décima vez para o Scott que somente beija minha testa enquanto andamos pela calçadas.

   — Bom... Só hoje eu notei que nunca tinha te levado para sair, as provas estão acabando com a gente, e quando não estamos transando estamos estudando... Então, por que não dar uma pausa somente hoje?.

   Ele abre a porta de uma lanchonete e quando entro fico encantada. A decoração é toda dos anos sessenta variando entre a cor branca e vermelha, é como se yo acabasse de entrar naqueles cenários de filmes de época de Hollywood.

   O burburinho das pessoas falando é baixo e Scott logo me puxa para sentar naqueles sofá que tem uma mesa no meio ao lado da janela.

   O tatuado vai contra o costume americano e se senta ao meu lado e no de frente para mim.

   Ele abre um sorriso que me faz pensar em coisas sujas saindo da sua boca mais disfarço por estarmos em um lugar público.

   De repente uma garçonete parece brotar do chão, já com uma caderneta e a caneta na mão para anotar os nossos pedidos.

   — O que desejam?. — Scott abriu o cardápio e me encostei no seu braço que estava apoiado em cima da mesa.

   — Yo vou querer um sorvete de três bolas de morango com cobertura de chocolate e granulado de chocolate. — Falo olhando para a moça que anota rapidamente.

   — Quero o mesmo só que sorvete de chocolate. — A mulher acena com a cabeça e sai para ir buscar os nossos pedidos.

   Meu tatuado encosta no sofá e me puxa para ficar entre os seus braços e puxa minhas duas pernas para ficar no meio das suas. Ficamos em silêncio por um tempo.