Ascensão de um Deus (AUD)

AUD 194

Era seu dever como noivo e filho, cuidar delas, as proteger. Sendo assim, ele jogou as trevas para as profundezas de sua mente, agora não era hora de se deixar ser dominado por elas, e ele temia o dia que elas retornassem.

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Dentro de uma sala levemente iluminada, dando uma sensação estranhamente sombria, havia uma mulher sentada em uma cadeira de balanço.

No momento haviam somente traços remotos de uma juventude repleta de beleza, mas agora dominada pelas rugas e pela implacável passagem do tempo.

A sua frente seus dois filhos, Lin Kang e Lin Tai, estavam sentados tomando uma xícara de chá com sua mãe.

"Aquele garoto… Nenhuma notícia dele?" - Lin Kang.

"Todos os homens que enviamos para buscar por ele vieram com a mesma palavra de que ele não estava na Cidade…" - Lin Tai.

"Vocês são realmente idiotas… Vocês ficaram brincando e perderam a chance de raptar duas pessoas do Clã Min e uma do Clã Zong… Poderíamos ter feito fortuna…" - Lin Mei.

"… Droga…" Lin Kang resmungava apertando seu pulso.

"Como esse garoto era?" - Lin Mei.

"Cabelos pretos… Olhos cor de mel e pele branca… Usava roupas simples e tinha uma Arma Santificada… Deveria estar perto dos vinte anos, mas estava no Dao da Alma…" - Lin Tai.

Um leve brilho piscou nos olhos de Lin Mei, como se sua intuição a estivesse avisando que está pessoa era conhecida.

"Por essa expressão… Você conhece ele mãe?" - Lin Kang.

"Não… Acho que não…" - Lin Mei.

"De qualquer forma… Vocês devem ficar quietos por um tempo, o Clã Min e Zong certamente ficarão de olhos abertos para vocês…" - Lin Mei.

"Dane-se eles…. Além disso, o que o pai disse sobre isso?" - Lin Kang.

"Bom… As coisas estão indo como ele quer… Talvez em breve tenhamos algumas novidades…" - Lin Mei.

"Oh?! Finalmente?" - Lin Tai.

"Hehehehe… Assim que o pai de vocês resolver os últimos detalhes, daremos andamento aos nossos movimentos…" Lin Mei falava brincando com a xícara em suas mãos.

Ninguém além de seus filhos sabia que na realidade o seu amado, o seu verdadeiro marido era um dos filhos do Patriarca do Clã Min.

Não só isso, todo o caos que ocorria atualmente era culpa deles.

Há centenas de anos atrás, os Patriarcas do Clã Min e Zong, foram instigados a matar Lin Cai.

Centenas de boatos chegaram de todos os lados, dezenas de seus mais confiáveis homens de inteligência os trouxeram rumores de que o Clã Lin estava planejando tomar o controle de toda a Cidade Plumas Celestiais para eles.

Isso foi reforçado quando várias pessoas do Clã Min e Zong morreram em confrontos inexplicáveis, todos atribuídos ao Clã Lin.

Além disso, vários de seus negócios, contratos, lojas e agricultura começaram a ser atacados.

Quando os dois Patriarcas buscaram explicações do Clã Lin e falaram pessoalmente com o Patriarca Lin Cai, este último negou fielmente o envolvimento em tais atos.

Contudo, por quase quatro décadas uma grande inimizade foi sendo criada pouco a pouco, até que o choque entre os Três Clãs Supremos se provou imparável.

Isso resultou em uma guerra sangrenta, regada de sangue e destruição.

O ápice dessa guerra foi um ataque sorrateiro dos Patriarcas do Clã Min e Zong contra o Patriarca Lin Cai, resultando na morte de sua esposa.

Por causa disso, ele acabou se enfurecendo e um momento de loucura queimou parte de sua vitalidade, conseguindo superar dois outros Supremos Senhores.

Depois disso, vendo que a continuação de tal desavença colocaria toda a Cidade Plumas Celestiais, como boa parte do Supremo Continente Shiang, sob caos e destruição, os outros Supremos Senhores intervieram e fizeram grandes movimentos diplomáticos e também de força bruta para frear a guerra.

Tudo isso resultou em um cessar fogo, mas a inimizade perdurou através dos séculos.

Pouco sabiam eles que na realidade tudo foi uma artimanha de Lin Mei com seu amor secreto do Clã Min, para que ambos assumissem o controle de seus respectivos clãs.

Enquanto isso, o Clã Zong era um mero peão, bem como as demais pessoas do Clã Lin e Min, arrastados em uma falsa guerra.

Mergulhados no caos, devido a arrogância, orgulho, luxuria e avareza de duas pessoas.