Capítulo 24.

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Me espreguiço e viro para o outro lado sentindo um vazio, rapidamente abro os olhos e me vejo sozinha no quarto. Mas que droga...denovo?!

Isabelle - acho que sempre vou acordar sozinha.

Reviro os olhos sentindo raiva e decepção. Ele vai morrer se esperar eu acordar?!
Me levanto e olho para o relógio na estante, 07:02. Concerteza o dever lhe chama, a máfia em primeiro lugar!
Como podia esquecer? Aliás, nós mulheres que nascemos na máfia sempre vamos lembrar disso todos os dias, mesmo sem querer. É nós que vamos almoçar e acordar sozinhas.
Engulo em seco e entro dentro da banheira sentindo meu corpo relaxar com á água quentinha em uma manhã fria. Fecho os olhos aproveitando a ótima sensação.
Tento sentir raiva dele, mas só vem uma tristeza queimando no meu peito, vou ser assim por toda a minha vida.
Sinto a porta do quarto bater e com o susto me levanto me enrolando na toalha, abro a porta e para a minha surpresa vejo John no closet. Ando até ele que já me percebeu, mas me ignorou e tirou umas roupas de dentro. O que me deixou super nervosa, ele tinha se arrependido?

Isabelle - John...o que está fazendo?

John - vou precisar ficar uns dias fora.

Isabelle - o que aconteceu?

John - não se intrometa nos assuntos da máfia. - ele fala frio e meus olhos ardem, pisco algumas vezes para espantar as lágrimas que insistem em cair.

Isabelle - mas ...vai hoje?

John - agora.

Ele puxa uma mala e coloca tudo dentro, abraço meu corpo meio sem reação. Ele simplesmente vai me deixar aqui sozinha?

Isabelle - John, quando você volta?

John - sem previsão de volta, tchau.

Ele sai rápido e igual á uma idiota o sigo até a porta de baixo, ele me encara e para de andar me fazendo fazer o mesmo.

John - vai me deixar até á saída só de toalha? Suba.

Ele sai de casa e minha boca se contorce com tamanha decepção, como ele pode fazer assim desse jeito?
Realmente eu não significo nada para ele.
Subo as escadas apressada e bato a porta com força. Desgraçado!
Sento na cama e sem me segurar, começo a chorar sem conseguir parar, nunca me senti tão sozinha e estúpida como agora! Me levanto ainda meio sem o que fazer e vejo meu celular perto de uns livros, ando até ele e o pego. Tinha 15 mensagens, algumas de Taylor e Clary, e uma de minha mãe perguntando como eu estava.
Clary e Taylor perguntavam a mesma coisa, como você está? e como chegou?
Respondi as duas que estava ótima e que nunca tinha acordado tão bem. É eu sei, sua idiota. Mas estava me sentindo com tanta vergonha de mim mesma por ter sido tão fácil convencida e boba, não queria falar aquilo. Não agora.

Jogo o celular e vou para o closet, pego um vestido azul marinho soltinho e um salto branco. Ia sair, sozinha mesmo, estava precisando.
Terminei de me arrumar e desço, encronto o café da manhã pronto, talvez Laura tenha presenciado aquilo e decidiu me deixar sozinha.
Me sento e como um pouco para não sair de barriga vazia, não estava com tanto apetite. Peço para o motorista me levar para uma biblioteca, foi o primeiro lugar que apareceu em minha mente, era calmo e tinha uma coisa que eu amava, ler.

Assim que cheguei, fui com a bibliotecária e pedi á autorização para ler, peguei e fui para uma parte afastada.

MAIS LINDO QUE A LUA

Tinha escolhido um livro romântico para ler, o que eu não podia ter, estava pegando para ler. Assim que folheio uma página sinto alguém me observando e fecho o livro devagar um pouco desconfiada, não era os seguranças porquê mandei ficarem todos do lado de fora. Me levanto fazendo de conta que vou escolher outro livro, assim que vou passando pelos corredores aproveito para olhar a biblioteca inteira, que era imensa.
Não vejo ninguém suspeito e fico olhando um livro que me chamou atenção, congelo no lugar quando sinto uma presença atrás de mim, a tal pessoa passa á mão em meu cabelo e depois passa para a minha cintura, segurando com firmeza.

Isabelle -  não faça nada comigo. - digo sussurrando com a voz trêmula.

- não vou fazer nada...ainda.

A voz era grossa e conseguia sentir o tamanho da pessoa atrás de mim, era alto e músculoso. Era um homem! Eu ia morrer hoje?!

Tento me virar para ver quem é mas ele me prensa na prateleira.

- Não ouse se virar para olhar, ou corto sua garganta na hora e você vai ficar aqui se afogando em seu próprio sangue.

Concordo com a cabeça segurando um soluço e ele passa sua mão em meu rosto como se fosse para memorizar ou apreciar.

- você é linda.

Ele cheira meu pescoço e tremo soltando o soluço que estava preso no fundo da minha garganta.

Isabelle - se você não vai fazer nada comigo, porquê não vai embora?

- só queria lhe apreciar por mais tempo e mais de perto.

- conte 20 segundos.

Fico confusa ao ouvir aquilo, ele era louco? Mas como não quero morrer ainda, meio sem voz começo a contar.
Assim que acabo me viro rápido e me vejo sozinha no corredor com os livros.

NOIVA DE UM MAFIOSO  ( 01✔CONCLU )Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum