Capítulo 43

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Abro a porta e saio a procura de alguém que me dê alguma notícia que seja.

As pessoas me olham torto devido ao meu estado; estou descalço e despenteada, sangue seco faz parte de toda esse visual desastroso, mas agora nada disso me importa.

Me equilibro nas paredes frias e brancas, passo por corredores e entro no elevador. A primeira pessoa que vejo é Marcelo, seu olhar sem vida me diz que as coisas não andam bem, balanço a cabeça. Não, não e não!

Eu me recuso a acreditar. Ele é um homem forte e vai conseguir, eu sei que sim.

— Você não podia ter saído do quarto Deise, bateu forte com a cabeça e teve uma queda de pressão. — Ele diz fraco.

— Não me importa. — Minha voz treme — O que te disseram? — Seguro firme em seus braços. — Tem notícias dele?

Ele suspira desolado.

— Ele vai precisar de transfusão de sangue, eles estão tentando...

Arregalo os olhos.

— Tentando?Você não tem o mesmo tipo de sangue?

— Acredite Deise, eu estaria lá dando quanto sangue fosse necessário mas não tenho. — Profere entre dentes e soca as coxas em frustração.

— Qual... o tipo sanguíneo? — Minha voz tremula.

— O positivo.

Praguejo alto.

— O meu é O negativo. Eu poderia doar mas tenho anemia. Mas não vou ficar aqui parada enquanto ele está morrendo precisando de sangue. Alguém tem que ter essa merda, e vai dar. — decreto por fim.

Liguei para o meu irmão que já está vindo para o hospital, temo ter atrapalhado mais uma de suas noites. Também ligeui para Mariana e Emily. Eu não sei mas quem posso chamar e acabo sentada no canto, esperando para que algum deles possam salvá-lo.

Alguns minutos se passam, não consigo manter meus dedos longe da cabeça e temo ficar careca. Um suspiro ultrapassa minha garganta quando vejo uma figura alta e cabeluda parar uma enfermeira.

— Onde que faz o procedimento? — ele vem até nós andando a passos rápidos. — Não é hoje que esse desgraçado morre se depender de mim.

Sorrio em meio às lágrimas.

Marcelo o acompanha, minha prima aparece instantes depois com meu irmão e uma mulher que nunca vi na vida

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Marcelo o acompanha, minha prima aparece instantes depois com meu irmão e uma mulher que nunca vi na vida. Não paro para prestar atenção nela, minha prioridade aqui é outra agora: interceder a Deus pela vida de Anderson. As pessoas dizem que só o chamamos quando estamos no aperto e pode até ser verdade, mas eu peço que ele deixe para me cobrar depois e não agora, que vou ler mais a Bíblia e orar na madrugada.

Eu prometo tantas coisas que quando termino não me lembro bem das primeiras.

Mari segura a minha mão, miro seus olho não conseguindo segurar eu desabo em seu ombro.

— Era para mim... — digo soluçando — Era para eu estar lá dentro e ele entrou na minha frente, ele...

— Vai ficar tudo bem meu amor... — Suas palavras suaves e melodiosas tentam me acalmar.

Ela está grávida, lembro-me. Peço para ir para casa descansar contudo se recusa a fazer isso e diz que vai ficar comigo. Meu irmão me abraça apertado.

— Vai ficar tudo bem...

Porque as pessoas dizem isso? Porque elas simplesmente não falam: vamos torcer para que fique tudo bem. Quando se estar assim você se apega a qualquer fio de esperança que seja, é bom ter fé mas... Mas às vezes você a perde.

Eu não sei quantas horas de passaram desde que chegamos. Estávamos sentados quietos prestando atenção em Marcelo que falava no celular, acredito que com alguém da família de Anderson, quando um burburinho chamou nossa atenção, levantei rápido totalmente confusa vendo enfermeiros entrando na enorme porta que dava para a ala cirúrgica.

Não consegui controlar meu corpo que começou a tremer, murmurava coisa desconexas e olhava para todos eles vendo a desesperança nos seus olhares, então apontei:

— Não pode ser ele. — Minha voz não passou de um ruído — Ele é forte. Você é forte Anderson Bragança e se pensa que vai me deixar está enganado. Você fixou na minha mente a imagem de uma garotinho com a nossa mistura correndo pela casa e, a menos que queira que eu entre aí mesmo e te mate, trate de ficar bom logo para tornar realidade. — Sussurro baixinho. Sei que ele não pode me ouvir mas... Queria muito que pudesse.

Apoio minhas costas na parede. Recuso qualquer líquido que me é oferecido posteriormente, tenho a impressão de que não estão só me dando aquilo e eu não quero dormir, preciso ficar consciente quando virem nos falar que ele está bem.

Mais uma hora em que estamos a espera de qualquer coisa e nada, ninguém vem até nós nos dar nenhuma informação.

Os pais de Anderson já estão sabendo e solicitaram um helicóptero para os pegarem no cruzeiro, amanhã estarão aqui e isso me deixa mais tranquila, pelo menos quando ele acordar verá todos que o ama por perto e eu tenho fé de que isso seja logo.

— O paciente teve uma parada respiratória difícil de controlar. — Sobressalto ao ouvir uma voz cansada e rouca —  Tivemos que limpar o local devido a sujeira que o objeto deixou no ferimento, faltando pouco para não atingir alguns órgãos. As próximas horas são cruciais para ele. — Seu olhar avalia cada um de nós — Não quero mentir, mas não está totalmente fora de perigo. Sugiro que descansem – todos.

É o que diz antes de se virar, deixando a todos paralisados.

Não consigo ficar parada e minha única opção agora e correr, correr para bem longe e buscar força e coragem.













DEISE © - OGG 2 [COMPLETO]Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang