the day after

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[escrevi este capítulo antes da terceira temporada lançar e terminei de escrever do meio para o final depois de ter lançado! quero chorar pq eu fui tão inocente em colocar Hopper nessa história sem ao menos fazer idéia... :'( e cara eu sabia que iam cortar a perna dela em algum momento, eu sou uma gênia. qualquer erro de digitação sinta-se livre para corrigir, por favor! boa leitura! <3]


julho 1985
hawkings, indiana

hopper teve que pegar um caminho dentro da floresta para chegar mais rápido no hospital, ou ela perderia mais sangue. estava escuro da noite e as árvores não colaboravam, cobrindo a claridade da lua.

o policial olhou para o banco de trás no retrovisor.

ela estava dormindo. era difícil ver seu rosto através da camada grossa de panos a cobrindo dos pés até a cabeça. ela dormia no colo de mike, com a cabeça deitada em seu ombro, a bochecha dele contra o cabelo bagunçado dela. ele a segurava, seus braços a mantia firmemente presa a ele, assim o movimento do carro não iria a despertar.

o homem que dirigia no banco da frente pôde se acalmar um pouco por saber que mike estava alí. cansado, com olhos fundos, mas estava alí com ela e não sairia do lado dela, ele sabia disso. ele precisava do garoto agora, eleven precisava. hopper não conseguiria sozinho.

uma das pernas de eleven estava sendo coberta com a jaqueta de lucas, enxarcada de sangue, estirada no banco traseiro. é uma longa história, mas o que pode-se resumir é que, enquanto todos estavam no starcoult dando fim a mais um ataque depois de um ano que o portal foi fechado, steve teve que enfiar uma faca na perna da menina. todos sabiam que era a única chance de tudo dar certo, do sangue dela atrair o monstro, e ela sabia também, ela queria, ela queria acabar com a criatura. então, foi feito. steve foi o único que teve a coragem.

ela tinha usado cada pedacinho de si, usou tudo que tinha, todas as suas forças. a sua perna era só um porém, por que havia sangue também pelo seu rosto. se ela estivesse acordada diria que o cansaço físico não era nada sendo comparado com o emocional. eleven é forte, e como é. mas sempre que tinha que usar muito seus poderes como hoje, tinha que canalizar a raiva e lembrar de todo o abuso que passou (como sua irmã a ensinou), e depois de sentir suas pernas fracas após tudo e perder o equilíbrio caindo no chão, ela só queria se deitar como um gato encolhido em uma bola e chorar tudo que acumulava no peito. não era fácil ter que lembrar do que ela mais desejaria esquecer para sempre, mas ela tinha que salvar seus amigos, sua família. Por que ela aprendeu que essas são as pessoas por quem se deve fazer qualquer coisa.

agora, depois que tudo tinha acabado, ela não havia mais forças para nada. mas hopper precisava a levar num hospital, ele não saberia como cuidar da ferida, nem joyce, certamente. aquela faca podia estar suja, enferrujada, ele não tinha certeza, era uma faca da cozinha de uma lanchonete do shopping. precisava de atenção especial.

antes de sair do lugar, hop estava preocupado em deixar todo mundo alí sozinho depois do acontecido sem saber que todos estão seguros e em casa. mas agora, honestamente, ele não poderia se importar menos. ele é o pai de eleven agora, e ela estava perdendo sangue no banco de trás do seu carro e basicamente desmaiada no colo do namorado. era tudo em que ele iria focar agora, quem se importa com o resto do mundo?

-

"devemos acordar ela?" mike perguntou ao homem na sua frente quando ele abriu a porta traseira.

"não, é melhor que ela não veja nada. se ela estiver acordada não vai querer entrar lá"

mike assentiu, sabendo do que ele estava falando.

𝐦𝐢𝐥𝐞𝐯𝐞𝐧 𝐨𝐧𝐞-𝐬𝐡𝐨𝐭𝐬Where stories live. Discover now