O Ceifador de Rostos

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O forte cheiro pútrido se impregnou no ar. O que os garotos estavam pensando quando tiveram aquela ideia de merda? Mas não importava, agora era tarde demais para voltar atrás.

"Me ajude a pegar tudo isso aqui" disse James enchendo a mochila com moedas antigas e valiosas.

A noite estava fria e uma densa névoa cercava o grupo dos jovens, e o medo estava chegando a cada um deles. Estavam todos os cinco muito agitados, afinal, acabaram de assassinar o vigia do cemitério estadual, e estavam saqueando os túmulos dos mortos que tinham enterrado consigo bens materiais.

Já eram seis sepulturas abertas, e em cada uma delas um tesouro diferente para eles.

"Vamos ficar ricos com tudo isso!" afirmou Jeremiah sorrindo e com a maldade nos olhos.

Estavam os cinco jovens pegando as moedas, mas um som longínquo os fez parar, se tratava do barulho de um helicóptero sobrevoando a cidade. Os garotos correram pela grama do Cemitério Estadual e foram em direção ao banheiro. No caminho, viram os corpos do vigia e dos trabalhadores que a pouco faziam seu serviço, mas que agora estavam mortos, tendo a vida ceifada pelas armas dos jovens delinquentes.

Se esconderam no banheiro e esperaram o helicóptero passar, os seis com as armas em punho e as mochilas pesadas nas costas. Saíram assim que puderam, lá fora, o cheiro da morte chegava a ser insuportável, mas eles tinham que terminar o que haviam começado. Foram em direção ao último túmulo, a sepultura de Osias Emmanuel, o antigo empresário e rico que morrera no final do ano que se passou. Steve e Lucas pegaram suas pás e começaram a cavar com força, os dois garotos eram fortes e musculosos e, com dez minutos conseguiram chegar ao caixão de ouro do falecido Osias.

"Deixem comigo agora" disse James, que pegou o pé de cabra e começou a abrir a tumba do morto.

Pôs força nos braços e um alto CRACK pôde ser ouvido, a madeira do caixão se quebrou e eles abriram a tampa. Lá dentro, um esqueleto trajado com roupas finas estava descansando, teias de aranhas estavam entre os ossos e vermes andavam sem rumo pela madeira. Ao lado do corpo tinha um papel, já em decomposição, era o testamento de Osias Emmanuel, junto com a folha estavam colares e joias preciosas, antigas pérolas que o empresário jurou enterrar junto de si.

Os adolescentes estavam ficando ricos a cada conquista, e enchiam as mochilas com os objetos roubados, mas um barulho entre as folhas os fez gelar.

Algo passou entre a folhagem alta do cemitério e os seis garotos olharam rápido, erguendo suas armas de fogo, mas nada viram. Atrás de Steve, um baixo steck, como de um galho sendo pisado foi ouvido, ele virou-se rapidamente e teve sua última visão.

Gritando de dor, Steve virou-se para seus amigos e eles puderam ver o rosto do jovem, agora jorrando sangue pelos olhos. Não sabiam o que tinha feito aquilo, ou quem, mas os dois globos oculares do garoto foram atingidos, e o sangue saía como água pelo rosto de Steve.

"Rápido, precisamos levá-lo a um médico" disse Lucas aos companheiros.

Mas o horror tomara conta dos jovens.

"Ele precisa parar de gritar!" Disse James irritado "a polícia irá nos encontrar desse jeito"

"O que você quer que eu faça mano?" retrucou Jeremiah "precisamos tirar ele daqui o mais rápido possível"

Os gritos de Steve estavam cada vez mais altos e escandalosos, e já não era possível ver seu rosto, somente uma poça vermelha da qual o sangue jorrava sem fim.

"Foda-se" James levantou seu revólver e deu um tiro na cabeça de Steve, que caiu sem vida no chão!

"Puta merda mano" Gritou David "Vá se foder! Olha a merda que você fez"

O Ceifador de RostosWhere stories live. Discover now