3. Desculpas

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Pov. Narrador
Luna estava pensativa sobre o porquê de ter abraçado a sua professora, que mal conhece.

Andava perdida em seus pensamentos pelo corredor da escola, nem se deu conta que havia uma parede a sua frente com uma vassoura de ferro, de pontas, mais antes dela perceber isso Lilian a puxou de volta para a realidade:

Lilian: Você está maluca? Quase furava seus olhos, te livrei de um acidente! -falou de uma vez, chateada, soando em um tom preocupado!

Luna: Me desculpe srt. Smith, me perdoe. Estava perdida em meus pensamentos, isso não ira se repetir, tomarei cuidado da próxima vez, licença!-falei saindo em direção a minha sala.

Ouvi total silêncio ao entrar, não vi a professora entrar atrás de mim, depois de um tempo ela entrou. Todos permaneceram em silêncio.

Já no final da aula a professora fez uma pergunta e eu levantei minha mão depois de muito me questionar sobre, vendo outros alunos tomarem da mesma coragem.

Lilian:Quem aceita fazer uma apresentação de canto nessa sexta, para a turma toda? - Levantei minha mão - Sim, srt. Miller?

Luna- Eu quero fazer a apresentação!- Todos olhavam para mim surpresos, menos ruby e ben, sabiam que eu cantava.

Claro que não pode faltar o engraçadinho!

Rafael:Vai cantar mesmo ou vai gritar igual uma galinha?- Todos riram e logo minha cabeça ferveu, a srt. Smith não fez nada, então ruby pegou ao meu braço e me acariciou no rosto, estava com raiva.

Luna:Eu não sabia que isso era da sua conta... Linders, né? -falei e ele me olhou com raiva e a sala se pois a rir.

Não vi a srt. Smith esboçar nenhuma reação, então ele se aproximou.

Rafael:Isso é para conquistar a professora e coleguinha? Se quiser, eu conto a ela sobre seus pulsos, oque acha? -falou sussurrando perto de meu ouvido, me levantei rapidamente.

Luna:Você não faria isso!- mostrei minha irritação.

Rafel:Acha que não, srt. Miller?- sorriu de canto.- Então diga para sua professora que já se cortou e se odeia, diga a sua professora que todos nos sabemos que você já cortou seus pulsos por birra! -gritou ele para a sala toda ouvir, inclusive a ela, Lilian ficou com a cara de choque, logo volto a ser séria, meu corpo tremeu em raiva.

Luna: Como podes ser assim?- O olhei indignada, com nojo.- Pelo menos eu ainda tenho amigos que me amam, que estão comigo. E você tem amigos?-falei em um tom firme, tocando em sua ferida.

Srt. Smith não tirava o olho de nós dois, também nem falava nada.

Rafael:VOCÊ acha que sou você? Sua tia se matou e você sabe disso, eu tenho amigos que sempre podem estar comigo e eu posso dar dinheiro para quem eu quiser, você é pobre, nunca será, nunca poderá ser, nunca conseguirá, ninguém aqui te ama, Miller, se toca.- zombou, todos o olhavam indignado, eu o encarava friamente.- Estou falando a verdade para seu bem, acorde, abra os olhos, se não você vai cair e afundar, todos vão rir de você como estão fazendo agora, nao merece e nunca vai ser, Miller, você nao pode!- sorriu com os olhos vermelhos, cruzei meus braços enquanto terminava sua palestra.- Eu sim posso! -ele falou isso e eu senti meus olhos arderem em raiva.

Rafael: Você é pobre, filha. Bem pobre, sua tia se suicidou, não tem o amor de ninguém, todos nos te odiamos e você nunca vai crescer, sabe porquê? Porque ninguém vai te ajudar, ninguém vai te querer, você acha que esses relacionamentos que você tem duram muito tempo, pois não. Eles não te amam, você é um lixo, vagabunda. Não merece nada, sua pob.... -ele falou isso e a professora bateu a mão em sua mesa, calando o mesmo.

Lilian:Já chega!-estava com os olhos cheios de lágrimas, as enxugou rápido, sendo interrompida pelo embuste.

Rafael:É melhor voce morrer, já que ninguém te quer por perto, demônio!- proferiu feito um lunático.

Não me segurando, assim que o sinal tocou eu dei uma tapa em seu rosto, ficando roxo, ele caiu no chão ao tentar se apoiar na ponta da mesa. O olhei dos pés a cabeça e peguei minha bolça, saindo rapidamente da escola.

Ao chegar perto de casa joguei minha bolça no chão do quarto e tomei um banho gelado, coloquei um biquíni e um short jeans claro,meus fones de ouvido e fui caminhando até a praia. Já era noite, eu estudava de tarde.

Fui escutando a música " vou morrer sozinho" de jao, deixando poucas lágrimas silenciosas rolarem por meu rosto.

Pensava em tudo que Rafael tinha me dito, antes de eu sair da sala virei as costas para ele e ouvi um "você parece uma bebê ". Tentei ignorar!

Vi as portas de vidros e uma garagem linda com uma piscina enorme, era a casa que papai estava construindo para mim.

Eu ouvia as ondas do mar, eram música para meus ouvidos. Tomando um susto ao sentir uma mão macia em meu ombro.

Lilian: Luna?- Me chamou- Desculpa se te assustei. Posso ficar aqui, querida?- foi doce, assenti.

Luna:Claro! -falei com a cabeça virada para o oposto dela.

Lilian:Luna?- Novamente me chamou, fiz um som com a garganta.- Seja sincera comigo, você se cortava mesmo?- Senti seu olhar de preocupação.

Luna:Sim!- fui curta, menos grossa.








05/05/2019

Foi pelo livro! Where stories live. Discover now