Linha do tempo (Último capítulo)

806 58 8
                                    

📆Os meses foram passando... o pequeno Antony agora está com seis meses, é o bebê mais fofo e esperto que possam imaginar, o garoto é a cara do pai, desde os cabelos dourados e com cachos absurdamente encantadores até seus pequenos pés, resumindo é uma mini cópia do pai, Lily por outro lado está a cada dia mais parecida com sua mãe, ela ainda consegue fazer o pai de bobo e conseguir tudo o que quer, basta piscar os olhinhos ou fazer um biquinho idêntico ao da mãe que Ucker se rende, é uma menina extremamente encantadora em todos os aspectos, ama o irmão incondicionalmente e adora exibi-lo quando saem para um passeio📆

Dulce: Eu sempre fico feliz quando os meninos vem aqui... mas não é confortável quando eles precisam ir embora.— faz bico enquanto joga o edredom sobre a cama

Ucker: Eu sei, mas eles tem uma vida agora, o Pietro e o Miguel já são quase adultos.— a ajuda a estender o edredom

Dulce: Sempre serão os meus bebês.— fala baixinho, mas ele ouve.

Ucker: Não comece com isso, eles não são nossos filhos... podem ter sido em alguma outra vida ou em outra dobra de tempo, a questão é: Eles não nasceram nossos filhos nessa vida aqui.— coloca os travesseiros no lugar

Dulce: É incrível a forma como você não consegue me compreender de jeito nenhum!.— deita na cama e vira de lado.

Ucker: Mulheres...— sussurra e deita na cama.

Dulce: Eu ouvi isso!

Ucker: Sinal de que você não é surda, olha que maravilha!.— vira pro outro lado.

Dulce: Cretino!.— sussurra.

No dia seguinte...

Ucker: Corre filha, não pode perder o ônibus.— corre com ela para alcançar o ônibus escolar que estava parado à duas casas esperando as crianças entrarem, assim que chegam ele beija a bochecha dela e acena para a menina antes dela entrar e o veículo partir.— Foi por pouco.— ri e faz o caminho de volta pra casa, mas para ao ver que finalmente haviam se mudado para a casa ao lado da sua, já estava vaga a algum tempo, ao julgar pelos móveis que ainda estão no gramado parece que estão mudando hoje.— Já era hora... falando nisso...— pega o celular.

**: Céus!.— fica estática ao ver o homem parado ali à poucos metros dela, seus olhos enchem de lágrimas.— PAPAI!.— o chama, Ucker se vira na mesma hora para olha-la.

**: Luna pare de gritar, vão pensar que somos loucas e...— para de falar ao ver o que a irmã estava olhando e arregala os olhos, só podia ser um sonho.

Luna: Pai!.— sai correndo em disparada até ele e o abraça com força.— Sou eu... a Luna...

Ucker: Luna...— retribui o abraço dela e fecha os olhos enquanto algumas lembranças distantes invadem sua mente...— E onde está a sua irmã?

Clara: Estou bem aqui...— para na frente deles

Ucker: Vem cá minha querida.— abre os olhos e estende o outro braço pra ela que rapidamente o abraça junto com a irmã.— Como isso é possível?.— pergunta baixinho

Dulce: Mas o que?...— pergunta enfezada ao sair de casa com o bebê e ver o marido abraçado com duas moças, uma de vestido rosa e a outra de vestido azul, mas ambos tem a mesma estampa e o mesmo estilo.— Ucker!.— caminha na direção dele e vai sentindo uma estranha sensação de familiaridade.

Ucker: A mamãe vem aí.— avisa e sorri ao ver Dulce caminhando até ele.— Junto com o irmão de vocês...

Dulce: Céus...— paralisa ao chegar perto o suficiente para ver as meninas, ali ela soube, ambas são suas também, assim como os gêmeos Pietro e Miguel.— Vocês duas... aqui...

Luna: Oi mãe.— sorri e desfaz o abraço do pai, assim como a irmã.

Dulce: Oi Luna... e Clara.— olha as meninas e acaba sorrindo com emoção.— O universo está nos devolvendo nossos filhos, aos poucos eles vão chegando...

Clara: É bizarro isso né? Foi uma droga passar nossas vidas sem vocês, não conhecemos quem nos deu a luz aqui nessa linha do tempo, só sabemos que fomos deixadas na porta de um orfanato quando éramos dois brotinhos.— explica.

Dulce: E quantos anos vocês tem?.— curiosa.

Luna: Quinze...

Ucker: Então vocês moram com algum responsável, certo?.— olha as duas

Clara: Sim, ele estará aqui em meia hora...

Luna: O Ben saiu à nossa procura assim que fez dezoito anos, ele nos achou e tratou de tirar a gente daquele orfanato, ele nos contou sobre tudo e aí viemos pra cá, ele está resolvendo algumas coisas ainda, mas logo chega, ele sabe mesmo o que faz, olhem onde viemos parar.— sorri

Ucker: Isso é surreal, vocês os gêmeos, o Ben, a Lily... tudo começou com a Lily...

Clara: Mas tem esse mocinho aqui.— pega a mãosinha do bebê.— Ele não estava antes...

Dulce: Ele faz parte apenas do nosso presente e estará no nosso futuro.— beija a cabeça do filho e o entrega para Ucker antes de puxar as meninas para um abraço apertado.— Minhas queridas... que alegria me dá ao ter vocês aqui!!

Luna: Nós é que estamos felizes, pensamos que passaríamos essa vida sem reencontra-los nem uma vez.— inspira fundo sentindo o cheiro da mãe.

Clara: O universo nos deve uma séria resposta, reencarnação não foi, parece que aconteceu uma dobra severa no espaço tempo, queremos respostas!.— faz bico.

Dulce: Também quero respostas, isso parece complicado demais para nossa compreensão, acredita agora Ucker?.— olha pra ele.

Ucker: Sempre acreditei... mas não queria aceitar a verdade, olha o quanto isso é complicado, nem chegamos aos trinta anos ainda, somos muito novos para ser pais de adolescentes de quinze e dezesseis anos, é surreal...

Dulce: Isso não importa, eles estão todos aqui agora, temos que reunir à todos qualquer dia, será genial!.— sorri

Ucker: Querida vá com calma, uma coisa de cada vez...

🕐Duas horas mais tarde...🕐

Dulce: Não consigo acreditar.— diz olhando a fotografia que Ben havia entregado, nela estão todos, menos o pequeno Antony, na foto Lily ainda era um bebê, não é uma fotografia antiga, foi tirada com uma boa câmera e é bem nítida.

Ucker: Tenho uma teoria agora, estamos em um espaço tempo diferente, em uma linha paralela entre as variáveis de uma vida e outra.— a olha.— Posso recordar nitidamente o fato de eu ter ficado triste com a morte do Stan Lee, mas ele ainda está vivo aqui onde estamos, se nós apenas estivéssemos em outra reencarnação isso significaria que o tempo seria vários anos à cima desse da foto, mas não é o caso, a minha teoria é que a matrix falhou e nos trouxe para uma variável onde tudo está bagunçado.— a olha.

Dulce: Uau isso foi muito inteligente, vai ver você é um gênio e apenas não havia se dado conta.— ri, mas estava realmente impressionada, tudo faz sentido.

Ucker: Quem sabe, essas linhas do tempo são complicadas, pior do que a teoria das cordas...

Dulce: Tá bem, já chega de exatas, vamos deixar o racional de lado um pouco e nos concentrarmos em viver o hoje, apenas nos emocionar com o fato dos nossos filhos terem voltado pra nós dessa forma única e extraordinária, tá bem?.— segura o rosto dele com as duas mãos e o olha.

Ucker: Você está certa, a ciência só vai até um certo ponto.— beija a pontinha do nariz dela.

Conseguiram compreender? O que acharam? Contem-me nos comentários!! Não me abandonem, preciso de vocês 😞

Ps: Nunca desisti dessa história, apenas estava cuidando do meu emocional antes de escrever qualquer coisa, mas estou melhor, o próximo será o epílogo!! Estou pensando em postar outra fanfic, o que acham??

Estava Escrito Where stories live. Discover now