Canto a Fidel - Ernesto "Che" Guevara

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Vamos,
ardoroso profeta da alvorada,
por caminhos longínquos e desconhecidos,
liberar o grande caimão verde que você tanto ama...

Vamos,
derrotando afrontas com a testa
plena de martianas estrelas insurretas,
juremos atingir o triunfo ou encontrar a morte.

Quando soar o primeiro tiro
e na virginal surpresa toda a floresta acordar,
lá, ao seu lado, calmos combatentes
você nos terá.

Quando sua voz proclamar aos quatro ventos,
reforma agrária, justiça, pão e liberdade,
lá, ao seu lado com sotaque idêntico,
você nos terá.

E assim que chegar o fim da jornada
A sanitária operação contra o tirano, ali, a
seu lado, aguardando a derradeira batalha,
você nos terá.

No dia em que a fera lamber o lado ferido
onde o dardo nacionalizador lhe acertar,
ali, a seu lado, com o coração altivo,
você nos terá.

Nem pense que possam minguar nossa integridade
as decoradas pulgas armadas de presentes;
pedimos um fuzil, suas balas e um rochedo.
Nada mais.

E se o nosso caminho for bloqueado pelo ferro,
pedimos uma mortalha de lágrimas cubanas
para cobrir nossos ossos guerrilheiros
no trânsito para a história da América.
Nada mais.



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