Capítulo 24

Mulai dari awal
                                    

Concentrei-me em adentrar sua consciência à fim de conhecer o verdadeiro homem diante de mim. Como eu fazia tudo lentamente, percebi quando sua pele aos poucos revelou uma cor que não tinha nada a ver com o biótipo típico do americano caucasiano. Logo o amarelo esbranquiçado com escamas brilhantes sobressaiu sobre a pele que cobria todo o seu corpo. Seu rosto era igualmente coberto por tais escamas, sem pelo algum. Seus olhos eram grandes e de um amarelo alaranjado e, abaixo deles, surgiu a boca grande e sem lábios, como a boca de uma cobra. Não demorou para que reconhecesse aquela aparência e também a impressão energética dele: Tretun, o híbrido escravo que havia me servido na nave de Kuterat!

Procurei conter minha reação o máximo que pude, mas foi impossível passar desapercebida ao escrutínio do Bruno, que há muito me observava de perto.

- Por que? - Perguntei telepaticamente.

- Ele foi designado por Kuterat para servir a honrada mãe em tudo que precisasse. É um presente do mestre Kuterat.

- Não preciso de um escravo.

A indignação estava presente, mas disputava lugar com uma pitada de satisfação que brotava no fundo de meu estômago. Quem não gostaria de ter um escravo para chamar de seu? Não! Eu não gostaria!

- Não existe a possibilidade de devolução. Sinto muito. - Disse Bruno.

Respirei profundamente para recobrar o controle e espantar a maldita satisfação que insistia em permanecer, como um sorriso em meio à frustração.

Olhei para Tatrun que dirigia alheio ao que se passava dentro do carro. Ou ao menos assim eu imaginava. Não posso descontar nele minha iniciação em ver sido presenteada com um escravo. Eu quero libertá-los e não ver um de estimação. Mas também não posso fazer com que ele se sinta rejeitado. Certamente ele terá uma vida melhor comigo do que com o monstro albino chamado Kuterat.

- Então está bem. Aceito o... presente.

Mas me recuso a tratar o híbrido como coisa ou escravo. Eu n tratarei com dignidade.

- Tatrun.

Com voz doce mas firme, falei do voz alta com o motorista que em um estalo retirou seus olhos da estrada para me olhar pelo retrovisor.

- Sim, honrada m... Ewha.

- Que bom que se lembra como prefiro ser chamada. Bem-vindo à minha companhia.

Seu olhar ganhou um novo brilho, como quem acaba de ganhar uma vaga de emprego ou ganhar uma promoção e nisso pude perceber basicamente duas coisas nesse curto diálogo: primeiro, que talvez ele não tivesse mais lugar para voltar se fosse recusado por mim, e segundo, que eu havia falado com ele como uma dominadora falaria, algo que veio de volta natural demais.

Bruno ainda me observava com sua consciência, sem retirar os olhos da paisagem do lado de fora da janela do carro. Ele se manteve em silêncio, isolando a nós dois para que não fôssemos ouvidos por eventuais consciências curiosas, mas também violando a si mesmo. Ele não queria que eu soubesse de seus pensamentos e impressões. Certamente não confia em mim, ou o que mais seria?

Respirei profundamente uma outra vez, subitamente sentindo-me só novamente.

Não tive muito tempo para saborear a solidão pois logo o carro reduziu a velocidade é adentrou a garagem de um prédio. A garagem era suntuosa, com mármore escuro e brilhante ornamentação paredes e guarita. Quase que instantaneamente, a cancela foi erguida para que passassemos, mas não sei que eu percebesse o aceno de cabeça que eu já reconhecia como um cumprimento familiar no mundo dominado pelos répteis.

Poucos metros depois e paramos diante de uma entrada de vidro fumê que dava para uma recepção também ornamentada com mármore escuro e detalhes em metal dourado na bancada da recepcionista, mas paredes, mas luminárias e até mesmo nos vasos de plantas. Agora eu sentia que entrava mesmo nesse mundo de luxo.

Nova Ordem (Livro #2)Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang