19. uma imortal vidente

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A M É L I A

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A M É L I A

"Vampiros.

Só vejo vampiros para todos os lugares que olho.

Vampiros que estão ao meu lado e vampiros que estão contra mim.

Em questão de segundos uma batalha se inicia."

"- Eu vou embora. Me sinto egoísta por pensar apenas em mim mesma, mas ao mesmo tempo não sei como lidar com tudo.- Renesmee choraminga, com os olhos marejados.

- Se acalme, amanhã você decide o que vai fazer.- Acalmo. - Pode dormir aqui até se sentir confortável em voltar para casa.

Ela volta a soluçar. Se joga em mim em busca de conforto, a rodeio com meus braços confortando-a."

×♧×

A claridade me acorda. Mas quando abro meus olhos, não estou em meu quarto.

Minha primeira visão é do céu cinzento, com árvores grandes o cobrindo.

Me levanto com facilidade, apesar de ter dormido no chão da floresta eu me sentia extremamente bem. Na verdade eu me sentia poderosa e revigorada.

Sinto que tem alguém se aproximando, mesmo estando longe eu posso o sentir. Ele parecia estar a quilômetros de distância, mas eu podia identificá-lo: um lobo.

Em questão de minutos um lobo preto projetou-se em minha frente. Sabia que ele era o Sam, pela postura controladora, a postura de um alfa.

– Olá, Sam. Você poderia me levar em casa? – Perguntei não querendo prolongar. Ele pareceu entender, pois se abaixou para que eu pudesse monta-lo.

Subi em cima do lobo. Por incrível que pareça não senti medo ou desconforto em momento algum, nem mesmo quando ele acelerava. De alguma forma eu estava conectada a ele.

Me senti grata por ele ter me achado, não um dos meninos, pois sei que meus trajes íntimos não era a roupa mais apresentável. Sam não tinha um olhar com malícia, apenas com curiosidade em saber o que aconteceu comigo, mas sei que se fosse com os meninos a história seria diferente.

Ao nos aproximarmos de minha humilde casa, Sam diminui o passo até chegarmos.

Ele vai até atrás de uma árvore para se trocar, e quando volta ele estende uma blusa para que eu pudesse vestir-la.

Crio coragem para abrir a porta. Me deparo com todos os meninos reunidos na pequena sala, que com eles lá parecia ainda menor.

Meus olhos procuram automaticamente uma única pessoa, que logo encontro um pouco mais afastados dos demais, sentado na escada. Nossos olhares se cruzam e ele se levanta imediatamente, vem em minha direção praticamente correndo, para depois me agarrar em um abraço que me fez desaparecer em seus braços.

– Onde diabos você estava? – Leah nos tira de nosso momento. Me afasto a contragosto de Seth, para poder responder Leah.

– Estava na floresta.

– Fazendo o quê lá? – Ela questiona irritada.

– Não sei. Só sei que estava sem roupas. – Respondo simplesmente.

– Você desaparece magicamente, depois te encontramos na floresta e sem roupa e você nem sequer sabe o que aconteceu? – Ela pergunta incrédula, apenas aceno com a cabeça sem me importar muito. Eu me sentia bem demais para dar um chilique.

– Sinto muito se os preocupei atoa. Nunca foi a minha intenção.

– Você realmente está bem? Esta parecendo um robô. Geralmente você faz piada, ou faz qualquer coisa que no final todo mundo ri. – Ela deixa a careta de frustração para em seguida fazer uma careta de preocupação.

– Estou bem, Leah. Me sinto bem como nunca antes. Não sei exatamente o que aconteceu comigo, mas quando eu souber eu digo a vocês.

– Mas que porra está acontecendo aqui? Quem deixou vocês entrarem? É uma festa e ninguém me chamou? Por acaso minha casa está parecendo um lixão para alojar tanto lixo humano? – Mary apareceu no topo da escada com um roupão de florzinhas e bobes no cabelo brigando com os meninos. Cruzes, que mulher feia.

– Amélia tinha desaparecido. Tocamos a sua campanhia milhares de vezes, mas parecia que você tinha morrido. – Se defende Leah.

– Eu só não queria atender vocês mesmo, então achei melhor voltar a dormir assim vocês me deixariam em paz. Mas os jovens de hoje em dia não tem respeito nem pelo sono dos mais velhos. – Mary disse indignada e rabugenta.

– Eu acabei de dizer que a Amélia tinha desaparecido e você está preocupada com o seu sono.

– A Amélia é importante, mas meu sono é mais. Além do mais mocinha, olha o seu tom de voz. Fora isso a Amélia está na minha frente, não há motivo para tanta preocupação.

– A Amélia sumiu. – Leah repete pela terceira vez tentando fazer a Mary ver a gravidade da situação que assim como eu não via nenhuma.

– Eu vejo ela claramente na minha frente. Eu ainda estou na flor da idade, não sou cega.

– Nós a encontramos na floresta e sem roupa. – Relata Sam.

– Amélia, cuidado com os lugares que você vai dar para o Seth. Tem um monte de bicho na floresta. Imagina uma cobra morde sua bunda no meio da transa, por mais que eu ache que outra coisa que vai morder aí.

– Chega de me envergonhar. – Murmuro como as bochechas queimando.

– Amélia apareceu na floresta e não se lembra do que aconteceu. – Tenta Leah pela última vez. A face de Mary mudou imediatamente, ela ficou rígida e fria.

– O que você viu, Amélia?! Me conta exatamente o que você viu. Por favor. – Ela me olha com os olhos transbordando desespero. Por alguns seguindo nem sei o que dizer.

– Não sei se devo contar. – Começo indecisa.

– Você precisa me contar. Eu tenho que saber o que vai acontecer. – Congelo no lugar.

– O que vai acontecer?! Você está me assustando.

– Meninos, podem voltar para suas casas. Vou conversar com a Amélia. Não tem que se preocupar com mais nada. – Antes que todos saíssem ela chamou o Sam. – Espero que isso não saía daqui, não falem ainda com os anciões eu mesma conto para eles o que aconteceu.

– O que aconteceu? – Pergunto depois que todos saíram.

– Não posso te contar ainda. Mas você precisa me dizer o que viu.

– Eu vi uma guerra. Uma guerra entre vampiros. – Ela arfa em pânico.

– Nós vamos morrer. Estamos fudidas.

𝐈𝐌𝐎𝐑𝐓𝐀𝐋, 𝘴𝘦𝘵𝘩 𝘤𝘭𝘦𝘢𝘳𝘸𝘢𝘵𝘦𝘳 ✓Where stories live. Discover now