Quando tudo começou! POV ISA:

51 0 0
                                    

Quando tudo começou, estava eu de joelhos, a praguejar entredentes, enquanto puxava com força e tentava convencer um metro e meio de malha rendada de que seria muito mais feliz se esticasse seis vezes mais.

A propósito, sou Isabella Hobbs me tratem por (Isa), proprietária da Sticks & Strings, eleita a melhor loja de artigos tricô de Inglaterra desde há dois anos. Foi tudo tão repentino, todos os dias surgiam novos blogues sobre a minha loja no Norte de Vermont. Por vezes, preocupava-me que esta súbita e inesperada explosão de fama e de sorte perturbasse a nossa pequena vila! Escondermo-nos á vista de todos era mais dificil do que parecia, mas por enquanto o nosso segredo continuava a salvo.

- UAU!- murmurou Janice, proprietaria da Cut & Curl, que ficava do outro lado da rua. - Aquilo não pode ser verdade.

- Implantes - declarou Mel, com uma voz que de certeza se ouviu na rua inteira. - Ou um feitiçeiro dos bons.

- É parecida com a Sharon Stone, tem qualquer coisa que me faz lembrar ela. - disse em surdina Janice.

- A Sharon Stone, de há quinze anos atrás e num dia MUITO favorável - acrescentou a professora de Nova Jérsia.

Larguei a minha malha e olhei para a montra, cheia de curiosidade do que elas estavam a falar.

O Inverno chega cedo a esta zona de Vermont, e sò o turista mais intrépido é que se lembraria de ir ver as montras da rua principal sem vestir pelo menos cinco camadas de roupa.

A mulher que nos espreitava era loira , alta e parecia ser mais ou menos da minha idade (30). Um mulherão assim , não conseguiria passar despercebida numa multidão mesmo que tentasse. Tinha um rosto perfeito de estrela de cinema, estava colada ao vidro coberto de gelo , estava de braços e ombros nus e um busto que faria Pamela Anderson correr para o seu cirurgião plastico.

- Estou maluca ou ela está nua ?- perguntei eu.

- Penso que traz um vestido sem alças. - respondeu Janice.

- É impossivel que estejam mais de 5 graus lá fora- disse Mel, trocando olhares para quem estava na loja. - Ela deve estar doida.

- Ou bêbeda. - atirou Lynette

A mulher bateu umas 3 vezes no vidro da montra, tremendo a apontar para a porta fechada, onde a tabuleta ENCERRADO ocupava um lugar de destaque.

- Tencionas deixá-la toda a noite lá fora? Talvez precise de ajuda. - disse Mel.

Caminhei até ha porta e abri-a, quando ela passou por mim, pensei "uau, que vestido tão lindo, rendado, bem colado ao corpo, curtinho, cor da pele"

- Chamo-me Isa. - disse eu, observando os seus olhos verdes - Sou a dona da loja.

- Chloe MacKenzie, acho que me salvou a vida. Não posso acreditar que não me deixaram entrar mais cedo na estalagem. Podia namoriscar o empregado do bar até o meu namorado chegar.

- Por vezes os Weaver são muito rigidos, mas prometo-lhe que a comida vai valer a pena.- exclamei.

- Deixei o casaco dentro do carro para fazer uma entrada em grande, á Hollywood, e agora não so posso entrar no maldito restaurante como fechei o carro com as chaves la dentro. Juntamente com o telemovel, os esquis e os patins de gelo. Pode emprestar-me o seu para ligar para a Triple A ?

- Não se dê a esse trabalho, a minha filha Vonnie consegue abri-lo num instante - atalhou Lynette agitando a mão.

A sobrancelha de Chloe ergueu-se ligeiramente: Se não for incomodo, seria optimo- falou gaguejando.

Obviamente que a opiniao dela é que Vonnie era especialista em roubar carros, mas era preferivel do que dizer que uma adolescente conseguia abrir todo o tipo de portas so de pensar nelas.

Lynette foi ligar a filha, olhei para a nossa visitante que se aproximava do monte de xailes que estavam de cima da prateleira e passou a mão por um de Orenburg em exposição.

- Não me diga que foi você quem fez isto!

- Isa faz tudo o que está na loja á mão - respondeu Mel por mim.

- Impossivel! A serio? Adoro roupa feita á mão e esta é de qualidade superior.

Agarrei no xaile e coloquei-o sobre os seus ombros elegantes.

- É impossivel que tenha feito isto sem intervençao divina. Quanto custa? - perguntou Chloe.

Passei o cartão American Express pela máquina e fiz deslizar o talão em cima do balcão para ela o assinar.

- A Vonnie mandou-me uma mensagem , o seu carro ja esta aberto - disse Lynette.

Assinou o talão , agradeceu e desapareceu sobre a escuridão da noite.

Feitiços de AmorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora