O desafio era criar uma discussão entre pai e filha, explorando os diálogos. Poucas pessoas fizeram esse desafio, por isso vamos exaltar algumas participantes. Vamos ver o que nossos amores fizeram:
Participante cappricornus
Desafio Diário
Era sempre daquela forma que as coisas aconteciam, mas que poderia ela fazer? Era normal que ela e o seu pai tivessem discussões constantemente.
- Eu já disse que não podes ir, Thalia! - gritou Lysandre, o seu pai. - Fim.
- Não é "fim"! Não é assim que as coisas funcionam, pai! Porque é que eu não tenho direito a sair de casa, mas o meu irmão tem?
Aurora já se começava a cansar daquela conversa.
- Porque ele é...
- Mais importante? Sim, acho que eu e a Mahina já conseguimos descobrir isso sozinhas - interrompeu ela. - O Ian eu até entendo, por ser mais velho, mas o Levi?! Eu e ele somos gémeos! Gémeos! Para além de que às vezes nem a Mahina pode ir, mas claro que o Ian e o Levi podem...
Lysandre suspirou e declarou:
- É óbvio que não tem a ver com importância, Thalia Aurora Wilde!
- Então tem a ver com o quê? - perguntou Aurora enraivecida, mas reparou na demora do pai a encontrar uma resposta. - Nem você sabe! Só sabe que eu e a Mahina não podemos sair.
- Eu temo que vos aconteça o que aconteceu a Moon na vossa idade, é muito arriscado.
- Tem a certeza que é só por isso? Além disso, a mãe é uma mulher muito mais forte do que pensa! Ela não precisa de ser protegida, muito menos eu e Mahina - vociferou Aurora. - O facto de lhe ter acontecido essa tragédia, não a torna de vidro e muito menos nos torna a nós!
- Thalia, não é assim tão simples... a sua mãe foi estuprada, tente entender o meu lado - já estava a tentar evitar o choro, mas conversar com a sua filha cansava-o. - Eu não posso permitir que algo assim vos aconteça também.
Aurora cravou as unhas na palma da mão e bateu com os punhos na mesa da cozinha.
- Pare de me chamar por esse nome! Sabe que o detesto! - berrou ela com algumas lágrimas nos olhos por estar a discutir com o pai naquela intensidade. - E isso pode acontecer a qualquer pessoa! Nós não vamos ficar mais seguras se ficarmos debaixo da sua asa e não virmos o que se passa lá fora, só nos vai deixar ignorantes perante situações que, como é óbvio, vão continuar a decorrer. Pense, pai! Nós temos os mesmos direitos que os nossos irmãos! Era por causas assim que Moon Riella Wilde sempre lutou e é exatamente por isso que eu luto.
Ao reparar no quanto Aurora se esforçava para ser ouvida tal como a mãe costumava fazer, Lysandre tentou remediar o seu erro e desculpou-se para com a filha. Ao início, Thalia Aurora não se parecia muito convencida, mas depressa o seu pai conseguiu arrancar-lhe um sorriso.
- É - Moon bateu as palmas -, parece que tudo voltou ao normal.
- Sim, embora não seja um normal muito... bem... digamos que nós não somos normais - riu Ian. - Pelo menos é o normal Wilde.• Avaliação
A forma como foi tratado o estupro era inesperada. Conseguiu alcançar um suspense entre os diálogos, e mais, deixar o leitor querendo saber o que aconteceu com Moon. A garota lutando por seus direitos, dentro da própria casa, foi algo que eu amei particularmente.
Pontuação: 490
***
Participante KaryanMyn
Desafio Diário
A família de Natasha seguia uma tradição, a qual ela era completa e sinceramente contra. Ela não queria seguir regras propriamente ditas pelos seus antepassados, queria seguir apenas seu coração.
Estava no quarto quando seu irmão mais velho bateu e a chamou dizendo que seu pai queria conversar com ela seriamente. Encarou a porta imaginando seu irmão em pé, vestido com roupas sociais e com semblante rígido. Foi assim que fora ensinado a ser, quem poderia jugar algo que não foi ele que pediu?
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Concurso BloomNeves
RandomEstá atrás de um desafio?! Uma competição, talvez..? Se você quer provar (ou apenas aprender) que é um bom escritor, a hora é agora e o momento é esse! Dê uma olhada nesse concurso!