As cores se espalham como tinta fresca,
Imprevisíveis surpreendem todos os dias,
E estonteantes correm pelo horizonte como animais selvagens;
Será que como os mesmos é um crime eu tentar captura-las,
Congelando um único momento em uma caixinha?
Ou será que sou eu uma vítima,
Cujos os olhares e pensamentos foram todos roubados por tal espetáculo fixado em minha mente.
Talvez nenhum de nós dois sejamos criminosos,
E sim aqueles que passam e com olhares vazios e tentam prender as cores,
Somente para vende-las depois e esquecer que um dia já viu tal beleza.
Ou quem sabe sejam criminosos aqueles que perturbam a paz de quem admirado aproveita o espetáculo diante dos seus olhos,
Borrando esses momentos e os fazendo sumir.
Suponho que talvez todos sejamos criminosos,
Cometendo crimes sem que nem nos demos conta;
Mas nesse mundo onde a justiça não chega,
O único crime que desejo que seja absorvido,
É o das cores,
Que sorrateiras roubaram um lugar nas minhas memórias.
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sentimentos de um doido qualquer
Poetry"poemas" que escrevo as vezes para desentalar algo da minha mente.
