Matsui Takahashi é uma das cinco alunas admitidas no curso de heróis baseado em recomendações do colégio interno mais respeitado e famoso do Japão, a U.A. Porém seu passado a atormenta obrigando-a tomar decisões difíceis. A única coisa que a mantinh...
Para minha má sorte nosso andar era o último, e não havia elevador. Então seguro minha mala com força e começo a subir a escada, mas percebo que Ochaco não estava me seguindo. Olho-a e percebo que ela está com dificuldade em levar sua mala.
— Quer ajuda? — pergunto para ela que sorri envergonhada. Ela balança a cabeça indicada um sim.
— Na verdade, — ela me chama atenção — eu poderia usar minha individualidade.
— Qual sua individualidade? — pergunto e ela, calmamente, já ela encosta a mão na mala. Continuo confusa. No entanto, ao ver a ponta dos dedos de cada mão, o objeto perde o peso e começa a flutuar — Incrível. — murmuro e ela sorri animada e agradecida, mas logo uma cara animada dela e se transforma em completo nervosismo.
— Não é permitido usar nossos recursos aqui. — Suspiro e solto uma risada. Coloco minha mão no ombro da morena.
— As vezes quebrar as regras pode nos ajudar.
Voltei a subir a as escadas segurando minha mala e guiado a mala voadora de Ochaco. Quando chegamos no mesmo andar, ela desune os dedos fazendo a mala cair grosseiramente no chão. Ela ri e então sinto-me na obrigação de acompanhar-la.
Pego a chave dentro do bolso do meu moletom e no interior da porta do dormitório B. Ochaco empurra a porta, me fazendo dar de cara com uma menina de cabelos pretos e os olhos da mesma cor. Ela faz uma feição surpresa que logo se transforma em animação.
— Olá. Deixe-me ajudá-las, — uma menina caminha até mim e pega as malas das minhas mãos — meu nome é Momo Yaoyorozu.
— Matsui Takahashi — respondo sorridente para ela.
— Estou louca para conhecer o colégio! — Momo da pulinhos.
— Eu também! — Ochaco fala animada
— Vamos dar uma volta antes do almoço. Ouvi falar que os instrutores do U.A são bem rígidos nas funções dos horários.
Caminhamos tranquilamente pelo corredor do andar até as escadas, passando por algumas pessoas que levavam suas mobílias para seus dormitórios, porém uma voz masculina me chama a atenção.
— Ei Denki! Não foi aquela ali que te salvou?! — um menino de cabelos ruivos pergunta falsamente discreto para o amigo loiro.
Por cima do ombro olho para os meninos que sorriem envergonhados. Contudo, meus olhos fixam-se no menino de cabelos loiros espetados que segura uma caixa de papel com mobílias pequenas dentro.
— Vamos meninas? — Momo pergunta me fazendo virar para ela e assentir.
— Qual de vocês salvou o loiro? — Ochaco pergunta.
— Eu não, nem sei quem são — Momo pronúncia.
— Eu só dei uma ajudinha — rio com uma expressão de surpresa de Ochaco.
Durante uns vinte minutos caminhamos por quase todo o colégio. Eu estava perplexa, todas as minhas pesquisas sobre a U.A estavam incompletas e posso ter certeza de que essa caminhada não foi suficiente para conhecer todos os detalhes do internato.
A U.A é um internato extremamente respeitado pelo mundo inteiro. Sua fama por formar grandes heróis é surpreendente. De certo modo um fator que me incomodava era a distância do internato até a cidade. Porém, dentro das barreiras que cercam a U.A há inúmeros lugares que ainda não foram explorados.
Os dormitórios estão exatamente no meio do campus, a direita está no prédio onde estão as salas de aula, as quais ainda não nos permitem explorar já que as aulas não começaram. Do outro lado há uma enorme quadra de futebol americano, que no entanto pode ser usada para várias atividades. Além disso, há academias, salas de treinamento e ouvi falar de uma lanchonete perto da sala onde estão os armários dos jogadores.
Depois da longa caminhada por todo o internato nos direcionamos para uma cantina. O lugar estava lotado. E incrivelmente tivemos sorte de encontrar uma mesa disponível. O almoço estava ótimo, o que me surpreendeu, na verdade, eu não esperava menos da UA
Ao chegar no prédio dos alunos, avistei um menino de cabelos verdes que, com muita dificuldade, empurrava uma caixa de papelão com o pé enquanto puxa a mala de rodinha com a mão.
— Quer ajuda? — pergunto para ele que me olha com os olhos sorridentes.
— Pode ser, se não for incômodo. Meu nome é Izuku Midorya e o seu?
— Matsui Takahashi, mas posso me chamar apenas de Matsui. Aquelas ali são Momo e Ochaco — aponto para as morenas que sorriem e acenam.
— Obrigado pela ajuda, até logo — ele adentra e avista um menino de óculos e outro que se parece com um pássaro, ambos dentro do quarto parecem surpresos com a chegada do novo colega de quarto.
O final de semana passou mais rápido do que eu imaginava. Conheci minhas três colegas de quarto e mais alguns vizinhos do andar. Talvez, finalmente, eu consiga recuperar minha vida como uma simples adolescente qualquer.
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