Capitulo 8

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Continuo fazendo as coisas e a naja vai pro trabalho, hoje era um dos dias que eu ia ficar aqui o dia todo sozinha, graças a Deus. Porque quando aquela mulherzinha fica aqui o dia todo, ela faz questão de atormentar meu juízo.  Subo para arrumar os quartos, trocar os lençóis da cama. Entro primeiro no quarto deles, tava uma bagunça. Na cabeceira da cama tinha uma foto de Gustavo quando tinha se formado no colégio. 

A aquele mesmo sorriso que ele me deu no dia que ele me engravidou era o mesmo sorriso da foto. Gustavo sempre foi muito bonito, agora que está mais Velho então. 

Fico tentando imaginar se ele tivesse aceitado minha gravidez e me acolhido ou ter pelo menos assumido a Milena como eu estaria hoje. 

Eu acredito nisso de destino, acho que Deus traçou algo em nossas vidas, porque reencontrar o Gustavo não foi atoa. Ainda mais eu arranjar trabalho logo aqui, na casa do pai da minha filha. 

Coloco o porta retrato no lugar de volta. Tinha vários outros dele e de Rebeca juntos, não posso mentir mas ela é muito linda, pena que é podre por dentro. 

Começo a trocar os lençóis da cama, as fronhas do travesseiro. Passo a vassoura no quarto, e tiro as poeiras da cabeceira da cama. Boto suas roupas nos devidos lugares que estava espalhados pelo quarto, as roupas sujas eu vou catando e juntando num canto. 

Esse povo parece que não tem educação, vive numa baderna. Mas como diz Rebeca, a empregada está aqui para fazer isso para eles. 

Termino de arrumar o quarto deles e regresso para os outros de hóspedes. Que tava precisando de uma boa faxina. 

Acabo tudo e já é quase meio dia, hora que minha pequena já deve está em casa, pego meu celular e vou ligar para Clarisse. 

No terceiro toque ela me atende. 

-Oi amiga - ela fala entusiasmada. 

-Oi Clari, cadê a Milena? 

-Ta aqui, assistindo desenho. 

-Passa o celular pra mim falar com ela.  -Mile - ela a chama - sua mãe quer falar com você. 

Demoro um pouco na linha esperando. 

-Oi mamãe - a Milena diz, dou um sorriso. 

-Já comeu meu amor? 

-Ainda não mamãe, a tia Clari está esquentando a comida. 

-Ah sim, e você tá fazendo o que? 

-Tava assistindo mamãe, e a senhora? 

-Tava arrumando umas coisas aqui. 

-Cadê o Gu? 

-Para de chamar ele assim Milena, o nome dele é Gustavo. E ele tá trabalhando. 

-Tá bom mamãe. 

-Quando a tia Clari botar sua comida você come tudinho, tá bom? Tudinho mesmo. 

-Eu vou comer mamãe. A tia Clari comprou sorvete para a sobremesa. 

-Vou arrancar sua língua fofoqueira - Clari grita com ela. -Era segredo mamãe - ela sussurra e dou risada. 

-Diga a Dona Clarisse que quando eu chegar em casa ela vai apanhar, que já disse que sorvete só é pra tomar no final de semana. 

-Tia Clari a senhora vai apanhar da mamãe - ela grita para Clarisse e dou risada. 

-Meu amor eu tenho que desligar, mais tarde a mamãe tá em casa, beijo, te amo. 

-Tá bom, beijo, também te amo mamãe. 

Começo a procurar o que fazer e num estante anoitece.  

Por Gustavo...

Chego em casa e vejo as luzes da casa acesa, será que a Gabriela Ainda está aí? Desligo o carro e pego meu palitó no banco de trás do carro. 

Entro em casa e ela ainda não tinha ido embora, ela tava cantando, vou até a cozinha e ela estava arrumando o armário que para mim era alto demais para ela, ela cantava docemente.

E limpava o armário com calma. 

Fico imaginando a sorte em que o pai da Milena deve ter em ter essa mulher em casa. Ela é bonita, gentil e humilde, acho que até a Rebeca nem chega aos pés dela. 

Fico a olhando e ela tenta pegar uma vasilha e não consegue, acabo rindo pela persistência dela. Vou para perto Dela mas ainda ela não nota a minha presença na cozinha. 

-Quer ajuda? - ela acaba tomando um susto e perde o equilíbrio na escada e cai. 

Eu a seguro e a gente tá muito perto um do outro. Sinto um cheiro gostoso de sabonete, o cheiro dela me lembra um cheiro que eu já senti em algum lugar. 

A gente não tira o olho um do outro. E eu ainda a seguro. 

-Te assustei? Você se machucou? - olho para ela e ela continua me olhando.  Olho para todo o corpo Dela atras de algum hematoma, e aliás esse uniforme Dela está muito curto. 

-Eu... eu estou bem senhor Gustavo. É eu me assustei, não vi o senhor chegar. 

-Que bom que você tá bem, e desculpa pelo susto, não foi minha intenção. Você já deveria está em casa. 

-Tava terminando de fazer o jantar, o senhor chegou cedo. 

-É, e a Rebeca Ainda não chegou? 

-Não. 

Ela levanta e eu pego a tal vasilha que ela tava tentando pegar no armário.

-Obrigado senhor Gustavo. 

-Eu vou ter que repetir quantas vezes Gabriela, que eu quero que você me chame só de Gustavo? Vai ter arrancar pedaço se me chamar só de Gustavo? 

-É que você é meu chefe e não cai bem eu ficar te chamando pelo seu nome. E a Rebeca não gosta. 

-A Rebeca veio de falar alguma coisa foi? Porque se ela te falar alguma coisa você pode falar comigo. 

-Eu só não quero perder meu emprego Gustavo - ela me olha nos olhos - preciso sustentar minha filha, preciso desse emprego para fazer isso. 

-E o pai Dela Gabriela? Não vive com vocês para sustentar a filha dele? Cadê ele? 

-Desculpas as palavras Gustavo, mas eu quero que ele se exploda e quero ele bem longe da minha filha, ele já rejeitou ela uma vez pode fazer muito bem pela segunda vez, eu e minha filha sozinhas estamos muito bem. 

Acabo lembrando da menina em que eu estudei e ela veio de caô dando o golpe da barriga em mim, e a mandei ralar. Penso às vezes, será que aquele filho era mesmo meu?

Fate Of LoveWhere stories live. Discover now