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Kai me colocou em seu sofá e sentou ao meu lado, afastando os cabelos que grudavam em minha testa

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Kai me colocou em seu sofá e sentou ao meu lado, afastando os cabelos que grudavam em minha testa.

Ele pegou o kit de primeiros socorros e limpou meu ferimento, colocando um esparadrapo no lugar.

— Por que está me ajudando? — Perguntei.

— Eu não podia te deixar morrer. — Suspirou.

— Obrigado — respondi.

— Então, você e Nora estão...

— Não! — Interrompi ele. — Somos amigas. Nada além disso. — Olhei para ele. — Você e Katherine...?

— Nunca! — Balançou a cabeça rindo. — Eu só trabalho com ela pelos mesmos interesses.

Revirei os olhos, sabendo que seus interesses são destruir Mystic Falls.

— Qual o seu maior sonho? — Kai perguntou subitamente.

— Sair dessa cidade, terminar de escrever meu guia sobrenatural e conseguir um emprego de jornalista. E o seu? — Questionei, sabendo que seria uma pergunta difícil para alguém que deve ter muitos objetivos pelo poder.

— Beijar você — respondeu como se fosse óbvio.

— Não tem graça — falei, olhando em seus olhos, agradecida por não ter gaguejado.

— Não, mas você ficou vermelha. — Sorriu.

— Quando você ameaçou o Damon, você disse que faria a com a Bonnie e com Stefan a mesma coisa que fez com a Elena — mudei de assunto, constrangida. — O que você fez?

— Nada demais — deu de ombros. — Eu só liguei a vida da Elena à Bonnie e enquanto a Bonnie viver, ela vai continuar em sono profundo.

— Ah, meu Deus. — Me sentei no sofá. — Você é horrível.

—Não sou — deu risada —, eu só faço o que for preciso pra ter o que eu quero.

—Bom, se você acha que fazer isso é apenas uma coisa para se dar bem, então...

— Eu não preciso de lição de moral vinda da garota que julga a irmã que só quer o seu bem.

— Tudo bem, Kai, me condene por isso, mas eu nunca vou enxergar uma vampira como minha irmã.

— O amor não se torna inferior só porque vem de um ser sobrenatural.

— Você fala como se amasse alguém. — Olhei em seus olhos. — Quem?

— Seus questionamentos de jornalistas não vão arrancar verdades de mim. — Inclinou a cabeça. — Mas, respondendo a sua pergunta, não, eu não amo ninguém.

Suspirei, pensando em tudo que perdi esses últimos dias: minha mãe, minha irmã e o meu direito de ir embora e ficar longe de Mystic Falls.

Mas o que mais me dói é ver a Caroline e fingir que ela nem existe, tentar dizer que eu odeio ela, quando não é verdade.

— No que está pensando? — Kai perguntou, me tirando dos pensamentos.

— Em como poucos dias mudaram a minha vida. — Olhei para ele.

— Mas isso não é tão ruim porque se fosse diferente você não teria me conhecido. — Inclinou a cabeça, com um sorriso divertido.

— Eu nunca sei quando você está debochando ou dando em cima de mim. — Revirei os olhos.

— Descarta a primeira opção e pensa no que sobra.

— Você é uma pessoa horrível mesmo. — Balançei a cabeça.

— Por quê?

— Olha só o que está fazendo! — Olhei novamente para ele. — Dá esses sorrisos safados e cantadas idiotas.

— Ficou apaixonada? — Questionou rindo.

— Fiquei com raiva!

Kai se aproximou e pude sentir a respiração quente contra minha pele.

— O que está fazendo? — Perguntei, incapaz de me mexer.

— Vou beijar você — respondeu como se fosse óbvio e, subitamente, colou nossos lábios e eu nem fui capaz de me afastar.

Não quero beijar ele, mas ao mesmo tempo meu subconsciente diz que o beijo é bom demais para eu me afastar agora.
Então, sem pensar muito, deixei a língua dele explorar todos os cantos da minha boca.

Mas Kai parou o beijo abruptamente e me encarou, com a testa franzida.

— O que... — Tentei falar mas ele colocou o dedo na minha boca.

— As sereias estão aqui — ele sussurrou para mim, se levantando em seguida e segurando minha mão.

— Kai Parker!!! — Ouvimos um grito de Sybil, seguido por altos barulhos no lado de fora. — Entregue a Forbes agora ou a irmã dela e as lindas gêmeas, que aliás são suas sobrinhas, vão pagar muito caro por isso!!

— É a minha irmã! — Corri até a porta, mas Kai puxou meu braço novamente.

— Ela está com Damon Salvatore e Enzo St. John, você vai morrer assim que passar pela porta.

— É a minha irmã e as filhas dela, Kai. Eu preciso ir lá. Não me peça para escolher entre a mim e a vida delas. Eu sempre vou escolher a Caroline. — Segurei sua mão, tentando solta-lá de mim.

— Eu vou pensar em alguma coisa. Eu prometo.

— Minha oferta tem prazo de validade!! — Sybil gritou novamente. — Se em meia hora a loira não estiver aqui, eu vou ter o prazer de arrancar o coração da Caroline na frente das crianças!!!

— Kai... — Pedi, com o coração ameaçando a sair pela boca.

— Confie em mim, Connie.

— Tudo bem. — Respirei fundo, tentando segurar as lágrimas.

Kai percebeu que minhas mãos tremiam de nervosismo e me abraçou, acariciando meus cabelos e pensando em algo no qual poderíamos fazer para resolver isso, antes que fosse tarde.

𝑃𝑟𝑖𝑠𝑜𝑛 ➷ 𝑇𝒉𝑒 𝑉𝑎𝑚𝑝𝑖𝑟𝑒 𝐷𝑖𝑎𝑟𝑖𝑒𝑠 ✓Where stories live. Discover now