Merda. Merda. Merda. E agora?!

*

POV Rose

Finalmente sexta-feira. Estendi os braços acima da cabeça, num movimento lento e relaxado, quando senti alguém agarrar-me os pulsos, fazendo-me sobressaltar.

- Miss Everdeen, não quer ir buscar um café ao seu patrão? - Perguntou ele nas minhas costas, fazendo-me sorrir, enquanto me beijava carinhosamente o nó dos dedos.

- Se eu responder não, corro o risco de ficar sem emprego? - Brinquei, sentindo o meu estômago palpitar à medida que e sua boca ia traçando uma linha de beijos pelos meus braços ainda esticados.

- E perder a oportunidade de usufruir da sua companhia no meu local de trabalho? - Aproveitando a posição em que estava, Zayn puxou-me levemente pela mão, convidando-me a levantar.

- Pensei que a minha companhia não o agradasse por aí além. - Respondi, voltando-me na sua direção e ajeitando-lhe a gravata com cuidado, demorando-me propositadamente.

- A tua companhia agrada-me demasiado, e se não páras com isso vais obrigar-me a deitar-te em cima da secretária para to provar.

Uma corrente elétrica percorreu o meu corpo, denunciando-se nas maçãs do rosto.

- Ficas adorável quando estás constrangida, sabias? - Ele sorriu levemente e cortou o pequeno espaço que separava os nossos rostos, colando os lábios frios aos meus. Senti o coração palpitar de forma que eu julgo ser pouco saudável, e deixei-me levar, prendendo os cabelos escuros entre os dedos e aprofundando o beijo.

As sensações do costume preencheram-me com a intensidade e a surpresa de uma novidade: o cheiro do perfume misturado com o aroma inconfundível da pele dele, o trago a menta com um ligeiro toque de tabaco, o contraste das mãos frias com o calor do meu corpo... 

- Vai com calma, princesa. - Sussurrou com um sorriso provocador, fazendo-me voltar à real e aperceber-me que já tinha despertado alguns botões da sua camisa, expondo o corpo definido e tatuado.

- Oh, desculpa. - Balbuciei timidamente, tentando aperta-los de novo quando ele me travou.

- Não peças, tranca a porta.

O quê?!

- Zayn, estás louco?! - Perguntei com as bochechas a escaldar.

- Por ti.

Deve haver um limite de cor que as bochechas conseguem suportar, certo? Eu sinto-me como um semáforo luminoso.

- Nem penses. - Protestei, envergonhada, embora a vontade de seguir a sugestão fosse quase dolorosa.

- E se eu disser que é uma ordem? - Perguntou, colocando as mãos no cimo das minhas pernas e sentando-me em cima da secretária, de frente para ele.

Tremi ligeiramente quando ele mesmo pegou na minha mão e a levou à gravata, incitando-me a desperta-la.

- Zayn... - Suspirei, fechando os olhos momentaneamente enquanto a sua mão passeava atrevidamente por baixo das minhas roupas. Ele afastou-se cedo de mais, caminhando até à porta com a intenção de a trancar, mas no momento em que a sua mão pousou no puxador a porta abriu bruscamente para trás:

- "SUPRESA!" - Gritou Emma, entrando no gabinete com uma espécie de presente que era um conjunto de pauzinhos presos com fios, de onde pendiam conchas e penas de aves com aspeto sujo.

- Emma! - Gritamos os dois, enquanto eu saltava para o chão, compondo o vestido, e Zayn apertava os botões com rapidez.

- O que estavam a fazer? - Perguntou, olhando-nos alternadamente. - Porque é que a camisa do zazza está aberta?

Love WingsWhere stories live. Discover now