Capítulo II

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Acordei com um som no fundo, olhei para o lado da cama, e lá estava meu celular tocando..

- Oi Paula..-

- Oiii, e aí? Vamos ou não ao shopping?-

- Ahh.. não vai dá, sinto muito.-

- O quê? Por quê?-

- Vai ter um jantar aqui em casa, um jantar de "negócios", a gente sai outro dia, pode ser?-

- Claro, não tenho escolha. Boa sorte aí, nesse jantar..-

- Obrigada, vou precisar, até amanhã.-

- Até..-

Virei o celular e olhei as horas..18:55, o jantar deve começar 19:30 ou 20:00 melhor estar pronta

Me levantei, tomei um banho, lavei os cabelos, depois passei secador, e fiz uma trança de lado.

Passei uma base, um rímel, uma sombra escura, um batom nude e um blush.

A roupa escolhi usar um vestido azul marinho escuro, com um V nas costas, que ia até o joelho, um pequeno salto, um brinco simples e pronto.

Quando acabei de me arrumar, Zilda entra pela porta, com uma cara não muito boa, mas quem estava feliz naquela noite?

- Menina, seu pai está te chamando..-

- Você sabia não era Zilda?- perguntei parando de frente para ela

- Me desculpa, mas eu não poderia fazer nada sobre esse assunto...eu...-

- Está tudo bem, eu sei que você não tem culpa, mas por que não me contou?-

- Esse assunto era proibido, até segunda ordem..- apenas balancei a cabeça confirmando, dei um abraço nela e sai do quarto

Mal desci as escadas e lá estava meu pai e um homem de costa para mim..

Ele parecia ser alto, era branco e estava com um lindo terno

- Essa é a Amalia, Amalia, este é o seu noivo Benjamin.-

Meu pai nós apresenta assim que eu desço das escadas, ele se vira

Parecia um homem com seus 38, 39 anos, era branco, dos cabelos castanhos escuros, os olhos da mesma cor, mas a pele dele era o que chamava mais atenção, era muito pálido, muito mesmo

Ele me dava medo..

- Olá.- disse assim que entrei completamente na sala de estar

- Você virou uma mulher maravilhosa, parabéns Albert, pela linda filha..- o homem desconhecido levanta o copo e brinda com meu pai

- Por que não vamos direto ao fato? Tenho certeza que você não veio visitar um velho amigo.- disse me sentando e olhando para o Benjamin

- Amélia!- meu pai me chama atenção, mas eu apenas o ignoro

Benjamin então se sentou, na minha frente, e meu pai do meu lado.

- Vamos nós casar, o mais rápido possível.-

- Não posso fugir, posso?-

- A menos que queira a cabeça do seu pai fora do corpo, em alguma parede, não...-

- Quanto tempo eu vou tenher?-

- Um dia.-

- O quê? Não! Eu tenho a escola.- disse apavorada..mas eu tinha que manter a calma, ou parecer manter.

- Você terá toda a educação na minha casa, estudará em casa, todas as matérias que te dão e o que mais você quiser, vamos morar numa cidade, escondido no norte do Canadá, uma aldeia, minha aldeia.-

- Você fundou essa aldeia?- perguntei confusa

- Era dos meu ancestrais, em um certo período do século 17 as terras passaram para mim, e como sabe o que eu sou, não é difícil de adivinhar que eu continuo com as terras, administrando elas.-

- Não quero sexo com você...-

- Amelia!- meu pai repreende novamente e vejo o olhar cuidadoso do Benjamin em mim

- Não haverá nada, se você não quiser, te dou essa escolha. Mas haverá um casamento, não agora, mais tarde, até lá, quero que apenas, aprenda sobre o nosso mundo, que é muito diferente desse seu mundo, sem graça.-

- Depois que ela for com você..- meu pai ia falar mais o Benjamin o enterrompeu

- Não haverá dívidas e você vai continuar com a sua vida, do jeito que ela é. Satisfeito com o negócio?-

- Sim senhor.- meu pai fala mas, eu sinto e vejo medo nele.

- Mas uma coisa, porque quer casar comigo? Você poderia casar com qualquer outra pessoa

- Mas o meu destino diz que você é a certa, a pessoa sábia que eu preciso.-

- Como assim, sou certa para quê? Quem falou isso para você?- perguntei confusa

- Você vai saber de tudo isso, mas aos poucos, são muitas informações...-

- Já que está tudo resolvido, aí da gostaria de jantar?- meu pai pergunta, dando um pequeno sorriso.

- Bom, acho que não precisamos jantar, você foi maravilhosa adiantando esses assuntos chatos, mas é obrigatório... até amanhã senhorita Amelia, voltarei ao por do sol.- Benjamin diz beijando as costas da minha mão e apertando a mão do meu pai e indo embora

- Vamos jantar filha?-

- Não pai, estou sem fome.-

Apenas subo novamente para meu quarto, tiro toda a roupa e fico apenas de bijama.

Deito e fico pensando em como a droga da minha vida vai mudar, e eu não vou poder fazer nada!

- Amelia?- Zilda diz atrás da porta

- Entra Zilda. O que quer?- digo assim que ela entrou.

- Vim trazer o seu jantar e arrumar as suas roupas.- 

- Fique a vontade.- disse pegando a bandeja, colocando ela em cima da mesa, e me sentando na cama

- Não vai comer menina?- Zilda pergunta me olhando

- Não, estou sem fome... obrigado.- Zilda apenas me olhou e continuo com o seu serviço

Não demorou e Zilda já tinha acabado, duas malas..

- Obrigada Zilda, por tudo, e saiba que sentirei a sua falta.- disse abraçando ela

- Também vou menina, se cuide, por favor!-

- Eu vou, agora vai descansar.-

Assim que ela saiu, olhei para uma vez para as malas, e pensei, em tudo que tá acontecendo novamente

É que merda hein..

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⏰ Última atualização: Mar 03, 2019 ⏰

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