Is this the real life or is this just a fantasy?

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Deacon's POV

Brian, Roger e eu estávamos prostrados em frente a TV, que mostrava imagens que meu cérebro se recusava a aceitar como verdade. Meus olhos, que já eram cinzas por natureza, ficaram nublados com as lágrimas que teimavam em cair. Não era real, era apenas uma fantasia, uma peça de muito mau gosto.

– E-eu me recuso... – Saí em disparada porta afora, buscando o ar que já ficava escasso ali naquela sala.

Sinto minha vista ficar mais escura à medida que avanço pelo corredor, ouvindo passos atrás de mim. Minhas pernas cedem e um par de braços me segura para que eu não me machuque. A dor do meu peito parece não ter fim, a cada vez que eu respiro e tento controlar as batidas do meu coração, meu pulmão se comprime em busca de mais ar. Dificilmente se ouve dizer que eu me abalaria por qualquer coisa, mas dessa vez era sério. Eu não tinha controle sobre mim, me debatia e gritava pelo nome daquele que prometeu ficar comigo para sempre, mesmo que fosse difícil cumprir essa promessa.

– John, calma, por favor. – Ouvi a voz um tanto desesperada de Brian, tentando me segurar para que eu não fugisse e cometesse uma loucura.

– Ele prometeu, Brian! Ele me prometeu que voltaria, que ficaria comigo! – Deixei meu corpo cair sem forças. Brian fazia o que podia para me manter de pé, mas tudo o que eu conseguia era chorar. Chorava como nunca antes. Nem nas piores brigas eu chorava. Ele sempre dizia que eu era o centro da razão e eu retrucava dizendo que ele era o centro da emoção.

Nós éramos o completo oposto do outro, e funcionava por que nós éramos apenas nós. O ying e o yang, feitos para funcionarem juntos.

– Tudo bem, mas você precisa se acalmar! – Brian repetia diversas vezes aquela mesma frase.

O problema em me acalmar era que eu não queria me acalmar, ele não pensou em nenhum momento em como eu ficaria?

– Essa dor, faz ela parar, por favor... – Minha voz acabou saindo com um soluço enquanto as lágrimas molhavam tanto o meu rosto quanto a camisa de Brian.

– Eu não posso, Deaky, ela dói em mim também, mas se acalma, por favor... – May alisava minhas costas e fazia um esforço descomunal para não desabar junto comigo. – Roger! Vem aqui!

O loiro veio correndo, com a face neutra. Olhei para seu rosto por alguns segundos e uma raiva dentro de mim cresceu, pois ele não parecia nenhum pouco comovido com a notícia que tínhamos acabado de ver na TV, mas eu não fiz nada além de chorar mais. Meu peito subia e descia rapidamente, e sem que eu me desse conta, já estava sendo levado por May e Taylor para meu quarto na enorme casa da banda.

Roger, seguia com a mesma expressão de quando estávamos olhando para a TV, já Brian se encontrava aparentemente desolado, sua expressão era de pura tristeza, o que me fazia querer chorar novamente.

– Roger, porque você não demonstra nada? Ele era seu melhor amigo! – Questionei o loiro tingido, que pareceu sair de um transe.

– E-eu estou em estado de choque, John... pessoas lidam com a notícia de formas diferentes...

– Roger... – Brian advertiu o loiro, que desde os primórdios da banda, sempre foi o mais esquentadinho.

– O Freddie morreu, isso não uma simples notícia! – Dessa vez eu não consegui manter a cabeça no lugar, então gritei. Eu tinha perdido o amor da minha vida e por mais que os meninos sempre estivessem comigo, ele não estava mais aqui.

L I A R - Deacury/MaylorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora