candle forest

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beijo a grama queimada e derramo lágrimas entre as arestas do quadrado. imploro perdão, amor e felicidade eterna. esfrego a pele contra os galhos e as folhas primaveris. 

entendo que morrei sozinha, porque assim nasci, e mesmo que a floresta me abrace como gimnospermas brilhantes durante a manhã, não vai apagar os rastros de um coração ensanguentado.

me pergunto o que vovó faria nessa situação, mas lembro que ela dançou sob o luar até seus pés se quebrarem, então não sei que tipo de sacrifício a fez chegar a tal ponto. e não sinto que quero girar diante de uma multidão camponesa, esperando a música chegar ao fim e a corda cessar.

assim que termino a oferta, encolho entre os ramos próximo ao caramanchão e espero que, se a terra realmente decidir me engolir, não me traga de volta. 

morning.Where stories live. Discover now