Hamilton - A História

Um Trabalho Cansativo

Eu apertei a carta no peito e comecei a rir como uma bobona. John também, mas da minha cara. Vontade de soca-lo não me falta, só que estou muito entretida para isso.

"Não me reconheço quando me pego pensando em ti, em sua beleza, em sua meiguice, como um anjo que desceu a terra para me ensinar a amar. Eu espero encontrá-la em breve, sei que repito muito essas palavras- mas um dia elas serão reais.
Eu te Amo"

- Blar! Quanta palhaçada! Você não caiu nessa?

- John, vai cuidar da sua vida! - sorri bobinha

- É assim que me agradece por eu ter te livrado de ser pega no flagra?

- Não, desculpa. Obrigada John! - O abracei rapidamente

- Vou guardar a carta.

Eu reli a carta, de novo, de novo e de novo várias vezes. Claro que era difícil com Alexander ao meu lado, mas eu dava um jeito. A noite, quando eu estava deitada, conseguia ver claramente a Lua pela janela e me perguntava; Será que ele está pensando em mim? Porque eu estou pensando nele. E suas palavras:

" Eu espero encontrá-la em breve "

Me dava esperança em vê-lo pessoalmente, novamente. Mas o mundo não é um mar de rosas, principalmente quando se trata de uma guerra e quando você participa dela- de uma certa forma. Eu peguei o casaco de Alexander e o ajudei a vesti-lo, eles estavam de partida, eu sei que eles vão voltar, mas meu coração ainda fica agoniado. Após isso, ele se aproximou, beijou minha testa e acariciou minha bochecha. Eu sorri com o ato, ele é extremamente fofo - e paciente comigo. Ele pegou sua bolsa e foi indo em direção a Washington. Eu os vi se afastar pela janela do escritório... Por favor, Alexander, continue vivo.

Eu sai da janela e caminhei até a mesa de Washington. Me sentei na cadeira hesitante, mas após sentar, me aconcheguei nela. Não tem como não se sentir uma rainha sentada aqui!

- Entre! - disse após alguém bater na porta

- Senhorita Montenegro. - me levantei - Temos um problema.

- Problema?

- Sim.

- Qual?

- Uma moça está aos prantos lá fora, querendo falar com o General Washington.

- Você a explicou sobre a sua localização?

- Sim, mas ela se recusa a ir sem falar com ele.

- Eu irei até lá. - disse indo em direção a porta

Ele me guiou até o portão principal, a mulher estava rodeada de homens que tentavam conversar com ela e a oferecer água. Realmente, pelo rosto, deu para ver a tristeza e desespero nela. Eu tirei os rapazes da frente e me aproximei da moça.

- Olá... - ela me olhou e se levantou - Eu sou a representante do Senhor Washigton na sua saída.

- Você precisa me ajudar... - apelou

- Farei o que posso, me diga, o que aconteceu?

- O meu marido esta servindo o exército. Ele disse para mim que ia para a Inglaterra a mando de Washington, já se passou uma semana e não tenho notícias. Ele não voltou, não me enviou uma carta e não recebi uma carta avisando nada.

- Isto é terrível, deve estar muito agoniada e preocupada, mas o que deve fazer agora; é ir para casa, se acalmar e pensar em coisas boas. Eu vou ver o que posso fazer e te informo. - ela se aproximou e me abraçou forte, em seguida, ela se virou e um homem começou a guia-la para fora.