- É um prazer conhecê-la, Britney. - disse simples. - Me chamo...

- Eu já sei o seu nome. - todos na mesa poderiam sentir o deboche na voz de Britney, que queria se sentir superior a secretária de Harry.

- Não seja tão difícil, filhinha. - disse Carlos. - Pensei que nunca mais te veria aqui, Harry.

O homem de expressões traiçoeiras, até então desconhecido para Elizabeth, era o padrasto de Harry.

- Eu também não queria estar aqui olhando pra sua cara. - um clima tenso se instalou na mesa. - Mas nem sempre temos o que queremos, você não acha?

- Harry... - sussurrou Anne, tentando evitar mais uma briga na família.

- Tenho tanto orgulho de você, meu neto. - poucos conseguiram ouvir o murmúrio de Mary. - Enfim, vamos tomar café na paz de Deus. - pediu em voz alta.

- Amém. - Cheryl respondeu, atacando as comidas que estavam em sua frente.

Elizabeth está começando a entender o verdadeiro drama familiar do chefe; sua mãe apoiava Carlos, que não parecia ser nem um pouco confiável. E ainda tinha Britney, o significado mais puro de uma pessoa desagradável, e ela não fazia questão de fingir.

(...)

                     • Elizabeth narrando •

- Eu me sinto no programa das Kardashians. - minha amiga comentou, enquanto estamos sentadas em um banco no jardim. - A família Styles é a mais estranha que já conheci.

- Eu estou ficando com pena do Harry. - digo.

- Mary me disse que vocês dois dormiram no mesmo quarto. É verdade? - Cheryl perguntou curiosa.

- Sim. - respondi, com as imagens de Harry sem camisa na minha cabeça.

- Sacana, e sortuda ao mesmo tempo. - Ela riu descontraída. - E dividiram a mesma cama? Meu Deus, isso é tão clichê. - sorriu.

- Harry dormiu no chão, Cheryl. - a tranquilizei, pois ela já estava tendo um ataque. - Não seja maliciosa, eu nunca ficaria com o meu chefe. Isso prejudicaria a nossa relação profissional, e eu preciso do emprego.

- Além de secretária, você seria a esposa dele. - gargalhou.

- É até engraçado escutar uma bobeira dessa. - resmunguei.

Eu e Harry somos totalmente opostos, e além disso, ele não gosta do meu jeito. Não daria certo.

- Você percebeu o modo que a Britney te olhou? - questionou Cheryl. - Ela queria te esfaquear com a faca de cortar pão.

- Talvez ela não goste de mim. - e eu também não gostei dela, estamos quites.

- Porque é óbvio que ela gosta de Harry, e você pode atrapalhar os planos dela.

- Eu não irei atrapalhar ninguém, Cheryl. - disse séria.

- Tudo bem, tudo bem... - disse ela. - Mas aonde aqueles dois foram? Shawn não teve tempo de me dizer.

- Harry me disse que houve um problema na empresa filial de Londres, e precisavam resolver o mais rápido possível.

- Será algo grave?

- Eu não sei. - murmurei, observando alguns dos girassóis que haviam no jardim. - Harry não gosta de me falar muitas coisas sobre a empresa.

(...)

Passei a tarde ajudando Mary no jardim, plantando algumas sementes de girassóis, que segundo ela, marcava o início da minha chegada na família.

Eu não queria decepcioná-la, mas será difícil acontecer alguma coisa entre nós dois, e eu continuarei sendo apenas a secretária de Harry. 

- Está perdida, Elizabeth? - me assustei quando vi Carlos atrás de mim, ele era tão estranho.

- Só estou indo até o meu quarto, preciso tomar um banho. - digo, mostrando um pouco de terra que tinha em minhas mãos.

- Precisa de ajuda para chegar lá? - perguntou, mas eu podia sentir a sua verdadeira intenção. - Posso ir com você.

- Não é necessário. - respondi. -  Eu tenho certeza que consigo ir até o meu quarto sozinha, Carlos.

- Harry não é homem pra você. - estava nítido o veneno em seu tom de voz.

- Acho que esse assunto não te interessa. - retruquei, saindo de perto daquele homem.

Entrei no quarto rapidamente, sentindo meu coração palpitar de nervosismo. Por um segundo eu tive medo do que ele poderia fazer comigo naquele corredor, eu estava sozinha...

Tranquei a porta do banheiro para ter certeza de que estaria segura, e liguei o chuveiro. Eu não poderia imaginar o tipo de homem que Carlos era.

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