Motel 6 [Niall Horan] (Tradução em Português)

[37] Temporary Separation

“Não, eu vou para o autocarro. Eu vou ter o Oliver a ficar com a Aimee e comigo.” Eu decidi firmemente. Os seus olhos dispararam para cima assim que ele ouviu o nome da Aimee, o nome da rapariga que ele chamava de sua.

“Eu quero ficar com ela.” Ele argumentou.

“Ela é legalmente minha.” Eu disse. “E ela vai ficar comigo, eu não vou mudar de ideias.” Lágrimas estavam a cair do meu queixo a este ponto e eu permanecia ali como uma completa confusão em frente dele, e ainda assim, ele não mostrava nenhuma emoção.

“E tu tens a tua filha! Porque irias trair alguém que fez tanto por ti? Eu tenho seguranças a tomar conta de ti e da tua filha, e tu trais-me! Com uma filha de três anos no topo das escadas!” ele gritou, fazendo-me recuar imediatamente. Memórias do Jake fluíram na minha mente, fazendo-me entrar em pânico.

“Eu não te estava a trair!” eu refutei. “As minhas costas estavam viradas para a porta, eu pensava que eras t-”

“Guarda isso.” O Niall elevou a sua mão. Eu não o percebi então, mas ele estava a elevar a sua mão para me afastar. Eu prendi a respiração e acobardei-me, pensando que ele me ia bater. Segundos depois, ele percebeu que eu estava com medo que ele me fosse magoar e os seus olhos suavizaram.

“Eu...” ele arrastou, coçando a parte de trás do seu pescoço.

“Não me amas.” Eu finalizei por ele. “Tu obviamente não me amas, porque quando duas pessoas estão apaixonadas e se amam a sério, elas confiam uma na outra. Isto não é confiança, isto não é amor.” Eu estava prestes a desabar em lágrimas mais uma vez, mas eu aguentei-me. “Vou arrumar as minhas coisas.”

Eu virei-me e abandonei o pátio, e assim que estava fora da vista dele e comecei a soluçar. Eu caí contra a parede do corredor, agarrando o meu peito enquanto o meu corpo tremia com cada soluço. Eu nunca me tinha sentido tão sozinha em toda a minha vida.

Depois de uns minutos sentada ali afundando-me em pena por mim e a chorar, eu senti uma mão no meu ombro. A minha cabeça disparou para cima e eu vi o Harry, carrancando em frente a mim. Ele estava a vestir umas jeans pretas e justas e uma camisola verde musgo com uma bandana na sua cabeça.

“Que se passa, querida?” ele perguntou, sentando-se junto de mim e colocando o seu braço em minha volta. “Eu ouvi gritos.” Eu funguei, embaraçada por estar com este aspeto em frente dele, mas j+a tinha ultrapassado o ponto em que me preocupava.

“E-Eu-” eu tive que parar por causa de outro soluço que surgiu. “Eu estava a limpar o q-quarto e as minhas costas estavam v-viradas para a porta, e eu pensava que e-era o Niall!” eu chorei, quase no ponto de estar histérica. Eu sentia-me tão mal pelo Harry, ele deve de se estar a sentir tão estranho agora.

“Quem é que tu pensavas que era o Niall?” ele perguntou, fazendo festinhas nas minhas costas.

“O Marcus começou-me a beijar, e eu pensava que era o Niall.” Eu consegui dizer. “E-E o Niall entrou pelo quarto com o Marcus a beijar-me, e-e as minhas costas estavam para ele então eu não vi que era o Marcus...” eu chorei mais, escondendo a minha cara.

“Aw, Avery.” Ele murmurou. “Eu sei muito bem que tu nunca irias fazer algo assim.”

“O Niall não acredita em m-mim, e eu vou dormir no a-autocarro esta noite.” Os meus ombros afundaram.

“Não, não vais.” O Harry insistiu. “Se tu precisares de um quarto, existe um espaço no meu quarto e da Darcy  e eu insisto que tu e a Aimee fiquem com ele. Eu até posso arranjar uma noite de raparigas para vocês as três.” Eu sorri, sentindo-me um pouco melhor.