One

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Autora on:

"Todos prontos?!" Perguntou retoricamente o homem que seria responsável pela execução do leilão.

A primeira peça foi exposta e os compradores analisaram cuidadosamente cada detalhe.

No meio dos compradores, uma senhorita olhava fixamente a peça anunciada, admirando tamanha beleza.

"Primeiro lance, 100 mil dólares. Eu ouvi 150 mil?!"

"200 mil." Um homem gordo de cabelos grisalhos e sorriso amarelo falou, levantando a placa com seu respectivo número.

"300 mil." Um homem de aparência rude, com cabelos cobres jogados para o lado e um pirulito vermelho na mão falou, levantando sua placa.

Os dois homens interessados no produto tocaram um olhar de rivalidade e logo uma terceira pessoa se pronunciou.

"600 mil dólares." A mulher, que até então só havia observado a peça, deu seu primeiro lance.

"800 mil." O velho gordo insistiu.

"3 milhões." O homem de cabelos cobres falou levando o doce até a boca.

"365 milhões." A mulher disse firme, recebendo olhares surpresos.

Quem pagaria tão caro assim por uma peça tão simples?!

"365 milhões. Eu ouvi 370?!" Falou o leiloeiro, não recebendo resposta nenhuma.

O som do martelo de madeira bateu e a mulher abriu os lábios pintados de vinho em um sorriso seguro.

"Vendido para a número treze por 365 milhões!"

A mulher se levantou o deixou a placa sobre a poltrona de couro onde estava, indo até um dos seus três seguranças.

"Leve-a para Los Angeles, e deixe com Anne." Falou no ouvido do segurança, e saiu do local.

Seus outros dois seguranças acompanharam a mesma até seu carro, tendo escolta de ambos até a casa luxuosa onde vivia.

Chegando lá, ela estacionou o carro, e seguiu para dentro da casa, indo até seu quarto.

A mulher entrou no banheiro e se despiu, tomando um banho demorado.

Bonnibel on:

Um homem vestido de terno foi até o outro homem que fazia o leilão e trocou algumas palavras com ele, depois ele veio até mim e me esticou a mão, pedindo em silêncio para que eu fosse com ele.

Minhas mãos estavam trêmulas e suadas, mas ainda sim segurei com força a mão dele. Tudo que eu queria era sair daquele lugar.

Ele saiu me puxando e saímos pelos fundos do evento, depois seguimos para um carro preto.

Ele abriu a porta pra mim e eu entrei no carro, tendo a porta fechada pelo mesmo logo em seguida.

Ele entrou e ligou o carro, arrancando, seguindo para um caminho desconhecido. Tudo que eu fiz durante o caminho foi pedir a Deus que nada de ruim acontecesse comigo.

[...]

Acordei e me estiquei, olhando o lugar onde estava. Eu estava sentada em uma poltrona, acho que eu estava em um jatinho.

Olhei para o lado e o mesmo homem que me tirou do leilão estava do meu lado em outra poltrona.

"Falta apenas algumas horas para você chegar ao seu destino. Pode voltar a dormir se quiser." Falou o homem e eu concordei com a cabeça.

"Para onde estamos indo?!" Perguntei mas não obtive resposta nenhuma.

Meu estômago gritou de fome e eu corei me encolhendo quando o homem me olhou.

"Está com fome?!" Perguntou e eu confirmei com a cabeça.

Ele se levantou e sumiu pelo corredor, depois de alguns minutos ele voltou com uma bandeja de prata, com um prato grande onde tinha arroz, estrogonofe e batata palha, em um outro prato de sobremesa, um pedaço de bolo de chocolate com cobertura e recheio de morango, e dois copos, um de suco de laranja e um com água, com garfo e faca do lado do prato maior, e uma colher de sobremesa para o bolo.

"Obrigada." Falei quando ele colocou a bandeja na mesa e me deu a mão para me ajudar a levantar da poltrona, para ir sentar na mesa onde estava a comida.

Comi lentamente até me sentir satisfeita, fazia um bom tempo que eu não comia tão bem assim.

Estremeci e apertei o garfo nos dedos quando lembrei do lugar onde eu havia ficado a mais de um ano. Pisquei algumas vezes e tentei esquecer de tudo aquilo.

"Quando chegarmos ao seu destino, vou te deixar com Anne, ela será sua governanta, fale com ela se precisar de algo. Sugiro que siga as ordens que lhe derem garota, é o melhor a se fazer." Falou o homem e eu concordei, sentindo minha curiosidade aumentar cada vez mais.

Lembrei da mulher que havia me comprado, ela tinha uma boa aparência, comparando com o resto das pessoas naquele lugar. Imaginei o quão horrível seria se um daqueles outros dois homens tivessem me comprado. O sorriso daquele velho me dava nojo, e o homem de cabelos cobres me dava medo. A mulher não parecia ser amigável, mas seu olhar me deixou curiosa, ela não parecia ter más intenções.

7 RINGSOnde as histórias ganham vida. Descobre agora