— Eu gosto disso tudo, Junnie — Riu, selando e colorindo os lábios alheios levemente — Eu gosto de ter essa preparação em mim.

O chinês se sentou na cama, e Donghyuck entrou em um meio estado de alerta. Parecia pensar em algo, até morder os lábios e encarar o mais novo um pouco sem jeito.

— Deixa eu experimentar? — Falou, depois de inspirar o ar profundamente e o soltar de forma calma.

— C-Como? — Donghyuck riu, se sentando e pondo uma mão na perna alheia e a outra a lhe segurar o rosto — Amor, não precisa-

— Eu quero, Hyuckie — Pôs a mão sobre a alheia, suavizando a expressão ao pôr uma carinha de cachorro abandonado no rosto — Por favor, meu sol, faz maquiagem em mim — Manhou, sabendo pelo sorrisinho alheio que ele faria mesmo sem precisar apelar.

— Tudo bem, então — Se animou, se levantando da cama e puxando o mesmo consigo, parando em frente à sua cômoda, onde, além de suas maquiagens, havia um puff quadrado de coloração marrom onde ficava ao fazer sua maquiagem — Senta — Apontou para o objeto, e o mais velho obedeceu sem pensar duas vezes.

Um sorriso nasceu em seus lábios enquanto observava o chinês, não demorando muito a sentar em seu colo e lhe selar brevemente os lábios.

— Achei que você fosse me maquiar — Riu, suas mãos presas na cintura do mais novo enquanto o segurava, com medo de que ele caísse.

— E eu vou — Disse, determinado, se curvando levemente sobre o mais velho para puxar o pequeno kit de maquiagem para mais perto de si, o deixando mais na pontinha da cômoda, com cuidado para que nenhum acidente ocorresse.

— Sentado no meu colo? — Negou, estalando a língua no céu da boca diversas vezes — Você pode fazer tudo aqui, menos uma maquiagem.

Recebeu um tapa no ombro, junto a uma risadinha baixa do garoto desacreditado. Seu namorado era mesmo muito assanhado.

— Se eu posso fazer tudo, eu posso sim fazer uma simples maquiagem, huh?

O chinês riu, puxando o mais novo mais para cima em seu colo e fechando os olhos.

— Okay, Lee Donghyuck, me surpreenda.

₍☪❂₎

— Já pode abrir os olhos, bebê.

Prendeu a respiração, por um momento, impedindo de que vacilasse, pensava que a cena a sua frente o faria rir, e com certeza seu namorado ficaria emburrado com aquilo. Mas não foi aquilo que aconteceu, não mesmo.

Donghyuck abriu lentamente os olhos, as orbes escuras e brilhantes subindo e descendo pelo corpo alheio, desde os pés, onde calçava um salto baixo preto da mãe do Lee, até os cabelos louros, onde uma presilha prendia uma mecha para trás. Adorável.

Renjun estava vestido com uma de suas meia-calças, usando uma saia branca que ia da cintura até cerca de um palmo abaixo da bunda, e o torso era coberto por um croped róseo que ficara extremamente adorável em si.

— Fecha boca senão entra mosca — Brincou, colocando as mãos na cintura e dando uma voltinha na frente do outro — Como estou?

O Lee mordiscou levemente os lábios, pouco se importando se estava removendo a camada de batom passada naquela área.

— Delicioso — Murmurou quase no automático, a voz soando fraca. Renjun riu, cobrindo o rosto com uma das mãos.

— Você tem que parar de ser tão descarado! — Reclamou, como se não fosse tão igual ao namorado.

— Impossível — Se levantou, puxando o mais velho pela cintura e lhe beijando delicadamente os lábios — Você é lindo com e sem maquiagem.

— Você é lindo com e sem essa roupa também — Sorriu, falara aquilo de forma tão inocente que só notou após o olhar do Lee repleto de malícia.

— Quer que eu tire, então? — Falou, perto da orelha alheia, lhe causando um arrepio em todo o seu corpo.

— Você entendeu o que eu disse, idiota — Lhe empurrou o ombro, sorrindo ainda mais largo.

— Eu entendi sim, docinho, eu só gosto de te provocar — Acariciou o queixo alheio com um sorrisinho de escárnio no rosto.

— Te odeio — Mostrou-lhe a língua, logo passando os braços ao redor do pescoço alheio, o puxando para mais perto de si.

— Eu também te odeio — Beijou-lhe demorada, mesmo que apenas um selar, sorrindo largo ao se afastar e lhe acariciar o rosto — Odeio muito.

Porque aquela era a forma deles de dizerem que se amavam, e nada nem ninguém conseguiria mudar aquilo. Era algo único, deles.

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