Welcome Back To 2016

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NOTAS DA AUTORA:

Oi, como estão? Como dito, agora vai ser uma retrospectiva de como elas chegaram naquele momento e nós vamos voltar desde o começo da série, em fevereiro de 2016, antes da sua estreia na TV em abril do mesmo ano.

Está enorme, me desculpem.

DOMINIQUE PROVOST-CHALKLEY:

A vida, quando menos esperamos, nos surpreende e mal conseguimos  acreditar em tamanha mudança. A velocidade que o tempo passa é assustadora e quão minha vida mudou durante um mês é algo inacreditável.

Há algumas horas atrás, eu estava chorando enquanto minha mãe me consolava. Estávamos no La Fontaine Park, em Montreal — Canadá, e eu estava me sentindo extremamente triste com o rumo que minha vida estava seguindo.

Eu queria desistir da minha carreira como atriz e tanto eu, quanto minha mãe, entendíamos a gravidade disso. Se eu desistisse de ser atriz, não estaria abrindo mão de uma carreira, estaria abrindo mão do meu sonho.

Mas, ao mesmo tempo, eu não tinha nada e é difícil acreditar nos seus sonhos e mantê-los vivos dentro de si apenas se deparando com resultados negativos.

Eu estava a muito tempo sem trabalhar e morava em Bristol, na Inglaterra. Tinha uma casa e um carro simples em meu nome e, mesmo não vivendo cercada de luxo, aquilo era o suficiente para mim.

Eu estava procurando emprego para atuar em algum lugar, seja filme, novela ou série, pois estava a muito tempo sem trabalhar. Então, eu memorizei alguns monólogos e me gravei em meu quarto. Organizei o vídeo e o enviei, junto com o meu portfólio, para uma empresa que estava procurando atores para uma série que seria gravada no Canadá.

Eu estava tentando ganhar o papel da personagem principal, Wynonna Earp, mas não obtive resposta. Nesse intervalo, eu mandei meu portfólio para todos os lugares possíveis a procura de um novo trabalho.

E, eu tinha conseguido um contrato para atuar em um filme que seria gravado na Índia e estava tudo certo. Eu mandei novamente, um outro vídeo, falando monólogos diferentes, para o papel da irmã da Wynonna, mas por dentro tinha a sensação que era besteira ter feito isso porque eu nunca ia conseguir.

A data que o filme vai estava se aproximando e, como eu iria ir para Índia, resolvi vender todas os meus pertencem para conseguir me estabilizar durante todo o tempo que eu estivesse fora.

No dia que eu ia para a Índia,  cancelaram o meu vôo e eu recebi uma ligação do diretor do filme dizendo que eles iriam adiar a data que iriam começar a gravar para o ano que vem e que eu não iria precisar ir.

Nesse momento, eu entrei em desespero e o mundo inteiro caiu sobre mim. Eu estava sozinha em Bristol e não tinha onde dormir ou ficar porque eu vendi a minha casa e meus outros pertences.

Eu liguei para minha mãe no aeroporto e ela pediu para que eu pegasse o primeiro vôo para Montreal, Canadá e fosse ficar com ela.

Eu consegui trocar a passagem da para o Canadá por causa do cancelamento do vôo para Índia e, após resolver alguns problemas no aeroporto e passar horas dentro do avião, eu finalmente cheguei no Canadá.

Minha mãe estava no aeroporto esperando por mim e eu deixei todas as minhas malas no chão e corri para abraçá-la. Fazia anos que eu não a via e eu estava com saudades.

Nós pedimos um táxi até a casa dela, deixamos as malas na sala e saímos para conversar no La Fontaine Park. E, no meio da conversa, eu desabafei com minha mãe e chorei como nunca tinha chorado em toda minha vida, mas ela disse que daríamos um jeito e que eu não estava sozinha e eu consegui me acalmar.

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