Capitulo 2

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Agora...


Eu estava muito nervosa, não porque iria transar, mas sim por que nunca tinha feito isso com um desconhecido, e ainda, mas em um banheiro de um bar como esse.

Era triste e decadente, mas o que na minha vida não estava decaindo. Porém hoje havia um lado bom, nunca tinha transado com um cara tão lindo assim é essa parte me encoraja e muito a continuar caminhando até o fim do bar nesse corredor fundo.

Vi quando o sem nome parou na porta do banheiro esperando que quem estivesse lá dentro saísse logo. Encostado na parede com um de seus pês apoiando nela, Ele me observava com um fervor no olhar, e isso era como um fósforo sendo riscado dentro de mim, causando um incêndio pelo meu corpo. Nunca ninguém me olhou dessa forma, ou eu estava tão envolvida pelo momento que fazia esse olhar ser tão intenso?

Eu queria isso, e precisava disto também, por mais que fosse bonita não me sentia tão viva assim, nem lembro mais há quanto tempo.

Quando cheguei ao final do corredor, parei na frente do sem nome, me encostei na parede oposta do corredor, ficamos por um minuto acorrentados em um olhar que dizia mais que muitas palavras.

Eu iria ate o fim com certeza.

Ele mordeu seu lábio inferior e passou seus olhos pelo meu corpo exposto na sua frente, sem graça eu desviei minha atenção da dele e procurei por alguém que poderia me reconhecer nesse fundo corredor escuro, seria muito difícil alguém aqui notar quem eu era, ainda mais que o glamour que costumava usar de armadura, não estava presente agora.

--Ei?—ele sussurrou chamando minha atenção – você é tão linda.—eu sorri, era tão rotineiro me chamarem de linda que isso não me parecia mais como um elogio, não disse nada a ele, apenas olhei para a porta do banheiro ainda fechada, eu queria acabar logo com isso, tirar essa dor do meu corpo me aliviando encima dele.

-- Vai me diz seu nome.—o sem nome insistiu com sua voz carregada de desejo.

Se fosse há anos atrás com toda certeza do mundo falaria ate a minha senha do banco para ele, mas agora era tarde de mais para voltar a viver contos de fada.

—Não.—tentei ser o máximo indiferente ao seu pedido.

— Não quer saber bem o meu?—ele continuou.

—Não.

—Então o que vai gritar quando eu estiver te comendo com força?

Agora era a minha vez de puxar um sorriso de canto malicioso, ele tinha razão, sempre gostei de sexo barulhento e não me passava nada em mente como iria gemer sem saber o seu nome.

— Que tal lobo mau?—falei.

Ele sorrio mostrando o quanto havia gostado do apelido, enquanto o meu coração entrava em erupção vendo ele fazer um biquinho sensual com seus lábios e depois o mordeu.

— Eu não sei ser lobo, mas sei ser mau.

Não consegui segurar minha risada, porem no mesmo momento a porta do banheiro abriu e um cara nojento saiu de lá dentro, como todos os outros ele me encarou e passou por nos sem notar a existência do Mau parado na um metro de distancia de mim.

-- Você entra primeiro ou eu?- respirei fundo quando ele disse, era agora ou nunca, a raiva que eu sentia ajudou a sair da parede e caminhar ate o banheiro minúsculo.

--Garota que toma iniciativas, gosto disso. — Foi o eu ele disse quando entrei.

O banheiro era um típico de um bar, não estava nojento mas havia papel higiênico pelo chão, com apenas um gabinete sanitário e uma pia minúscula no canto, eu não sei como faria para manter relações com alguém aqui dentro, mas faria.

Encontro Casual - Retirado 14/03Onde as histórias ganham vida. Descobre agora