Capítulo 1

2.4K 52 28
                                    

- Harry Osborn, você aceita Mary Jane Watson como sua legítima esposa, prometendo ser fiel, amá-la e respeitá-la na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias das suas vidas até que a morte os separe?

- Aceito

- Mary Jane Watson, você aceita Harry Osborn como seu legítimo marido, prometendo ser fiel, amá-lo e respeitá-lo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias das suas vidas até que a morte os separe?

- Não

- Como? Irei repetir para a senhorita. Mary Jane...

- Não padre, entendi muito bem, não precisa repetir. Harry me perdoe mas eu não posso fazer isso comigo, não posso jogar minha felicidade nas mãos de quem eu não amo, não seria justo comigo e muito menos com você, por favor me perdoe

- Ah Jane, te entendo, eu sempre soube que você não me amava e sim ao Peter, não quero te prender, sua infelicidade significa a minha também e eu te amo demais pra ver você sofrendo. Tome, pegue o meu carro e vá atrás da sua felicidade, eu te amo.

Saí da igreja o mais rápido que pude, todos me olhavam como se eu fosse maluca por jogar fora um futuro promissor, a chance de ser uma mulher rica e poderosa, esposa de um grande empresário mas eu não podia me casar com ele amando o Peter. Peguei o carro e fui o mais rápido que a lei permitia, estacionei em frente a um prédio velho e caindo aos pedaços, era a pensão em que o Peter morava, subi as escadas correndo mas com dificuldade por causa do vestido de noiva enorme que estava em meu corpo, abro a porta do quarto dele e o encontro de pé em frente a janela

- Será que o meu espetacular homem aranha estava me esperando?

- Mary Jane!? Você não tinha que estar se casando com o Harry agora?

- Eu não amo o Harry, Peter. Eu amo outra pessoa, minha felicidade é em outros braços ou devo dizer, em outras teias?

- Mary Jane, você sabe que eu não tenho nada pra te oferecer, olha só o lugar onde eu vivo, as paredes estão emboloradas, o teto pode cair a qualquer momento e o chão pode abrir uma cratera a um passo mais firme, o Harry é rico, pode te dar uma vida de princesa como você quer e merece

- Peter Parker, eu não me importo com nada disso. Pra mim o que importa é você estar do meu lado porque eu tenho certeza que é com você que eu serei feliz para sempre, como nos contos de fada.

Ele se aproximou e me deu um beijo, o beijo que selou o nosso amor e hoje estou aqui deitada na cama de um hospital pela segunda vez esse ano.

PETER PARKER

- Como ela está doutor?

- Bem Peter, mas infelizmente não deu de novo

- Ah ela vai ficar arrasada, já é a segunda vez esse ano. A gente já não sabe mais o que fazer

- Peter, porquê vocês não adotam? Já que ela tem toda essa dificuldade pra engravidar, vocês poderiam tentar isso. É bem menos sofrido pra ambas as partes

- Eu sei doutor, mas essa era a nossa última opção, não queríamos nos precipitar em adotar e do nada ela engravidar, não temos condições pra ter dois filhos

- Sim, entendo vocês. Bem, você dará a notícia ou eu posso fazer isso?

- Não, eu vou falar com ela. Posso entrar?

- Fique á vontade, até mais. Ah e é melhor cuidar disso aí. Ele falou apontando pra minha testa que estava machucada e sangrando

- Toc toc! Tem alguma princesa aqui precisando de um super herói?

- Oi meu amor, que bom que você chegou, já posso ir pra casa?

- Ainda não meu bem, você terá que ficar aqui até amanhã

- Não deu de novo não é?

- Não. Infelizmente não. O doutor reforçou a idéia de adotarmos

- Não Peter, eu quero sentir essa criança sair de mim, eu quero sentir a dor de ser mãe

- Eu sei meu amor, por favor não se altere. Durma um pouco, amanhã voltará tudo ao normal

- Você estava nas ruas? Está com a testa sangrando

- Sim, foi a caminho pra cá, uma moça ia ser agredida, não podia deixar acontecer

- Sim meu querido, você não é só o meu herói, você é o herói de toda New York

Eu sorri com o elogio, dei um beijo na testa dela que logo adormeceu. Quando chegamos em casa ela foi direto pro banheiro e chorou muito, já era a segunda vez esse ano que ela tinha tido aborto espontâneo, já estávamos cansados de falsas esperanças, nós viemos morar com a tia Mey, pra fazê-la companhia e pra termos um lugar bom pra morar, afinal, pensão não é lugar pra criar o filho que tanto queríamos

- Mary Jane querida, venha, vou pôr o jantar, o Peter já está na mesa á sua espera

- Já meu amor? Hoje é o seu dia de lavar a louça não é mesmo?

- Não, não. Hoje é o seu dia de lavar a louça

- Não é o que eu e sua tia achamos, não é Mey?

- Sim, verdade. As louças hoje são do Peter

O jantar correu alegre como sempre, apesar dos meus acontecimentos diários, eu estou procurando emprego desde que saí do jornal e com a vida dupla que levo fica difícil se manter forte e determinado sempre.

Meu Espetacular Homem Aranha (Conto)Where stories live. Discover now