Capítulo 3 - Me sentindo em casa

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Laura chega correndo na sala e se joga nos braços do pai.

— Pai, pai. O senhor prometeu me levar na sorveteria. Me leva hoje, por favor papai, me leva.

— Meu amor o papai vai trabalhar daqui a pouco, podemos deixar para amanhã?

Ela faz um biquinho lindo e uma cara de emburrada.

— Mais papai você tabala muito.

— Prometo que vou mudar isso de agora em diante. Tudo bem? Então iremos amanhã na sorveteria você, eu e a mamãe.

— Você quer ir também mamãe? – Laura olha pra mim com cara de espanto e abre um sorriso lindo.

— Claro que a mamãe quer ir com vocês.

— Então estamos combinados. Amanhã iremos todos para a sorveteria agora dá um beijo no papai e vá brincar que o papai tem que sair, você pode cuidar da mãe enquanto eu estiver fora?

— Sim, pometo que cuido dela dileitinho.

Laura senta ao meu lado e começa a falar toda empolgada sobre o possível passeio de amanha e diz que gosta muito de sorvete de chocolate e me pergunta qual sorvete eu vou querer tomar como eu não lembro o meu sabor de sorvete favorito digo que vou querer o mesmo que o dela. Ela continua dizendo ela gosta muito de passear com o pai e que também gostava de passear com a tia.

— E com a mamãe você não gosta de passear?

Ela olha para mim e não vejo mais a alegra de antes ficando em silêncio por alguns instantes.

— Eu gosto muito de passear com você mamãe, mas a senora nunca tem tempo para mim.

Que tipo de mãe eu sou? Quanto mais eu sei sobre como eu era, menos eu gosto de mim mesma. Como não dar atenção à uma criança linda e inteligente como ela.

— Mamãe promete que vai dar toda a atenção que você merece.

Então eu começo a fazer cócegas, ela gargalha alto e pede para que eu pare. Ainda a torturo por alguns segundos até parar, enquanto ela recupera o fôlego vejo que Adam está parado perto das escadas nos fitando. Ele vem em nossa direção e se despede já que está quase na hora de sua audiência. Ele me pergunta se ficarei bem e se eu precisar de qualquer coisa ou sentir algo é para chamar Nana que ela saberá o que fazer e eu apenas balanço a cabeça em sinal afirmativo. Ele se despede da filha lhe dando um beijo na testa e antes de sair ele me dá um selinho.

Minutos depois a Vitória a babá de Laura aparece na sala a chamando para tomar banho, instintivamente falo para ela que eu mesma irei ajudar a minha filha no banho, a mulher fica nervosa e diz que não é necessário já que é o trabalho dela. Digo a ela para ficar tranquila que não há nada de mais em uma mãe cuidar da filha. Subo com Laura para seu quarto e fazemos a maior bagunça no banheiro, ao terminar a água por todos os lados e eu estou toda molhada, mas extremamente feliz. Vou para o meu quarto trocar de roupa enquanto Vitória veste Laura.

De roupa trocada volto para o quarto de Laura e a chamo irmos lá para fora ela bate palmas de felicidade e pega duas bonecas e coloca alguns brinquedinhos em uma bolsinha pequena. Assim que chegamos ao lado de fora observo a grandiosidade do terreno saímos por uma porta na lateral da casa que dá para uma grande piscina e a parte da churrasqueira, seguimos mais um pouco e vejo que há algumas árvores enormes que não uma sombra maravilhosa nos sentamos em baixo de uma delas em cima de uma manta que Vitória trouxe. O clima está ameno e sinto a brisa tocar meu rosto logo Laura me faz brincar com ela o restante da tarde, por volta das 17 h entramos e infelizmente estou com uma leve dor de cabeça que está começando a incomodar.

Sigo para o quarto, tomo meu remédio e deito um pouco para aliviar a dor. Demoro um pouco virando do lado para o outro procurando amenizar a dor e acabo pegando no sono quando o remédio começa a fazer efeito. Sinto algo leve passar pelo meu rosto, o toque suave de alguém em minha pele abro lentamente os olhos e vejo Adam deitado ao meu lado bem próximo a mim.

— Oi. – ele fala baixinho. — Está se sentindo bem?

— Oi. Estava com dor de cabeça, mas agora já passou.

— Fiquei preocupado quando cheguei e me disseram que você estava aqui em cima a bastante tempo.

— Fui com Laura lá pra fora e quando voltamos senti uma leve dor de cabeça, tomei o remédio e acabei adormecendo.

— Trouxe um chá com torradas para você. Tem que se alimentar bem. –ele mostra a bandeja ao lado cama no criado mudo e a dor de cabeça passou

— Graças a Deus passou. – falo pegando o chá. — Já tem tempo que chegou? – reparo que ela está vestindo calça jeans e camiseta gola polo.

— Uma hora mais ou menos, o tempo de tomar um banho e escutar a narração de Laura sobre a tarde que tiveram.

***

Após o jantar Laura nos fez assistir um filme de princesa, fomos todos para o quarto de Adam, quer dizer no meu quarto ou nosso quarto. Deitamos os três e ela ficou no meio, não parou de tagarelar um só minuto até que caiu no sono. Adam esperou para que ela estivesse em seu sono profundo e a levou para seu quarto. Levantei da cama e fui trocar de roupa para dormir não encontrei nenhum baby doll então vesti a camisola mais comportada que encontrei. Ao sair do closet me deparo com Adam entrando no quarto, nossos olhares mais uma vez se encontraram e algo se acendeu em meu ventre. O homem é lindo e gostoso e além do mais é meu marido posso ter esquecido dele mais em meu coração sinto que o amo com todo o meu ser.

— Ela não acordou?

— Não, apenas resmungou alguma coisa quando a coloquei na cama.

— Acho que também já está na hora de deitarmos embora eu ainda não esteja com sono.

— Podemos ficar conversando até você pegar no sono que tal.

—Por mim tudo bem.

— Então vá se deitando que eu vou trocar de roupa.

Ele segue para o closet e eu fico por alguns instantes fitando a suas costas até ele sumir de vista. Deito na cama me cobrindo com o edredom e pouco tempo depois ele se deita ao meu lado o mais próximo possível. Ficamos frente a frente nos fitando e logo começo a reparar mais profundamente o seu rosto, ele possui algumas pintinhas perto do olho direito, pequenas sardas no nariz e duas pintinhas acima da boca de cada lado do rosto, seus olhos brilham como se tivesse fazendo a mesma analise que eu. Sinto- me envergonhada, pois o meu rosto ainda está meio amarelado por causa do acidente, no meio da tarde Laura me perguntou o que tinha acontecido com meu rosto para estar numa cor engraçada, sorrio com a lembrança.

— O que está lembrando para abrir um sorriso lindo desses. – assusto –me com sua voz.

— Estava me lembrando que Laura me perguntou sobre a cor amarelada no rosto, segundo ela meu rosto estava engraçado.

— Nossa preciosa é muito esperta. – ele também sorri e fica serio novamente. — Alguma lembrança antes do acidente?

— Nada ainda.

— Tudo bem, um passo de cada vez.

O silêncio volta a reinar no quarto, Adam fita meus lábios e quando menos espero sinto seus lábios nos meus, nosso beijo é lento, é calmo. Ele me aperta mais para si, logo o beijo começa a ficar intenso, meu corpo fica em chamas e sinto toda a sua emeninecia próxima em meu ventre e de repente o beijo para, Adam olha para mim assustado como se tivesse fazendo algo errado, não entendo já que somos casados então não há nada de errado no que estamos fazendo.

— Desculpe. –ele pede beijando a minha testa. — Não quero pressionar você.

Apenas balanço a cabeça em sinal afirmativo, deito a minha cabeça em seus peito, ele fica alisando meus cabelos até que adormeço.  



O  que acharam? Me contem tudo!

Não esqueçam de deixar seu vote. Beijos e até o próximo domingo.

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